terça-feira, maio 31, 2011

Lula da Silva supports Oxfam's GROW campaign

TEXTO PARA 1º BC - Indústria e a producao do espaco geográfico

Indústria e a producão do espaco geográfico

A sociedade humana e a natureza são os elementos fundamentais para a construção e a transformação do espaço geográfico. Afinal, a natureza é a fonte original de tudo que existe e a sociedade humana transforma essa natureza, formando uma segunda natureza. Assim, por meio do trabalho, as pessoas estabelecem relações entre si (o trabalho é uma atividade social) e com a natureza. Por isso dizemos que o homem produz o espaço geográfico.

O espaço geográfico dos dias de hoje é mundial, entretanto, esse espaço se configura de maneira diferenciadas nas diferentes partes do globo. Isso se deve principalmente:

1- Tempo – com o decorrer do tempo, o espaço geográfico vai se modificando de acordo coma dinâmica da própria sociedade. Isso ocorre em todo lugar, podemos citar como exemplo a cidade de São Paulo;
2- Desigualdades sociais – As desigualdades aparecem com clareza no espaço geográfico, afinal ele retrata a sociedade, portanto, já que vivemos em uma sociedade desigual, dividida, o espaço mostra-se com áreas desiguais. Essa desigualdade se apresenta em nível local e, principalmente, em nível global.
3- Nível de desenvolvimento técnico – no decorrer de toda história, a ação humana sobre a natureza sempre foi uma característica nos mais diversos grupos sociais, no entanto, até o século XVIII essas transformações não eram tão intensas e irreversíveis, mas com a Revolução Industrial, a natureza passou a ser profundamente modificada, sendo essa Revolução um marco na mudança nas relações do homem com a natureza, o homem passou, a partir de então, a realmente construir o espaço geográfico. A Revolução Industrial, entre outros fatores, representou a mudança da técnica para a tecnologia.
A atividade industrial é a que mais profundamente modifica o espaço geográfico. Com a Revolução Industrial, a indústria moderna vem substituir o artesanato e a manufatura.
Do ponto de vista político econômico, podemos considerar três modelos de industrialização: a clássica, ou original, ou seja, aquela típica dos países desenvolvidos, iniciada no século XIX, na Inglaterra, sendo a primeira Revolução. A planificada, ou seja, aquela ocorrida já no século XX, nos países denominados socialistas. E a tardia, periférica, ou retardatária, ou seja, aquela ocorrida historicamente atrasada, principalmente no século XX, nos países subdesenvolvidos (como é o caso do Brasil). A Revolução Industrial tardia difere das outras duas revoluções por diversos motivos, entre eles podemos citar a utilização de capitais e tecnologias estrangeiras e o desenvolvimento das indústrias de bens de consumo como base da industrialização.
E, do ponto de vista da complexidade tecnológica, a Revolução Industrial pode ser dividida em três fases: a Primeira (utilização de bases técnicas simples, ocorrida até o século XIX, sendo a Inglaterra a grande potência), a Segunda (utilização de bases técnicas mais complexas, ocorrida até 1970 e, em alguns casos, perdura até os dias de hoje, sendo os Estados Unidos a grande potência) e a Terceira Revolução Industrial (também denominada de revolução técnico-científica, utiliza bases técnicas altamente sofisticadas e está se desenvolvendo neste século, tendo o Japão e os Estados Unidos como duas grandes potências).
Na primeira e na segunda fase da revolução industrial, a procura por mão-de-obra barata e desqualificada, como também de matérias-primas era imensa, no entanto essa já não é a realidade da terceira fase, que vai substituindo ao máximo essas antigas necessidades por tecnologia. Nessa nova fase, são as pesquisas científicas e tecnológicas que são valorizadas. Assim, diminui-se a importância da natureza abundante e valoriza-se a ciência e sua base que é a educação.
Por causa da importância da ciência e da tecnologia, hoje as novas regiões industriais (também chamadas de tecnopolos), aquelas de tecnologia de ponta, não se localizam mais nas áreas onde existem matérias-primas, como ocorria nas velhas regiões industriais; atualmente elas se encontram principalmente nas proximidades de importantes centros de pesquisa e de ensino universitário. Algumas vezes, há uma coincidência entre a localidade das velhas e novas regiões industriais, mas não é a matéria-prima, nem mesmo o mercado consumidor que condiciona dessas regiões, mas sim os centros de pesquisas.

TEXTO 2º ANO - BRASIL CENTRAL - INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

As origens do processo de industrialização remontam ao século XVlll, quando na sua segunda metade, emergem na Inglaterra, grande potência daquele período, uma série de transformações de ordem econômica, política, social e técnica, que convencionou-se chamar de Revolução Industrial.
Hoje esse processo já é conhecido como 1ª Revolução Industrial, pois nos séculos XlX, e no XX, novas transformações geraram a emergência das 2ª e 3ª Revoluções Industriais.
As transformações de ordem espacial a partir da indústria foram enormes, podemos citar como exemplo as próprias mudanças ocorridas na Inglaterra do século XlX, onde a indústria associada a modernização do campo, gerou a expulsam de milhares de camponeses em direção das cidades, o que gerou a constituição de cidades industriais que nesse mesmo século ficaram conhecidas como cidades negras, em decorrência da poluição atmosférica gerada pelas indústrias. Além disso, ocorreu uma grande mudança nas relações sociais, as classes sociais do capitalismo ficaram mais claras, de um lado os donos dos meios de produção ( burguesia), que objetivavam em primeiro lugar lucros cada vez maiores, através da exploração da mão de obra dos trabalhadores que ganhavam salários miseráveis, e trabalhavam em condições precárias, esses por sua vez constituindo o chamado proletariado, (classe que vende sua força de trabalho em troca de um salário), que só vieram conseguir melhorias a partir do século XX, e isso fruto de muitas lutas, através de greves que forçaram os patrões e Estados a concederem benefícios a essa camada da sociedade.
O avanço da indústria, especialmente a partir do século XlX, deu-se em direção de outros países europeus como a França, a Bélgica, a Holanda, a Alemanha, a Itália, e de países fora da Europa, como os EUA na América e o Japão na Ásia, a grosso modo esses países viriam a ser no século vindouro, as potências que iriam dominar o mundo, em especial os EUA, que hoje sem sombra de dúvidas são a maior potência não apenas econômica, industrial, mas também militar do planeta.
A partir do século XX, especialmente após a 2ª Guerra Mundial, países do chamado terceiro mundo, também passaram por processos de industrialização, como é o caso do Brasil. Nesses países foi muito marcante a presença do Estado nacional no processo de industrialização, e das empresas multinacionais (empresas estrangeiras), que impulsionaram esse processo, e fizeram que alguns países da periferia do mundo hoje sejam potências industriais. Só que diferentemente do que ocorreu nos países do mundo desenvolvido, a industrialização não resultou necessariamente na melhoria de vida das populações, ou no desenvolvimento do país, pois esse processo nos países subdesenvolvidos se deu de forma dependente de capitais internacionais, o que gerou um aprofundamento da dependência externa, como o que é expresso através das dívidas externas, além do que, as indústrias que para cá vieram por já serem relativamente modernas não geraram o número de empregos necessários para absorver a mão de obra cada vez mais numerosa que vinha do campo para as cidades, isso fez com que ocorresse um processo de metropolização acelerado, que não foi acompanhado de implantação de infra- estrutura e da geração de empregos, o que gerou um dos maiores problemas dos países subdesenvolvidos hoje o inchaço das grandes cidades, com os problemas decorrentes do mesmo.

