sábado, agosto 31, 2013

Especial ONU Brasil - SÍRIA

Especial ONU Brasil


Entenda a crise

O conflito na Síria continua causando sofrimento humano e destruição imensuráveis. Dados compilados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) indicam que 100 mil pessoas foram mortas desde março de 2011, quando começou o levante contra o presidente Bashar al-Assad.
A estimativa é que 6,8 milhões de pessoas necessitem de assistência humanitária urgente – incluindo 3,1 milhões de crianças. Desse total, 4,25 milhões são deslocados internos. Até 1º de julho, já havia mais de 1,7 milhão de refugiados sírios nos países vizinhos e Norte da África.
Cerca de 1,2 milhão de famílias tiveram suas casas atingidas de acordo com a Comissão Econômica e Social para a Ásia Ocidental (ESCWA). Cerca de 400 mil delas foram completamente destruídas, 300 mil parcialmente destruídas e 500 mil sofreram danos de infraestrutura.
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) estima que 400 mil palestinos refugiados na Síria (80%) precisem de assistência urgente. Cerca de 180 mil deles tiveram que fugir de Damasco por causa dos bombardeios e confrontos nos arredores.
O denso deslocamento populacional e a higiene precária aumentam o risco de piolhos, sarna, leishmaniose, hepatite A e outras doenças infecciosas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) está monitorando a situação e oferecendo tratamento em diversas áreas do país. A estimativa é de 2,5 mil casos de febre tifoide em Deir Ez-Zor e 14 mil de leishmaniose em Hassekeh.
Cerca de 57% dos hospitais públicos foram danificados ou destruídos e 37% estão fechados, segundo a OMS. Muitos profissionais de saúde estão fugindo do país e os que permanecem têm muita dificuldade para chegar aos postos de trabalho por causa da insegurança.
Muitos hospitais estão sem remédios essenciais como insulina e antibióticos. Também acabaram os estoques do Ministério da Saúde para tratamentos de queimados e feridos em unidades de terapia intensiva. O hospital de Aleppo, por exemplo, reportou no meio de abril ter atendido 3,5 mil pacientes com ferimentos de guerra sem que houvesse banco de sangue e, muitas vezes, realizou operações sem anestesia ou fios de sutura.
A OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) estão trabalhando em campanhas de prevenção e fornecimento de kits laboratoriais para diagnóstico de hepatite A, além da aquisição inicial de 400 mil doses de remédio contra leishmaniose e medicamentos suficientes para tratar 6 mil casos de febre tifoide.
Para purificar a água e ajudar na prevenção das doenças, o UNICEF distribuiu no começo do ano aproximadamente 240 toneladas métricas hipoclorito de sódio para cerca de 20 mil pessoas em Aleppo, Ar-Raqqa, Damasco, Hama, Homs, Idleb e Damasco Rural.
O apoio da ONU ao setor de saúde garantiu a vacinação de 550 mil crianças contra sarampo, caxumba, rubéola e pólio em seis regiões.
O apuro das pessoas atingidas pela violência é ampliado pela falta de comida, água, combustível e o inverno rigoroso. Há cortes prolongados de luz em diversas áreas do país. A insegurança está impedindo o acesso de muitas pessoas a serviços e produtos de necessidade básica.
As agências da ONU estão reforçando abrigos e distribuindo itens de inverno para milhares de pessoas. Só em 2013, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) já distribuiu itens como cobertores, roupas e kits de cozinha para 452 mil pessoas.

