terça-feira, abril 30, 2013

MEIO AMBIENTE NO VESTIBULAR - 3º ANO - REDE ISAAC NEWTON

Durante estes últimos dias, não se falava em outra coisa. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, ou Rio+20, dominou o noticiário e coloca o meio ambiente como tema praticamente certo nos vestibulares e Enem deste ano, segundo os professores ouvidos pelo GUIA. Mas o que é realmente a Rio+20 e como ela pode ser cobrada?
Vamos começar com o básico: a conferência, realizada de 13 a 22 de junho de 2012 na cidade do Rio de Janeiro, é assim conhecida porque marca os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92). O objetivo é renovar o compromisso político mundial com o desenvolvimento sustentável. Para isso, foi feita uma avaliação do progresso na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas anteriores sobre o assunto e uma discussão sobre temas novos e emergentes.
Os dois temas principais discutidos ali foram a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza; e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável. O resultado é o documento final de 49 páginas denominado “O Futuro Que Queremos” lançado nesta sexta-feira (22), último dia da Rio+20.
Pode cair no vestibular?
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, se reúne com representantes da Cúpula dos Povos e recebe documento preliminar com demandas das organizações da sociedade civil no evento paralelo à Rio+20. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
Para o professor Paulo Roberto Moraes, supervisor de Geografia do Curso Anglo, “dificilmente vai haver alguma pergunta pedindo informações específicas sobre a Rio+20”. O que pode acontecer, ele acredita, é usarem a conferência como gancho para questões envolvendo o meio ambiente.
“Houve um jogo de forças poderoso entre países ricos e pobres ou emergentes e o documento resultante da conferência não foi o que se esperava – alguns consideram que foi um fracasso”, diz ele. O professor de biologia do Anglo, Armênio Uzunian, concorda: “As conclusões são decepcionantes, por enquanto temos apenas um protocolo.”
O documento “O Futuro Que Queremos” (já disponível para download no site da ONU em inglês, francês, espanhol, chinês e árabe) traz uma lista de promessas que visam uma “economia verde” para o futuro. Além disso, ele cita como principais ameaças ao planeta a desertificação, esgotamento dos recursos pesqueiros, contaminação, desmatamento, extinção de milhares de espécies e aquecimento global – este definido como “um dos principais desafios de nossos tempos”.
Outro desafio lembrado é o do aumento da população, que deve chegar a 9,5 bilhões de pessoas até 2050. Em uma reunião com as ONGs da Rio+20, Ban Ki-Moon afirmou: “Para 2030, precisamos de 50% mais alimentos, 45% mais energia e 30% mais água apenas para viver como vivemos hoje.”
Um problema apontado pelos críticos do documento, no entanto, é a falta de detalhes práticos de como os objetivos podem ser alcançados.
Kumi Naidoo, do Greenpeace Internacional, um dos 36 ativistas que se reuniram com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, na sexta-feira para entregar um documento com críticas das ONGs ao documento, criticou o “fracasso” e a falta de ambição da conferência e disse que “o acordo final é abstrato e não corresponde à realidade”. E completou: “O que vemos aqui não é o mundo que queremos, é um mundo no qual as corporações poluidoras e aqueles que destroem o meio ambiente dominam”.
“Para os críticos do documento, ele nada mais é do que marketing verde, uma maquiagem em que você não mexe na estrutura da economia internacional – apenas lhe dá uma roupa ecológica”, explica o professor Moraes.
A força política da Rio+20 também foi questionada devido à ausência de líderes importantes, como o presidente norte-americano, Barack Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e o britânico David Cameron.
Organizações não governamentais promoveram vários protestos durante a conferência e prometeram apresentar um balanço das discussões reivindicando, entre outros pontos, a ampliação de poderes do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).
Temas para se dar atenção
Segundo os professores, esses conflitos de interesses podem cair no vestibular. A Cúpula dos Povos, evento paralelo à Rio+20 realizado no Aterro do Flamengo (também no Rio de Janeiro), contou com a participação de diversos setores da sociedade civil e movimentos sociais de vários países e trouxe discussões pertinentes sobre as causas da crise socioambiental e possíveis soluções práticas para ela. Vale ir atrás de artigos sobre isso.
Além do desenvolvimento sustentável com inclusão social, temas mais diretamente relacionados ao meio ambiente, é claro, também deverão ser muito valorizados nas provas – tanto de geografia e biologia quanto de física e química. “É bom se dar atenção para a discussão de medidas para a redução das emissões de gás carbônico, energia limpa, preservação de matas (incluindo a matas ciliares, que protegem os leitos dos rios) e de oceanos”, aponta o professor Armênio.
Os oceanos, aliás, receberam atenção especial na Rio+20. Enquanto a Eco-92 ficou conhecida como a “Cúpula da Terra”, a Rio+20 foi muitas vezes citada como a “Cúpula dos Mares”.  O documento final aprovado pelos Chefes de Estado este ano traz como uma de suas metas a redução dos detritos marinhos, em especial plástico, até 2025. O desenvolvimento de uma rede global de áreas marinhas protegidas internacionais e a criação de mecanismos de governança global dos oceanos para preservar a biodiversidade e os recursos genéticos também estava em pauta.
A participação popular, no entanto, foi um marco importante da conferência. O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República do Brasil, Gilberto Carvalho, afirmou: “Nós podemos dizer, hoje, que a Rio+20 é a maior conferência da história das Nações Unidas em termos de envolvimento popular. Este método de participação veio para ficar”. Além de poder participar votando em temas que deviam ser apresentadas aos Chefes de Estado e Governo, o público usou as redes sociais para mobilizações.
Militantes do movimento em prol do fim dos subsídios ao petróleo conseguiram mais de 100 mil tweets para a campanha #EndFossilFuelSubsidies, lançada pelas ONGs Priceofoil e Natural Resources Defense Council (NRDC) para exigir o fim dos subsídios à indústria do petróleo. “O resultado final superou todas as nossas expectativas. Os governos receberam uma mensagem clara de que é hora de acabar com esses subsídios”, disse à imprensa Jake Schmidt, diretor da NRDC.
Esse é um dos temas mais polêmicos na transição para uma economia verde: segundo a Agência Internacional de Energia, US$ 775 bilhões são gastos todo ano com subsídios à indústria do petróleo, valor 12 vezes maior que os investimentos para a implementação de energias limpas.
A dica dos professores é ler artigos e análises sobre esses temasO site da Rio+20 traz bastante informação sobre tudo o que foi discutido por lá. E a Veja fez uma página especial sobre isso.
LEIA TAMBÉM:

Darfur - O deserto de sangue completo. Conflitos no Sudão.

Assista a "FILME DESERTO DE DARFUR COMPLETO.wmv" no YouTube

quarta-feira, abril 24, 2013

GEOLOGIA DO BRASIL - 2º ANO - REDE ISAAC NEWTON

Galerinha,

Boa Noite,

Segue o link para os slides sobre geologia do Brasil.

http://www.4shared.com/office/-oIa_T4Q/GEOLOGIA_DO_BRASIL_FINAL.html?

Qualquer dúvida estarei online e amanhã tentarei usar a twitcam!!!

Aquele Abraço!!!

segunda-feira, abril 15, 2013

CRÔNICA DO DIA - ACONTECEU NA NOVA ZELÂNDIA!!!!!



CRÔNICA DO DIA - ACONTECEU NA NOVA ZELÂNDIA!!!!!

por Flávio Bueno

Jura???

Todos os dias, passo em frente ao Mané Garrincha e assevero aos meus botões, que nunca antes na estória dessa cidade (ESTÓRIA MEMSO. Porque aqui as coisas só são compreendidas no campo do folclore) essa obra ficaria pronta. E não era difícil imaginar o adiamento. Culpa de São PEDRO? Do Tribunal de Contas do DF? Da Empresa que comanda a Obra? DO GOVERNO? Não sei. Mas, tenho uma alternativa. TODOS, inclusive você cara pálida. Sobretudo, do antigo governo que entregou o Estádio e as dívidas públicas em verdadeiro caos. Não acredito que os senhores precisam ser lembrados de alguns fatos???? É sério??? Então vamos lá. Os empréstimos feitos ao Banco Mundial para a construção do VLT? (Aquele mesmo cuja obra está abandonada entre o setor hospitalar e o setor policial sul) Está igual o Jaca Paladium (Personagem da extinta TV COLOSSO): "Aconteceu na Nova Zelândia". As garantias com os credores não foram cumpridas, o dinheiro para as obras sumiu. Até cheque sem fundo a antiga gestão deu para fornecedores da obra do Mané Garrincha (Me nego a chamar de Estádio Nacional). Pouco se fala nisso, pelo simples fato de o brasileiro ter memória curta, principalmente, quando se trata dos seus próprios interesses. Ora, numa facilidade monstruosa, são esquecidos os valores, a ética, a honestidade, os bons modos, ou seja, o discernimento entre o que é certo e errado, daquilo que é justo ou não. Da obra superfaturada do Bezerrão e do fatídico certame, de orçamento duvidoso, com o selecionado português, do Glorioso Galã de cemitério bizantino da propaganda da Clear, Cristiano Ronaldo. Até ter um governador preso após ter sido deflagrado um dos maiores esquemas de prostituição financeira da "estória" deste país, tem uma considerável influencia neste engodo em que se transformou o período pré-copa do Mundo em nossa cidade.
Não sou contrário a Copa. Longe disso até. Minha família viveu, respirou e bebeu da fonte do futebol de Brasília e me orgulho disso. Acho que a Capital Federal tem sim que ter um Estádio a nível mundial, não pelo evento desportivo, mas por Brasília e pelos brasilienses, por sermos a 6ª economia mundial, enfim, por “n” fatores.  Acredito, ainda, que o futebol do DF, tende a crescer e atrair mais investidores, e claro, oportunistas, lavagem de dinheiro, etc. Queria muito que meu pai tivesse a oportunidade de ver esse Estádio e assistir um acontecimento desse porte nos campos em que ele sempre defendeu, com muita honra, o seu DOM. Mas, precisamos ter responsabilidade com o dinheiro público. E o tal legado que a Copa deixará??? Não vi uma escola nova sendo construída. As reformas dos hospitais são de fachada. O Transporte público de nossa cidade é vergonhoso. Mesmo assim, por incrível que possa parecer, melhoramos. Mas, nem de longe o suficiente para dar um atendimento digno a nossa população. Vivemos um clima de intranquilidade em Brasília. A violência atinge índices alarmantes. Mas, não podemos ser hipócritas de creditar isso somente a atual gestão, são décadas de infortúnios governamentais, que acho que se Jesus Cristo viesse a ser eleito governador do DF a coisa não emplacaria, e teria gente querendo crucifica-lo, novamente, em plena Praça dos Três Poderes. E não me venham defender o indefensável e nem com a afirmação torpe e cretina de que “roubou mais fazia”. Porque nenhum deles sofreu do complexo de ROBIN HOOD para ser adorado por mentes venenosas que justificam a depravação moral de nossa sociedade.