A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

Pensar na origem da indústria no Brasil, tem que se incluir necessariamente, a economia cafeeira desenvolvida no pais durante o século XlX e boa parte do XX, pois ela foi quem deu as bases para o surgimento da indústria no país, que começou a ocorrer ainda na Segunda metade do século XlX. Dentre as contribuições da economia cafeeira para a industrialização, podemos mencionar:
a) Acumulação de capital necessário para o processo;
b) Criação de infra-estrutura;
c) Formação de mercado de consumo;
d) Mão de obra utilizada, especialmente os migrantes europeus não portugueses, como os italianos.
No início do século XX, a industrialização brasileira ainda era incipiente, era mais vantajoso investir no café, por exemplo, do que na indústria. Com a crise de 1929, o rumo da economia brasileira muda. Com a subida ao poder de Vargas, emerge o pensamento urbano industrial, na chamada era Vargas, o processo de industrialização é impulsionado, com base nas políticas de caráter keynesiano. O intervencionismo estatal na economia é cada vez maior, criam-se empresas estatais como CVRD, Petrobrás, Eletrobrás, etc., com o objetivo de industrializar o país.
No governo de JK, se dá a abertura ao capital internacional, representado pelas empresas multinacionais e pelos enormes empréstimos para o estabelecimento de infra estrutura e de grandes obras como a construção da capital federal no centro do país, no planalto central, Brasília.
Durante a ditadura militar, o Plano de metas de JK é continuado, grandes projetos são estabelecidos, a economia do país chega a tornar-se a oitava do mundo. Durante o chamado milagre brasileiro(1968-1973), a economia brasileira passa a ser uma das que mais cresce, essa festa toda só é parada em decorrência da Crise do petróleo, que se dá a partir de 1973.
A grande contradição desse crescimento se deve ao fato que, por um lado ele foi gerado pelo grande endividamento externo, e por outro através de grande repressão ( vide o AI 5), e arrocho salarial , sobre a classe trabalhadora brasileira, confirmando a tendência de Modernização conservadora da economia nacional.
A partir da década de 90, e da emergência das idéias neoliberais, o processo de industrialização do país toma novo rumo, com a privatização de grande parte das estatais e da abertura cada vez maior da economia do país ao capital internacional, além da retirada de direitos trabalhistas históricos.
Mudanças espaciais também são verificadas na distribuição atual das indústrias no país, pois desde o início da industrialização, a tendência foi de concentração espacial no Centro-sul, especialmente em São Paulo, isso fez com que esse estado se torna-se o grande centro da economia nacional e em decorrência disso recebesse os maiores fluxos migratórios, mas o que se verifica atualmente é que a tendência mundial atual de desconcentração industrial também tem se abalado sobre o Brasil, pois localidades do interior de São Paulo, do Sul do país e até mesmo estados nordestinos começam a receber plantas industriais que em outros tempos se dirigiriam sem sombra de dúvidas para a capital paulista. Esse processo se deve em especial a globalização da economia que tem acirrado a competição entre as empresas, que com isso buscam a redução dos custos de produção buscando produzir onde é mais barato. Esse processo todo tende a redesenhar não apenas o espaço industrial brasileiro, mas de várias áreas do mundo. O mais interessante no caso brasileiro, é que ele não tem enfraquecido o papel de São Paulo como cidade comandante da economia nacional, mas pelo contrário fortalece, pois o que se desconcentra é a produção e não a decisão.

CLASSIFICAÇÃO DAS INDÚSTRIAS

As indústrias podem ser classificadas com bases em vários critérios, em geral o mais utilizado é o que leva em consideração o tipo e destino do bem produzido:
a) Indústrias de base: são aquelas que produzem bens que dão a base para o funcionamento de outras indústrias, ou seja, as chamadas matérias primas industrias ou insumos industriais, como o aço.
b) Indústrias de bens de capital ou intermediárias: são aquelas que produzem equipamentos necessários para o funcionamento de outras indústrias, como as de máquinas.
c) Indústrias de bens de consumo: são aquelas que produzem bens para o consumidor final, a população comum, elas subdividem-se em:
c.1) Bens duráveis: as que produzem bens para consumo a longo prazo, como automóveis.
c.2) Bens não duráveis: as que produzem bens para consumo em geral imediato, como as de alimentos.
Se levarmos em consideração outros critérios como por exemplo:
1-Maneira de produzir:
a) Indústrias extrativas;
b) Indústrias de processamento ou beneficiamento;
c) Indústria de construção;
d) Indústria de transformação ou manufatureira.
2-Quantidade de matéria prima e energia utilizadas:
a) Indústrias leves;
b) Indústrias pesadas.
3-Tecnologia empregada:
a) Indústrias tradicionais;
b) Indústrias dinâmicas.