Três quartos das crianças estão traumatizadas pela guerra

Uma pesquisa conduzida por Turquia, Estados Unidos e Noruega mostra que três quartos das cerca de 8,4 mil crianças sírias – a maioria entre 10 e 13 anos – refugiadas no campo de Gaziantep Islahiye, na Turquia, perderam ao menos um parente no conflito.
O estudo revela que a maioria delas apresenta sinais de estresse e trauma e 44% presenciaram ao menos cinco de 11 eventos adversos associados com guerra e desastres. Metade das crianças sofre depressão e muitas estão preocupadas com familiares que permanecem no país.
O UNICEF está provendo atividades educativas e apoio psicológico para mais de 85 mil meninos e meninas.
O Fundo também doou ao Ministério da Educação materiais escolares, kits de recreação e musicais para atender quase 25 mil crianças em Aleppo. Em todo o país, 154 mil estudantes foram beneficiados com doações do UNICEF.
De acordo com a agência, cerca de 20% das escolas não estão funcionando. Das 22 mil unidades do país, estima-se que mais de 2,4 mil tenham sofrido danos de infraestrutura por causa da guerra. A violência tirou muitas crianças das salas de aula, especialmente meninas. Nos locais onde as escolas tentam manter suas atividades, a frequência é bastante reduzida. Em Aleppo, apenas 6% dos alunos estão comparecendo às aulas.

Violência prejudica produção agrícola

A produção agrícola foi duramente comprometida com a crise, somando um prejuízo de 1,8 bilhão de dólares. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), só 5% dos agricultores conseguiram colher toda sua produção de trigo e cevada. Cerca de 20% dos produtores perderam inteiramente suas plantações e 55% dos pecuaristas registraram redução substancial nos estoques de gados e aves.
O programa de emergência da FAO tem objetivo de atender 20,7 mil famílias (com oito indivíduos) vulneráveis de agricultores e pecuaristas, beneficiando um total de 165 mil pessoas. Até o começo de janeiro, a FAO alcançou 8 mil pessoas com a doação de comida animal. Insumos agrícolas também foram dados a outras 4,5 mil pessoas e mais 4 mil receberam pacotes de ajuda específico para criação de aves.

Ajuda alimentar para 2,5 milhões de pessoas

O Programa Mundial de Alimentos (PMA), com apoio de parceiros, alcançou 2 milhões de pessoas em março, 300 mil a mais que no mês anterior. O objetivo é chegar a 2,5 milhões de pessoas dentro da Síria até o fim de abril.
Mulher recebe suprimentos do Programa Mundial de Alimentos em Damasco, capital da Síria. (Foto: ONU/Abeer Etefa)
Por causa do baixo financiamento, a cesta de alimentos provê mil calorias diárias por pessoa. Ela inclui 12 quilos de arroz, 3 kg de trigo, 5 litros de óleo vegetal, 3 kg de açúcar, 4 kg de leguminosas secas, 1kg de leguminosas enlatadas, 4kg de macarrão e 400g de massa de tomate.

ONU distribui mais de 6 milhões de dólares em ajuda financeira emergencial

Desde 16 de dezembro, o ACNUR tem oferecido ajuda em dinheiro a deslocados internos e famílias de refugiados palestinos em Damasco e Hassakeh. Mais de 73 mil pessoas já foram beneficiadas.
Um jovem refugiado sírio envolve-se em um cobertor grosso, parte da ajuda para sua família no inverno do norte do Iraque. Foto: ACNUR
Durante o mês de dezembro, a UNRWA também distribuiu mais de 5 milhões de dólares em assistência financeira emergencial para 94 mil palestinos em Damasco. Em janeiro, mais 23 mil foram beneficiados com 1 milhão de dólares.

UNFPA leva atendimento de saúde gratuito a milhares de grávidas

A resposta do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) para a crise inclui ambulâncias, equipamentos e suprimentos médicos de obstetrícia para atender milhares de grávidas.
Somente de 9 a 22 de abril, 7,5 mil mulheres foram atendidas em serviços de saúde reprodutiva, incluindo cuidados obstétricos de emergência em Damasco, Damasco Rural, Aleppo e Homs. Cerca de 400 partos normais e cesárias foram realizados com vouchers de atendimento gratuito fornecidos pela agência da ONU.
O sistema de vouchers beneficiou 28 mil mulheres durante o mês de março em Aleppo. O atendimento direto do UNFPA alcançou 11,8 gestantes no período.
No começo do ano, a agência da ONU entregou ao Ministério da Saúde equipamentos para atendimento de saúde reprodutiva e serviços de planejamento familiar em apoio a cerca de 180 mil mulheres em Damasco, Aleppo, Idlib, Homs e Ar-Raqqa. Entre 5 e 18 de fevereiro, mais 60 mil foram beneficiadas em saúde reprodutiva e 150 mil em planejamento familiar.