Não estou nem aí para as exigências da FIFA... Estou sim, seriamente preocupado, é com o nosso dinheiro, mal gasto em uma obra que não nos servirá pelo menos nos próximos dois anos. Mesmo porque a senhora FIFA se acha no Direito até de se apoderar do nome do Estádio, da vida da cidade, da SUA própria vida. Aliás, FIFA, de repente você poderia modificar o nome das cidades para adequar as suas perspectivas e dos turistas que nos visitarão. Quem sabe???? Envio-te até algumas sugestões: Brasland, Pilot Plan City, Brasichester, BRA”Z”ÍLIA, Brasidon, Brasipool, BRAZ DC, BraZPARK, ou quem sabe, dar-te-á um nome de uma dos seus patrocinadores: Visa City, COKE LAND, Adidas DC. Ela acha que Mané Garrincha não é um nome de expressão e de fácil entendimento para os chatos dos europeus que sairão daqui falando todas as asneiras possíveis sobre o nosso país. Mas, o tal “Anjo das Pernas Tortas”, ganhador de duas Copas do Mundo, sendo uma delas como protagonista, 1962. Reconhecidamente, entre os 10 maiores nomes da história do futebol, não é um nome que seria de fácil interpretação para o público que vem a um evento futebolístico??? Não acredito. Qualquer cidadão com anencefalia, que viu duas partidas de futebol, já viu ou ouviu dizer sobre as proezas do senhor nascido em PAU GRANDE, distrito de MAGÉ, Município do Estado do Rio de Janeiro, Lorde Manuel Francisco dos Santos, ou simplesmente MANÉ GARRINCHA. Mas, falamos do mundo perfeito, aquele na qual eles são oriundos. Aliás, foi hoje nos E.U.A, 1º Mundo, que aconteceu um ataque a bomba em uma das principais Maratonas do Planeta, a Maratona de Boston??? 2 mortos e mais de 100 feridos??? Confirma produção??? Alguém abre a boca para proibir evento esportivo na Terra do Tio Sam? A Maratona de Nova Iorque, O Master Series, a NBA, a NFL, e todos os grandes eventos esportivos dos Ianques foram impedidos de se realizar por conta do perigo eminente de terrorismo. Agora, quando se fala do Brasil, aparece um monte de francês, que nunca levantou um martelo para pregar um prego em uma barra de sabão, para nos humilhar. Ah me faz um favor, está com medo de vir para o país mais lindo do mundo. Fique onde está!!! LONGE. Estamos no fim do Mundo, mas esse tipo de coisa não acontece aqui. É bem verdade que temos cuecas cheias de dólares, pastor orando pela propina adquirida, mas terrorismo não. Temos sim, um complexo de vira-lata que nos impede de olharmos com mais carinho e responsabilidade para nosso país.
Entretanto, o assunto principal é o término da obra do Estádio Nacional Mane Garrincha. Não quero nem de longe fazer da Copa um problema para a nossa cidade. Mesmo porque, o problema pra mim não é a COPA e, sim, a forma pelo qual o povo brasileiro exerce a sua democracia. Acho que esquecemos o significado deste conceito, esquecemos que temos poder de gerenciar nosso país. Somos acomodados e, infelizmente, essa é a maior e mais absoluta verdade. Achamos que com o voto, nossos problemas terminam, bem como, a nossa responsabilidade, e a verdade nua crua é: NÃO, A SUA RESPONSABILIDADE SÓ AUMENTA. Até quando viveremos de fatos e lendas? Até quando esperar, a plebe se ajoelhar, esperando a ajuda de Deus? O adiamento da entrega do “Mané” só evidencia a nossa ingerência em criar, produzir e executar, com responsabilidade, o que pode contribuir para o crescimento moral de nossa sociedade. Não a COPA, pois essa não tem o efeito de transformar nosso povo. O que precisamos mudar não são os Felicianos e Calheiros, esses já são de formação defeituosa e nem todo recall do universo seria capaz de mudar isso. O que precisamos é reconstruir o nosso desejo de fazer a diferença em nosso próprio país. De ser protagonista das nossas decisões. Não é simplesmente apagar a Copa do Mundo ou as Olimpíadas de nosso calendário. É lutar para que estes cumpram a sua função primordial de colocar o maior potencial desperdiçado do planeta (BRASIL) no lugar em que ela merece, o de maior potencia social dentre os países do mundo. Para esse Brasil é que você precisa lutar. Chega de viver o complexo de Pinóquio, pois afinal de contas, pois você é o maior prejudicado. Quando menos você esperar o Estado não qual você faz o favor de prevaricar, pode lhe faltar. Nesse momento meu nobre amigo lembre-se do que você fez com o seu voto e com a vida de seus pares. Nem sempre focinho de porco é tomada. Se omitir das causas públicas é o primeiro ato, na peça intitulada “autodestruição”.