OS FATORES LOCACIONAIS

Fatores locacionais devem ser entendidos como as vantagens que um determinado local pode oferecer para a instalação de uma indústria.
Podem ser eles:
- Matéria prima abundante e barata;
- Mão de obra abundante e barata;
- Energia abundante e barata;
- Mercados consumidores;
- Infra estrutura;
- Vias de transporte e comunicações;
- Incentivos fiscais;
- Legislações fiscais, tributárias e ambientais amenas.
Durante a 1ª Revolução industrial as indústrias inglesas se concentraram nas proximidades das bacias carboníferas, o que fez com que ali surgissem importantes cidades industriais, que ganharam o apelido de cidades negras, isso se deu em decorrência do pequeno desenvolvimento em especial dos meios de transporte. Na 2ª Revolução Industrial do final do século XlX, com o desenvolvimento de novos meios de transporte ( ferrovia) e a utilização de novas fontes de energia ( eletricidade, petróleo, etc.) houve uma maior liberdade na implantação de indústrias que fez com que surgissem novas áreas industriais.
No século XX as metrópoles urbano industriais passaram a concentrar as maiores e mais importantes indústrias, o que as tornou o centro da economia de vários países do planeta, como é o caso da região metropolitana de São Paulo no Brasil, ou do Manufacturing Belt nos EUA. Atualmente a tendência é a da desconcentração industrial, onde as indústrias buscam novos locais onde os custos de produção sejam menores, como ocorre com o chamado Sun Belt nos EUA, ou na relocalização produtiva que estamos verificando no Brasil, isso gera uma mudança significativa dos fluxos migratórios, cidades como São Paulo ou Rio de Janeiro, deixam de ser as maiores captadoras de pessoas, cedendo esse posto para cidades do interior de São Paulo dentre outras localidades.

A TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Na década de 1970, a crise do petróleo fez com que emergisse para o mundo algo que já vinha sendo gerado no decorrer do século XX, a 3ª Revolução Industrial, também chamada de Revolução tecnocientífica informacional.
Esta por sua vez correspondia aos avanços tecnológicos em especial da informação e dos transportes, representado por invenções como por exemplo Internet, e os aviões supersônicos. Os avanços nesses setores tornaram o mundo menor, encurtaram as distâncias e em alguns casos aniquilaram o espaço em relação ao tempo, como o que vemos com a telefonia, dentre tantos outros exemplos.
Tudo isso gerou e tem gerado transformações colossais no espaço geográfico mundial, as indústrias buscam a inovação, investem em novas tecnologias, em especial naquelas que poupem mão de obra como a robótica, o desemprego estrutural se expande. Antigas regiões industriais entram em decadência com o processo de desconcentração industrial, surgem novas regiões industriais. Surge a fábrica global, que se constitui na estratégia utilizada pelas grandes empresas internacionais de produzir se utilizando das vantagens comparativas que oferecem os variados países do mundo. A terceirização, também torna-se algo comum, como o que ocorre com empresas de calçados como a NIKE, que não tem um único operário em linhas de produção, pois não produz apenas compra de empresas menores.
Fruto também da revolução tecnocientífica informacional, surgem os chamados Técnopolos, locais, que podem ser cidades ou até mesmo bairros onde se instalam empresas de alta tecnologia como uma Microsoft, em geral associadas a instituições de pesquisa como universidades. É o caso do Vale do Silício nos EUA, Tsukuba no Japão, e cidades como Campinas e São Carlos no Brasil.

AS MULTINACIONAIS OU TRANSNACIONAIS

A partir do final do século XlX, começam a surgir os primeiros trustes (modalidade de concentração e centralização do capital), os quais dão origem a empresas multinacionais, que correspondem aquelas que se expandem para além das fronteiras onde surgiram, algumas tornando-se verdadeiras empresas globais, como é o caso da Coca-cola.
A grande arrancada das multinacionais em direção dos países subdesenvolvidos se deu a partir do pós 2ª Guerra mundial, quando várias empresas dos EUA, Europa e Japão, passaram a se aproveitar das vantagens locacionais oferecidas por esses países.
Hoje a presença de multinacionais já faz parte do cotidiano de milhões de pessoas no mundo todo, elas comandam os fluxos internacionais, e em alguns casos chegam a administrar receitas muito superiores a de vários países do mundo.
As maiores multinacionais do mundo são dos EUA, seguidas de japonesas e européias. Empresas desse tipo surgidas em países do mundo subdesenvolvido ainda são poucas, e não tão poderosas como dos primeiros.
No Brasil, a chegada delas se deu, principalmente a partir do governo de JK, que abriu a economia nacional ao capital internacional proporcionando grande internacionalização da economia, por outro lado também beneficiou multinacionais como por exemplo na opção pela via rodoviarista de transportes para o Brasil, que naquele momento atraiu várias multinacionais produtoras de automóveis, mas que condenou os brasileiros a pagarem os custos mais elevados desse tipo de transporte.
Hoje a presença delas no Brasil é muito intensa e numerosa, elas sendo responsáveis por grande parte da drenagem de capitais que saem do país através das remessas de lucros.

MODELOS PRODUTIVOS

( Da Segunda revolução industrial à revolução Técnico-científica).

TAYLORISMO

- Separação do trabalho por tarefas e níveis hierárquicos.
- Racionalização da produção.
- Controle do tempo.
- Estabelecimento de níveis mínimos de produtividade.

FORDISMO

- Produção e consumo em massa.
- Extrema especialização do trabalho.
- Rígida padronização da produção.
- Linha de montagem.

PÓS-FORDISMO

- Estratégias de produção e consumo em escala planetária.
- Valorização da pesquisa científica.
- Desenvolvimento de novas tecnologias.
- Flexibilização dos contratos de trabalho
Fonte: pessoal.educacional.com.br

terça-feira, maio 24, 2011

Manifesto contra a cultura da mediocridade e hipocrisia!!!