Apelo é por 1,5 bilhão de dólares para o primeiro semestre de 2013

O plano de resposta humanitária para a Síria requer 519 milhões de dólares para cobrir 61 projetos em dez setores durante o primeiro semestre de 2013. Já o plano de resposta regional para refugiados pede 1 bilhão de dólares para apoiar 1,1 milhão de refugiados sírios no Egito, Iraque, Jordânia, Líbano e Turquia no primeiro semestre de 2013.
O Fundo de Resposta Emergencial para a Síria recebeu, até 22 de abril, 43,8 milhões de dólares – dos quais 19,1 milhões foram alocados em 66 projetos.
Em 30 de janeiro, uma conferência de doadores foi realizada no Kuwait com a participação de mais de 60 países, que se comprometeram a doar o total de 1,5 bilhão de dólares para minimizar a crise humanitária. Até 22 de abril, apenas 700 milhões de dólares foram financiados.
Em 2012, apenas 55% da ajuda solicitada para a resposta humanitária foi financiada, totalizando uma arrecadação de 191 milhões de dólares, quando o necessário era 348 milhões. A ajuda aos refugiados também foi subfinanciada no ano passado. Dos 488 milhões de dólares solicitados, apenas 248 milhões chegaram, atendendo a cerca de 69% das necessidades.

Missão de observadores e escritório de contato da ONU

Como a persistência do combate na Síria, as condições para dar continuidade à Missão da ONU de Supervisão na Síria (UNSMIS) no país não foram satisfeitas, anunciou em agosto de 2012 o Subsecretário-Geral de Operações de Paz, Edmund Mulet. Os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU, no entanto, concordaram neste mesmo mês com a criação de um escritório de contato para apoiar os esforços de uma solução política para o conflito e o respeito dos direitos humanos.
Veículo da ONU foi danificado por uma multidão enfurecida em El-Haffeh, Síria, ao tentar acessar a cidade (ONU/ David Manyua)
Inicialmente criada em abril de 2012 para durar 90 dias – por meio da resolução 2043 –, o mandato da UNSMIS foi prorrogado por mais 30 dias no final de julho, quando o Conselho aprovou a resolução 2059.
Essa resolução também indicou que uma renovação posterior a este prazo só seria possível se fosse confirmado que o uso de armas pesadas houvesse cessado e uma redução da violência por todos os lados era necessário para permitir à Missão implementar o seu mandato, o que não ocorreu.

Representante Especial tenta saída negociada pacífica para a crise

Em fevereiro de 2012, o ex-Secretário-Geral das Nações Unidas Kofi Annan (na foto abaixo, à esquerda) foi anunciado como o enviado especial da Missão Conjunta da Liga Árabe e da ONU para a Síria. Annan, que havia ocupado o cargo máximo da Organização entre 1997 e 2006, se tornou à época Alto Representante da ONU e da Liga Árabe para resolver a crise e será apoiado por um Vice-Representante. “O enviado especial proporcionará bons ofícios destinados a pôr fim a toda a violência e violações dos direitos humanos, e promover uma solução pacífica para a crise da Síria”, afirmou o comunicado conjunto no dia 23.
Kofi Annan, Ban Ki-moon e Lakhdar Brahimi (UN Photo/Devra Berkowitz)
No dia 2 de agosto do mesmo ano, no entanto, Annan renunciou ao cargo após tentativas frustradas de aplicar o chamado Plano de Seis Pontos, que pede o fim da violência, o acesso de agências humanitárias para o fornecimento de apoio à população civil, a libertação dos detidos, o início de um diálogo político inclusivo e livre acesso ao país para a mídia internacional.
Em seu lugar, as duas organizações apontaram no dia 17 de agosto de 2012 o diplomata veterano argelino Lakhdar Brahimi (à direita) como novo facilitador da paz na região. Brahimi deve assumiu a função no dia 31 de agosto, quando terminou o mandato de Annan, e desde então tem feito esforços constantes para uma saída negociada pacífica para a crise.