Att. Flávio Bueno

domingo, abril 07, 2013

Ninguém Regula a América - O RAPPA!!!

Meus caros,

Essa canção tem uma mensagem importante sobre o appel dos EUA na geopolítica internacional.


Coreias - Truco, Meio-Pau... Será que é blefe????


Guardas da Coreia do Sul a postos em frente à fronteira com a Coreia do Norte. Foto: Chung Sung-Jun/Getty Images
Além da eleição do novo papa, assunto que ocupou as manchetes de jornais em todo o mundo e já foi tema de post por aqui há algumas semanas, a Coreia do Norte teve bastante destaque nos últimos dias.
No começo de fevereiro, o país confirmou seu terceiro teste nuclear e disse que ele teve “maior nível” que os anteriores, feitos em 2006 e 2009. No mês anterior, o regime de Kim Jong-un já havia ameaçado realizar esse teste como resposta à resolução tomada pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que ampliou as sanções ao país comunista como castigo pelo recente lançamento de um foguete de longo alcance. A ação foi qualificada pelo governo norte-coreano como uma medida prática para fazer frente às “hostilidades” dos Estados Unidos, país que há alguns dias o líder norte-coreano chamou de “inimigo jurado” (leia mais aqui). A ONU classificou isso como uma “ameaça” e abriu a porta para novas sanções. Além dessas, a União Europeia aplicou as suas, que incluem o veto à exportação de certos componentes que possam ser utilizados na fabricação de mísseis. Em resposta, a Coreia do Norte declarou o fim do cessar-fogo com a Coreia do Sul (a guerra entre os dois países nunca acabou de vez) e esta, por sua vez, iniciou exercícios militares conjuntos com os Estados Unidos.
Para completar, a ONU reiterou suas já conhecidas denúncias de que o governo norte-coreano tem violado os direitos humanos da população e pediu maiores investigações. Entre os abusos documentados estão a crise alimentícia por causa das políticas de distribuição de alimentos controladas pelo Estado, que provoca imensos níveis de desnutrição, a restrição à entrada de assistência humanitária internacional, o uso da tortura e penas cruéis impostas a quem for considerado hostil ou contrário à ideologia oficial do governo. Em maio de 2011, a Anistia Internacional divulgou imagens de satélite que mostram o crescimento dos campos de prisioneiros políticos no país; a organização estima que lá trabalhem 200 mil pessoas em condições de escravidão. (Dica: para ler mais sobre isso – e treinar o inglês – veja este relatório da Anistia Internacional, que também apresentou acusações.).
Não se sabe o futuro das tensões na região e é bom ficar de olho no noticiário. Mas, para entender bem o que está acontecendo, é preciso dar uma olhada na história dos dois países. As informações a seguir foram tiradas do Almanaque Abril (disponível aqui).
A divisão das Coreias
Segundo a lenda, no século anterior à Era Cristã, a atual península Coreana foi dividida em três reinos: Silla, Koguryo e Paekche. Nos séculos seguintes, o território foi disputado por chineses, mongóis, japoneses e russos. Em 1910, o Japão anexou a região e tentou suprimir a língua e a cultura coreanas. Na Segunda Guerra Mundial, milhares de coreanos foram levados para trabalhos forçados no país e em países sob seu domínio. Mas o Japão teve de se render em 1945, e a península Coreana foi dividida em duas zonas de ocupação pelos vencedores da guerra: uma norte-americana no sul, e outra soviética no norte, correspondendo ao antagonismo da Guerra Fria. Em 1948 são criados dois Estados: Coreia do Norte e Coreia do Sul.