Segundo o dicionário, mediocridade é o estado ou qualidade daquilo que é medíocre. Esta por sua vez é definida como aquilo que está entre o grande e o pequeno, o bom e o mau: obra medíocre. Aquele que é medíocre é aquele que não tem grande valor intelectual.
Hipocrisia, por sua vez, é definida como vício que consiste em aparentar uma virtude, um sentimento que não se tem; fingimento, falsidade. O sujeito hipócrita é aquele tem estas qualidades.
Cultura, para a Sociologia seria o conjunto das estruturas sociais, religiosas etc., das manifestações intelectuais, artísticas etc., que caracteriza uma sociedade. A cultura de massa é o conjunto dos fatos ideológicos comuns a um grupo de pessoas consideradas fora das distinções de estrutura social.
Por que falo tudo isso? Porque o país tem uma cultura de mediocridade e hipocrisia. Não falo dos políticos, porque se não teria que escrever um livro sobre isso, mas falo das pessoas que compõem os núcleos empresariais, industriais; que ocupam posições de chefia nas empresas, que são formadores de opinião, que são lideranças dentro da sociedade. Essas pessoas tem se esforçado bastante para manter essa cultura.
Nessa semana nós assistimos a entrevista da professora Amanda Gurgel, bem como o seu vídeo que está disponível no youtube (a menos que já tenha sido retirado). Essa professora não suportou mais viver nessa cultura e conseguiu se fazer ouvir em uma audiência pública sobre a questão da educação. Foi simplesmente lindo! Um tapa na cara dos medíocres e hipócritas que usam a educação como plataforma política para conseguirem autopromoção.
Existem vários outros setores em que a cultura da mediocridade e hipocrisia exerce sua força, mas na educação, penso eu, é o favorito dela. Eu não consigo entender como grandes lideranças, e lideranças internas também, defendem tanto a importância da educação, enchem a boca para falar de como a educação é a única forma de mudança social, vomitam que sempre apoiaram a educação, e nem sequer param para refletir se o professor está saudável emocionalmente, fisicamente, mentalmente dentro das nossas escolas.
Eu penso que somente o professor é quem pode vencer essa cultura e contribuir para o surgimento de outra, mas nós estamos fracos. Nós estamos sofrendo. Nós estamos sendo humilhados constantemente por alunos, pais de alunos, coordenações, chefias, secretários de educação, governadores, ministros, Presidentes.
Parece que essas últimas pessoas não querem que essa cultura deixe de existir, pois se não suas regalias irão sumir. Parece que nunca passaram pela escola. Claro que a escola tem seus problemas de nível pedagógico, didático, epistemológicos e que devem ser resolvidos por professores que estãoem atividade. Nóstemos que continuar estudando por ser a única profissão que nunca pode parar de estudar. Nós temos nossa responsabilidade com a educação e não podemos nos esquecer disso.
Mas eu também compreendo quando um professor se questiona: pra que? O que eu estou fazendo aqui? Por que todo esse meu esforço? O nosso valor não é ignorado somente por políticos, mas pela sociedade, pela família também. Quem quer que seu filho seja professor?
É certo que nós sempre existiremos como as baratas, sabe? Aqueles seres que conseguem sobreviver até a um ataque nuclear? Pois bem, acho que é assim que a sociedade nos percebe, como baratas: seres asquerosos que merecem ser exterminados, pisados, e que alguns tem medo e nojo. Eu sei que durante minha vida humana eu não vou ver as mudanças pelas quais estou batalhando em sala de aula, mas não vou desanimar por causa disso, eu não posso desanimar. Enquanto estiver em sala de aula, vou lutar para que meus alunos não cresçam medíocres e hipócritas.

Depois de dois anos de debate, Câmara aprova Código Florestal!!!


Matéria vai ao Senado e já tem pontos que deverão ser modificados.
Após aprovação do texto-base, deputados analisam emendas ao projeto.



Depois de quase dois anos de discussões, a Câmara aprovou na noite desta terça (24), por 410 votos a favor, 63 contra e uma abstenção, o texto-base do projeto do novo Código Florestal, legislação que estipula regras para a preservação ambiental em propriedades rurais.
Acompanhe ao vivo a sessão da Câmara no vídeo ao lado
Com a aprovação do texto principal do relator Aldo Rebelo, os deputados começaram a analisar as emendas ao texto.
Entre as emendas, o principal motivo de divergência  é a 164, uma emenda que estende aos estados a decisão sobre a consolidação das Áreas de Preservação Permanente (APPs). O governo é contra a emenda porque quer exclusividade para definir as atividades permitidas em APPs.
Arte Código Florestal 22h 02/05 (Foto: Editoria de Arte / G1)
Na visão dos governistas, se aprovada, a medida poderia abrir uma brecha para que os estados anistiassem agricultores que já ocupam áreas de preservação. Durante toda a discussão da proposta, ministros e o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmaram que a presidente Dilma Rousseff não vai admitir a anistia de desmatadores. Com a emenda, as áreas de preservação já ocupadas poderiam ficar livres de multas porque os estados teriam poder para adotar essa medida.
O PT e parte dos governistas são contrários à emenda, mas parte da base aliada na Câmara, comandada pelo líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), pretende votar a favor da emenda.
No momento da votação da emenda, o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP) irá orientar pela rejeição. Já o líder do PMDB deve recomendar a aprovação.
Segundo Henrique Eduardo Alves, será nesse momento que a base deve aprovar a matéria, contra orientação do governo.
"[Cândido] Vaccarezza [líder do governo na Câmara] disse que vai encaminhar decisão contrária (à emenda), mas a posição do PMDB é esta. A democracia é assim. Vamos votar, senão vai parar tudo na Câmara de novo", disse mais cedo o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves.
A votação
Com a aprovação do texto-base, a matéria será enviada ao Senado, onde deverá sofrer modificações e será alvo de novos embates entre integrantes do governo, da base aliada na Casa e do movimento ambientalista.


Em uma sessão marcada por protestos de parlamentares ligados aos ambientalistas – que tentaram, sem sucesso, adiar a votação – e por manifestações de defensores do agronegócio, os deputados referendaram o texto elaborado pelo relator Aldo Rebelo (PCdoB-SP). No Senado, o relator da matéria será o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC).
O projeto do Código Florestal, entre outras regras, prevê dois mecanismos de proteção ao meio ambiente. O primeiro são as chamadas Áreas de Preservação Permanentes (APPs), locais como margens de rios, topos de morros e encostas, que são considerados frágeis e devem ter a vegetação original protegida. Há ainda a reserva legal, área de mata nativa que não pode ser desmatada dentro das propriedades rurais.
Depois de um longo período de negociações, o relator conseguiu garantir no texto dispositivo que isenta pequenos produtores da obrigatoriedade de recompor reserva legal em propriedades de até quatro módulos fiscais – um módulo pode variar de 40 hectares a 100 hectares.
Rebelo e os líderes partidários também conseguiram amarrar no texto a garantia de que atividades consolidadas em APPs, como o cultivo de maçã ou plantio de café, por exemplo, serão mantidas pelo governo. O impasse sobre a especificação de quais culturas poderão ser permitidas, no entanto, ainda deve ser resolvido no Senado.
O artigo que trata da anistia para quem desmatou até julho de 2008, previsto no texto de Rebelo, também será discutido com os senadores. Da mesma forma, o governo também vai trabalhar no Senado para incluir no texto do Código Florestal punições mais rigorosas para quem reincidir em crimes ambientais.
O acordo firmado entre os líderes partidários e o governo sobre pequenos produtores em áreas de preservação permanentes também deverá ser inserido no texto pelos senadores.
Trata-se da proposta que deve garantir a atividade de ribeirinhos nas margens dos grandes rios. O governo concordou em exigir de pequenos produtores, com atividades consolidadas em propriedades nas APPs de margens de rios, a recomposição da vegetação de apenas 20% da total da terra para áreas de até quatro módulos fiscais.