Em 1950, os norte-coreanos invadem o sul. A ONU envia tropas, formadas principalmente por soldados norte-americanos, que contra-atacam e ocupam a Coreia do Norte. A China entra na guerra e, em 1951, conquista Seul, a capital sul-coreana. Nova ofensiva dos EUA empurra as tropas chinesas e norte-coreanas de volta ao paralelo 38 – a linha que separa as duas Coreias. Mais de 5 milhões de pessoas morrem em três anos de guerra, sendo que pelo menos 2 milhões são civis. A trégua assinada em 1953 cria uma zona desmilitarizada entre as duas Coreias, mas a guerra nunca foi oficialmente terminada.
No fim dos anos 1990, as Coreias ensaiaram uma aproximação: a crise econômica do Norte, cujo efeito mais dramático é a escassez de alimentos, o torna dependente de ajuda humanitária do Sul. O avanço do programa nuclear norte-coreano nos últimos anos, contudo, prejudica o processo de paz. Os dois países chegam à beira de um conflito em 2010, quando os norte-coreanos bombardeiam um navio e uma ilha da Coreia do Sul. Isso deflagrou um dos mais graves atritos entre os dois países desde o armistício de 1953.

Coreia do Norte: “Eixo do Mal”
Em 2002, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, incluiu a Coreia do Norte, junto com Iraque e Irã, no grupo que chamou de “eixo do mal” – uma lista de países que apoiam organizações terroristas ou produzem armas de destruição em massa. No mesmo ano, a Coreia do Norte inaugura uma zona industrial especial em Kaesong, onde empresas sul-coreanas se instalam e empregam a mão de obra norte-coreana. A instável relação entre os dois países, contudo, ameaça esse arranjo. Pyongyang também passa a liberar a atuação de comércios privados restritos.
Coreia do Sul: da ditadura à democracia
O Estado sul-coreano surgiu em maio de 1948, quando a zona ocupada pelos Estados Unidos (EUA), na metade sul da península, se torna um país independente sob a liderança do nacionalista Syngman Rhee. Em 1950, a nova nação é invadida pela Coreia do Norte, dando início à Guerra da Coreia, que dura até o armistício de 1953. Rhee permanece no poder até 1960, quando renuncia em meio a acusações de corrupção. Seu sucessor, Chang Myon, é deposto em 1961, em um golpe militar chefiado pelo general Park Chung Hee. Em 1972, após ser confirmado no cargo por eleições consideradas fraudulentas, Park instaura uma ditadura militar.
A era Park, na qual o autoritarismo coexiste com a modernização industrial, termina com seu assassinato, em 1979. Um mês depois, o general Chun Doo-Hwan lidera um golpe militar. Novos protestos, em 1987, obrigam Chun a convocar eleições diretas para a escolha de seu sucessor. O candidato governista, Roh Tae Woo, vence e, em 1992, faz de seu sucessor, Kim Young-Sam, o primeiro presidente civil depois de 30 anos. Em 1994, agrava-se a tensão com a Coreia do Norte, diante da recusa do vizinho em permitir a inspeção internacional de seus reatores nucleares. A crise é encerrada com um acordo promovido pelos EUA.


Veja também:
- Simulado: Treine seus conhecimentos sobre as Coreias
- Coréia: Guerra inacabada
- (Via Mundo Estranho) O que foi a Guerra da Coréia?


Fonte: Guia do Estudante