TEXTOEUA X AMÉRICA LATINA

O declínio da influência dos Estados Unidos na América Latina 

As dimensões geográficas, demográficas e econômicas do Brasil, seu potencial, sua privilegiada posição geopolítica e geoestratégica no continente sul-americano, voltado de frente para o continente africano, o tornam o único possível rival à influência hegemônica dos Estados Unidos no Hemisfério Ocidental Sul. Assim, a estratégia estadunidense geral visa preservar a aproximação com o Brasil, aumentar a sua influência sobre a elite brasileira, convencê-la da inevitabilidade, irresistibilidade e dos benefícios da influência hegemônica e da liderança norte-americana no hemisfério. Em segundo lugar, cooperar para que o país se mantenha como ponto de equilíbrio ao sul, mas que ao mesmo tempo não de desenvolva, econômica e militarmente, em níveis que possam torná-lo competitivo com os Estados Unidos, em termos de influência econômica e política, na região do Hemisfério Ocidental. Desta forma, ao mesmo tempo em que se aplicam ao Brasil alguns dos objetivos estratégicos em nível mundial e para a América Latina, é possível identificar objetivos estratégicos específicos da superpotência hegemônica para o Brasil. Do ponto de vista de sua estratégia militar, os EUA têm procurado, em primeiro lugar, manter a influência americana sobre a doutrina e o equipamento militar brasileiro, enquanto, a partir da queda do Muro de Berlim e dentro do enfoque geral de desarmamento da periferia, argumentam que a inexistência de inimigos, ameaças, visíveis no momento atual, fazem prever uma era de paz perpétua, em que as Forças Armadas brasileiras devem ser reduzidas em efetivos e se adaptar à luta contra os "novos inimigos", quais sejam, o narcotráfico, o terrorismo, etc. Em segundo lugar, sua estratégia tem como objetivo evitar o surgimento de uma indústria bélica brasileira de nível competitivo e, muito em especial, evitar a aquisição pelo Brasil de tecnologias de armas modernas e de destruição em massa. A estratégia política norte-americana em relação ao Brasil tem como seu principal objetivo apoiar os governos brasileiros que sejam receptivos à iniciativas políticas americanas no hemisfério e em geral e, simultaneamente, manter canais abertos ao diálogo com a oposição, mesmo a oposição a esses governos "simpáticos". Como corolário desse objetivo maior, a estratégia estadunidense procura evitar a articulação brasileira com outros Estados que possa pôr em risco a hegemonia e a capacidade de negociação americana. Um aspecto de sua estratégia tem sido convencer a sociedade e o governo brasileiro da "culpa exclusiva" brasileira pela situação de direitos humanos no país e pela situação de subdesenvolvimento em geral e até eliminar o conceito de "desenvolvimento", substituindo-o pela noção de injustiça. A lapidar frase "O Brasil não é mais um país subdesenvolvido, é um país injusto" reflete, cabalmente, a equivocada percepção de um amplo setor da intelectualidade brasileira, e que é, cada vez mais, desmentida cotidianamente pela realidade. No campo econômico, a estratégia americana tem como objetivo máximo assegurar a maior liberdade de ação possível para as empress americanas, evitar o surgimento de empresas competidoras fortes de capital brasileiro no Brasil e, como corolário, reduzir o papel do Estado como investidor, regulamentador e fiscalizador da atividade econômica. Secundariamente, porém certamente de forma complementar, procura sugerir com insistência a adoção de políticas de "crescimento" econômico com base em vantagens comparativas estáticas e propugnar o combate assistencial à pobreza de preferência a uma estratégia de desenvolvimento econômico e social. A estratégia ideológica, que é central para todas as demais, procura convencer a elite e a população brasileira do desinteresse e do altruísmo americano em suas relações com o Brasil, inclusive com o objetivo de garantir o apoio da elite brasileira à idéia de liderança americana benéfica no continente e no mundo. Para atingir tais objetivos, a estratégia estadunidense considera como imprescindível garantir o livre acesso dos instrumentos de difusão do American Way of Life à sociedade brasileira e formar grupos de influência norte-americana no Brasil e, como meio, formar a elite brasileira em instituições americanas. Como reverter essa influência nefasta para a Nação? Eu diria que através de medidas governamentais - abrangendo o amplo espectro da tecitura social -, no sentido de esclarecer a sociedade brasileira das mazelas do Neoliberalismo e do "atrelamento automático" aos ditames da superpotência mundial. Faz-se mister conscientizar e mobilizar as elites brasileiras no sentido de que dispam-se do comodismo e assumam atitudes corajosas objetivando reeducar as nossas lideranças e o povo em geral, criando condições favoráveis ao florescimento de uma atitude mais nacionalista, mais patriótica e mais favorável ao surgimento de um desenvolvimento autóctene, sem a intromissão de potências estrangeiras em assuntos de natureza interna, em nosso País. EUA x AMÉRICA LATINA Transcrevo acrescentando subtítulos entre colchetes para facilitar a leitura: “AMÉRICA LATINA- EUA: OS SETE CAPÍTULOS DE UMA CONTURBADA RELAÇÃO “A História da relação entre os Estados Unidos e a América Latina possui sete capítulos bem definidos. [DOUTRINA MONROE] O primeiro deles é a definição da esfera de influência em 1822, com a promulgação da Doutrina Monroe. Esta explicitava claramente que as nações hispano-americanas que emergiam à independência constituíam território vedado aos apetites imperiais europeus e, por extensão, passava a constituir espaço natural de influência norte-americana. [DESTINO MANIFESTO] O segundo capítulo é o do Destino Manifesto. A guerra de 1848 contra o México, no tempo do presidente James K. Polk, objetivou anexar territórios mexicanos considerados como indispensáveis para a realização de seu destino como nação. A posse da Califórnia e Novo México consubstanciam, efetivamente, essa etapa. [IMPÉRIO] O terceiro, é o do Império. Este toma corpo a partir de 1898 com a guerra contra a Espanha e a conquista de seus territórios coloniais remanescentes. Em adição à Filipinas, isto incluía Cuba e Porto Rico. O novo império estadunidense passou então a dispor de dois cenários. Um no Pacífico e outro na Bacia do Caribe. Em 1903, Washington propiciou a secessão do Panamá da Colômbia, para incorporá-lo como Protetorado. No curso das três décadas seguintes, os Estados Unidos invadiram trinta e quatro vezes nações da Bacia do Caribe para impor a elas a sua vontade. Isso incluiu a ocupação dos seguintes países: México, Honduras, Nicarágua, Guatemala, Costa Rica, Haiti, Cuba, Panamá e República Dominicana. Se bem que a Venezuela - país de importância estratégica devido à riqueza petrolífera -, não chegou a ser invadida, caiu dentro desse espaço geopolítico em virtude do chamado Corolário Roosevelt à Doutrina Monroe, que transformou o Mar do Caribe num Mare Nostrum das finanças e da esquadra americana, dando ordenamento jurídico às futuras intervenções. Mais ao Sul, os tentáculos de Washington enfrentaram a forte presença britânica em matéria comercial, financeira e de infra-estrutura, determinando limites à sua penetração imperial. [POLÍTICA DE “BOA VIZINHANÇA”] O quarto capítulo corresponde à Política da Boa Vizinhança, iniciada em 1933 com a chegada ao poder de Franklin Delano Roosevelt. De acordo com a mesma, Washington retira suas forças de ocupação do Caribe, derroga uma série de tratados que lhe concediam privilégios desmesurados e define uma política de não intervenção na América Latina. Esta fase é o resultado de três significativos fatores: a exigência de introspecção derivada de sua depressão econômica, a constatação dos limites de seu poder militar após uma longa e cansativa campanha contra Sandino, na Nicarágua, e o reconhecimento do forte movimento nacionalista latino-americano, simbolizado pela Revolução Mexicana. [GUERRA FRIA] O quinto capítulo é o da Guerra Fria. Terminada a Segunda Guerra Mundial e conformado um mundo bipolar, a América Latina se transformou em cenário primacial para a imposição de suas políticas. Novamente se definiu uma relação do tipo imperial, que passou a abarcar toda a região. A criação da CIA, em 1947, se adequou bem a esse propósito. Até a invasão do Panamá, em 1989, e, salvo pelo breve parênteses da administração Jimmy Carter, quase todos os países da América Latina experimentaram, em algum momento, a mão implacável do Governo estadunidense. [CONSENSO DE WASHINGTON] O sexto, é o do Consenso de Washington. Terminada a Guerra Fria, os Estados Unidos colocaram em segundo plano o seu domínio imperial que passa a ser substituído pelo exercício da hegemonia econômica. A partir daí, a região passou a ser o laboratório ideal para encetar as novas políticas. [IMPERIALISMO DEMOCRÁTICO] Com a chegada de George W Bush ao poder, e após os atentados de 11 de setembro, levados a efeito em Washington e Nova York, adentra-se no sétimo e último capítulo. Os falcões estadunidenses não se conformando com a simples adoção da hegemonia econômica passam a exigir o retorno de um poder coercitivo imperial assumido às escâncaras. Trata-se do denominado “imperialismo democrático”. A invasão perpetrada ao Iraque, pelas tropas da coalizão anglo-estadunidense, ao arrepio do Conselho de Segurança das Nações Unidas, é um exemplo inconteste dessa afirmativa.” A entrada de Cuba na OEA é uma reveladora indicação do declínio do poder dos EUA em toda a região. Limitada por duas guerras prolongadas e enfrentando crescentes concorrências tanto da Europa como da China, assim como do Brasil, para o comércio e investimentos na América Latina, Washington já não está em posição de ditar regras para os governos que representam os interesses das elites dominantes ao sul de sua fronteira. O significado desta decisão não passou em branco entre os cubanos anti-Castro nos EUA, que protestaram intensamente contra a decisão da OEA. Congressistas cubano-americanos, incluindo o Senador Democrata Robert Menendez de New Jersey e Mario e Lincoln Diaz-Balart, solicitaram cortes na legislação dos EUA para o financiamento da OEA. Numa declaração conjunta, os irmãos Diaz-Balart chamaram à OEA de “uma deteriorada perturbação”, enquanto Menendez chamou à resolução “absurdamente vaga”, e disse que o Congresso debateria “o quanto nós estamos dispostos a apoiar a OEA enquanto instituição”. Os chefes de estado latino-americanos celebraram a decisão. O presidente da Venezuela, Chavez, disse que a decisão significou que “nós já não somos o quintal dos Estados Unidos, nós já não somos uma colónia”. O presidente hondurenho Manuel Zelaya proclamou que com a aprovação da resolução, “a Guerra Fria terminou neste dia em San Pedro Sula”. Em referência à famosa passagem de um discurso feito por Fidel Castro durante seu julgamento pelo fracassado assalto ao quartel do exército cubano em 1953 na cidade de Moncada, Zelaya acrescentou, “Eu disse ao comandante Fidel Castro: ‘Hoje a história absolveu-o’”. O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva considerou a decisão da OEA de “uma vitória para o povo latino-americano”. Lula fez esta observação ao final de uma viagem por três nações da América Central na qual promoveu alianças comerciais e investimentos de capital para corporações e bancos brasileiros. Entre os acordos concluídos estava a criação de uma planta de produção de etanol na Costa Rica para exportação para o mercado dos EUA. “Eu nem sei se eles querem voltar para a OEA, mas, em todo caso, eles não estarão tão marginalizados”, disse o presidente brasileiro sobre os cubanos. Na realidade, Lula não falou pelo “povo latino-americano”, mas sim, pelos capitalistas brasileiros, que vêem em Cuba uma fonte potencial de superlucro e querem o fim do embargo económico dos EUA e das significantes dificuldades que isso apresenta para a exploração do trabalho e dos recursos da ilha. Não foi a história que absolveu Castro em San Pedro Sula, mas, sobretudo, a burguesia latino-americana. Este tem sido um demorado processo no qual seus governos restauraram relações diplomáticas normais e viram a tentativa dos EUA de colocar Cuba de quarentena como cada vez mais e mais irracional. Desde o início, a tentativa do imperialismo dos EUA de isolar Cuba em nome do “sistema interamericano” baseado na “democracia e livre mercado” foi mergulhada em hipocrisia. No meio desta votação em 1962, para rejeitar Cuba na OEA, estavam as ditaduras de Trujillo na República Dominicana, Somoza em Nicarágua e Stroessner no Paraguai. Da sua parte, Fidel Castro rejeitou a possibilidade do retorno de Cuba à OEA, referindo-se à mesma como “Ministério de Colónias dos Estados Unidos”, e “infame e repugnante antro de corrupção”. No interior da própria OEA, o afastamento de Cuba ocorreu sob crescentes desafios para os governos burgueses latino americanos, que, nos anos 70, viam Cuba como uma ameaça à sua estabilidade. O regime nacionalista em Havana abandonou suas pretensões revolucionárias dos anos 60. Castro desistiu das políticas de promoção de guerras de guerrilha, aceitou o estado existente instalado na América Latina e subordinou seu regime à política de “coexistência pacífica”, defendida pela burocracia stalinista de Moscovo, que subsidiava pesadamente a economia cubana. Existia um movimento significativo para revogar a suspensão de Cuba da OEA em 1973, depois de a organização adoptar a doutrina do “pluralismo ideológico”, principalmente para acomodar o crescente número de ditaduras militares apoiadas pelos EUA, que claramente falharam em encontrar pretensões democráticas para o tão falado sistema interamericano. Em Julho de 1975, a OEA votou pela liberdade dos membros em determinar seu próprio relacionamento com Cuba. Não obstante, Washington conseguiu invalidar todas as tentativas de readmitir Havana na organização. Enquanto aclamavam a votação em Honduras como uma “defesa histórica”, o regime cubano reiterou que não tinha interesse em regressar à OEA. Nas vésperas da votação, o doente ex-presidente Fidel Castro, escrevendo numa de suas regulares colunas de “reflexões”, denunciou a OEA como uma “cúmplice em todos os crimes cometidos contra Cuba” e declarou ser “ingénuo acreditar que as boas intenções de um presidente dos Estados Unidos justifiquem a existência desta instituição”, que ele descreveu como um “cavalo de Tróia”. Enquanto o regime Castro tem bebeficiado de uma aliança de vitórias diplomáticas, a situação da economia interna de Cuba parece estar crescendo de forma cada vez mais violenta. Começando em 1 de Junho, o governante Raul Castro anunciou “medidas excepcionais” para lidar com a crise crescente. Várias restrições têm sido impostas no uso da eletricidade, forçando os escritórios do Governo e o sector varejista a manter luzes e ar condicionados desligados na maioria dos dias e existe a ameaça de apagão para províncias inteiras caso elas usem mais do que sua quota de energia. O Ministro da Economia e Planejamento Marino Murillo revelou que as projecções anteriores de crescimento de 6% para a economia foram abandonadas, e agora apenas 2,5% de crescimento foram previstos, na medida em que a economia cubana foi abalada pela crise económica e ainda está cambaleando pela perda de 10 biliões de dólares, sofrida devido a três furacões no último ano. Os preços das importações aumentaram, enquanto o preço do níquel, a principal exportação do país, afundou. Dentre outras medidas austeras que têm sido implementadas, estão as drásticas reduções nos serviços de transportes e um corte de 50% em gastos para almoços fornecidos para funcionários de empresas estatais. As medidas são as mais severas vistas desde o tão falado Período Especial que se seguiu ao colapso da União Soviética em 1991, quando os subsídios de Moscovo acabaram e o PIB caiu 35%. Enquanto Raul Castro prometeu aumentar o nível de vida quando assumiu, de seu irmão Fidel Castro, o controle da ilha no ano passado, as políticas do governo e a pressão da crise global capitalista produziram exactamente o oposto, resultando no aumento das tensões sociais. Durante décadas, o regime Castro clamou por legitimidade política baseada em sua resistência as agressões dos EUA e apelou aos sentimentos nacionalistas do povo cubano, pela manutenção – pelo menos até ao período recente – de um determinado nível de igualdade social, mesmo que seja no nível empobrecido da maioria dos trabalhadores. Cabe perguntar então: o que será do regime cubano agora, quando as relações não são mais conflituantes? O levantamento do embargo económico dos EUA contra Cuba, trazendo consigo um influxo de capital estrangeiro – uma medida apoiada por secções predominantes da corporação dos EUA e do capital financeiro, assim como pelas elites dominantes na América Latina – causaria uma forte intensificação da crise económica e política na ilha. 

MNN – Movimento da Negação da Negação http://www.transicao.org/ 

 A INFLUÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS NO BRASIL 

Garimpando na internet textos interessantes sobre esse tema, encontrei no site www.militar.com um artigo muito bom de Manuel Cambeses Júnior. O autor é coronel-aviador da reserva da Força Aérea; conferencista da Escola Superior de Guerra; membro titular do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil e Vice-Diretor do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER).

ORAÇÃO - A Banda Mais Bonita da Cidade

sexta-feira, maio 20, 2011

Teorias demográficas!!!

Teoria de Malthus

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Em 1798, Malthus publicou seu Ensaio sobre a população, no qual desenvolveu uma teoria demográfica que se apoiava basicamente em dois postulados:
          1) crescimento da população;
          2) produção de alimentos.
             A população, se não ocorrerem guerras, epidemias, desastres naturais, etc., tenderia a duplicar a cada 25 anos. Ela cresceria, portanto, em progressão geométrica (2, 4, 8, 16, 32...) e constituiria um fator variável, que cresceria sem parar.
           O crescimento da produção de alimentos ocorreria apenas em progressão aritmética (2, 4, 6, 8, 10...) e possuiria certo limite de produção, por depender de um fator fixo: a própria extensão territorial dos continentes.
          Ao considerar esses dois postulados, Malthus concluiu que o ritmo de crescimento populacional seria mais acelerado que o ritmo de crescimento da produção de alimentos (progressão geométrica versus progressão  aritmética). Previu também que um dia as possibilidades de aumento da área cultivada estariam esgotadas, pois todos os continentes estariam plenamente ocupados pela agropecuária e, no entanto, a população mundial ainda continuaria crescendo. 
Conseqüências da dinâmica demográfica malthusiana:
           A conseqüência disso seria a fome, ou seja, a falta de alimentos para abastecer as necessidades de consumo do planeta, e as mortes, doenças, guerras civis, disputas por territórios, etc. 
Proposta de Malthus:
           Para evitar esse flagelo, Malthus, que além de economista era pastor da Igreja Anglicana, na época contrária aos métodos anticoncepcionais, propunha que as pessoas só tivessem filhos se possuíssem terras cultiváveis para poder alimenta-los.
Falhas da teoria de Malthus:
          Hoje, verifica-se que suas previsões não se concretizaram: a população do planeta não duplicou a cada 25 anos, e a produção de alimentos se acelerou graças ao desenvolvimento tecnológico. Mesmo que se considere uma área fixa de cultivo, a quantidade produzida aumentou, uma vez que a produtividade (quantidade produzida por área; toneladas de arroz por hectare, por exemplo) também vem aumentando ao longo das décadas.

 Por que Malthus errou?
          Essa teoria, quando foi elaborada, parecia muito consistente. Os erros de previsão estão ligados principalmente às limitações da época para a coleta de dados, já que Malthus tirou suas conclusões partindo da observação do comportamento demográfico em uma determinada região, com população predominantemente rural, e as considerou válidas para todo o planeta no transcorrer da história, sem considerar os progressos técnicos advindos da natural evolução humana. Não previu os efeitos decorrentes da urbanização na evolução demográfica e do progresso tecnológico aplicado à agricultura.

 Reflexões finais
Desde que Malthus apresentou sua teoria, são comuns os discursos que relacionam de forma simplista a ocorrência da fome no planeta ao crescimento populacional. A fome que castiga mais da metade da população mundial é resultado da má distribuição da renda e não da carência na produção de alimentos. Nos primeiros anos do século XXI, a produção agropecuária mundial era suficiente para alimentar cerca de 9 bilhões de pessoas, enquanto a população do planeta era pouco superior a 6 bilhões. A fome existe porque as pessoas não possuem o dinheiro necessário para suprir suas necessidades básicas, fenômeno este facilmente observável no Brasil, onde, apesar do enorme volume de alimentos exportados e de as prateleiras dos supermercados estarem sempre lotadas, a panela de muitos trabalhadores permanece vazia ou sua alimentação é muito mal balanceada.
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TEORIA NEOMALTHUSIANA

Em 1945, após o fim da Segunda Guerra, em São Francisco, nos Estados Unidos; foi registrada uma conferência  de paz que deu origem a ONU _ Organização das Nações Unidas.
 Foram discutidos meios de se evitar a eclosão de um novo conflito militar em escala mundial.
 Os países participantes concordaram que a paz depende da harmonia entre os povos, e que esta só pode ser conseguida através da diminuição das desigualdades econômicas existentes em nosso planeta.
 A raiz desses problemas foi identificada na colonização de exploração realizada em diversos Estados e nas realizações comerciais desiguais que caracterizaram o colonialismo e o imperialismo.
 A Teoria Neomalthusiana foi uma tentativa de explicar a fome e o atraso dos paises subdesenvolvidos, e defendida por países desenvolvidos _ E por alguns setores de países subdesenvolvidos, com o intuito de se esquivarem de certas questões econômicas.
 Segundo essa teoria, as elevadas taxas de natalidade dos países subdesenvolvidos impediriam o desenvolvimento pleno das atividades econômicas desses paises, pois essa numerosa população jovem necessitaria de grandes investimentos em educação e saúde.
 Segundo os neomalthusianos, quanto maior o número de habitantes, menor a renda per capita do país.
 Embora possua postulados diferentes dos utilizados por Malthus, essa nova teoria chega a mesma conclusão de que o crescimento populacional seria responsável pela ocorrência da miséria.
 Programas de controle da natalidade são propostos então nos países subdesenvolvidos com a disseminação de métodos anticoncepcionais, tentando assim resolver problemas socioeconômicos com posições contrarias à natalidade, com bases apenas em uma argumentação demográfica.

Fonte: http://pt.shvoong.com/social-sciences/sociology/1852881-teoria-neomalthusiana/#ixzz1Mx1CkWJz

Teoria Reformista (ou marxista)

          Na mesma época em que foi criada a teoria neomalthusiana, representantes dos países subdesenvolvidos elaboraram, em resposta, a teoria reformista (ou marxista), que chega a uma conclusão inversa à das duas teorias demográficas anteriores.
População jovem e numerosa é atraso socioeconômico?           
          Uma população jovem numerosa, em virtude de elevadas taxas de natalidade, não é causa, mas conseqüência do subdesenvolvimento. Em países desenvolvidos, marcados por um elevado padrão de vidaqualidade_vida.jpg (28632 bytes) da população, o controle da natalidade ocorreu de maneira simultânea à melhoria da qualidade de vida da população, além de ter sido passado espontaneamente de uma geração para outra à medida que foram se alterando os modos e os projetos de vida das famílias, as quais, em geral, passaram a ter menos filhos ao longo do século XX. Uma população jovem numerosa só se tornou empecilho ao desenvolvimento das atividades econômicas nos países subdesenvolvidos porque não foram realizados investimentos sociais, principalmente em educação e saúde.
Investimentos sociais são fatores de atraso?
          Essa situação gerou um imenso contingente de mão-de-obra sem qualificação, que continuamente ingressa no mercado de trabalho. Tal realidade tende a rebaixar o nível médio de produtividade por trabalhador e a empobrecer enormes parcelas da população desses países. É necessário o enfrentamento, em primeiro lugar, das questões sociais e econômicas para que a dinâmica demográfica entre em equilíbrio.
          Quando o cotidiano familiar transcorre em condições miseráveis e as pessoas não têm consciência das determinações econômicas e sociais às quais estão submetidas, vivendo de subempregos, em submoradias e subalimentadas,  como esperar que elas estejam preocupadas em gerar menos filhos?



Argumentos à favor da teoria reformista 
          Para os defensores dessa corrente, a tendência de controle espontâneo da natalidade é facilmente verificável ao se comparar a taxa de natalidade entre as famílias brasileiras de classe baixa e as de classe média. À medida que as famílias obtêm condições dignas de vida – educação, assistência médica, acesso à informação, etc. -, tendem a ter menos filhos.
Os investimentos em educação são fundamentais para a melhoria de todos os indicadores sociais. No mundo inteiro, quanto maior a escolaridade da mulher, menor tende ser o número de filhos e também menor a taxa de mortalidade infantil (importante indicador de qualidade de vida).
          Essa teoria, enfim, é a mais realista, por analisar os problemas econômicos, sociais e demográficos de forma objetiva, partindo de situações reais do dia-a-dia das pessoas.