Como ajudar

Você pode fazer doações para duas das diversas agências que estão atuando no país: o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) — clique aqui para acessar — ou para o Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU — clique aqui para acessar.

sábado, agosto 10, 2013

EU E O VELHO, O VELHO E EU!!!! Para meu PAI!!!

EU E O VELHO, O VELHO E EU!!!

Certas dores não cessam. 
Certos sentimentos não mudam. 
Certas feridas não cicatrizam. 
Certos olhos não se cansam em jorrar suas lágrimas.
Certos sorrisos já não soam tão naturais.
Certas alegrias já não são tão alegres, longe disso.
Certos gritos já não são tão altos.
O feroz se fez vulnerável.
E o vulnerável sente a dor da falta.
Falta que eu lhe confesso aumenta cada vez mais.
O violão já nem tem a mesma graça.
A música então, deprime por ser nostálgica.
Tento espantar meu desalento com o que mais gostava.
Mas, admito com pesar, tenho um medo danado do espelho se quebrar.
As vitórias não são comemoradas como deviam, pois não estás aqui para se alegrar.
Eu só queria ter a mesma força.
Lidar dignamente com a dor.
Ter a altivez de superar o insuperável.
Ter a perspicácia de driblar o imponderável.
Ter a audácia de acreditar no inacreditável.
Ter... Ser... Querer... Crescer como você...
Espero ainda te encontrar na estrada desta ou de outras vidas.
E se ela não existir dai-me forças para construir.
Aonde quer que eu vá o senhor será meu olhar, meu falar, meu pensar e meu sentir.
Não poderia ser diferente por tudo o que o senhor representa para mim!!!

TE AMO - FELIZ DIA DOS PAIS

terça-feira, agosto 06, 2013

Little Boy, a bomba atômica que atingiu Hiroshima há 68 anos.

Little Boy, a bomba atômica que atingiu Hiroshima há 68 anos.

 No dia 06 de agosto de 1945, às 8:15 da manhã, a bomba "Little Boy" explodia há 600 metros acima do solo, com uma quantidade de energia equivalente a 13.4 mil toneladas de TNT.

 É estimado que a bomba tenha matado cerca de 70 mil pessoas diretamente com a explosão e deixado mais 70 mil com graves ferimentos; muitos sucumbindo nos meses seguintes.

Talita Lopes Cavalcante Administração Imagens Históricas Foto: US government DOD/DOE photograph

Fonte: - "Little Boy Dropped on Hiroshima". National Nuclear Security Administration (NNSA).

Disponível em <<http://nnsa.energy.gov/aboutus/ourhistory/timeline/little-boy-dropped-hiroshima>>. Acessado em: 06 jul. 2013. - "Section 8.0 The First Nuclear Weapons". Nuclear Weapons Archive.

Disponível em << http://nuclearweaponarchive.org/Nwfaq/Nfaq8.html#nfaq8.1.3>>. Acessado em: 06 jul. 2013.

Origem da SIDA - Aids Origin´s - HIV Origin´s

Documentário imperdível sobre a origem do vírus HIV.

segunda-feira, agosto 05, 2013

Petróleo e biodiversidade costeira

Documento do Greenpeace mapeia zonas de exploração e ONG propõe iniciativas para reverter quadros atuais.

O Petróleo, recurso natural e principal fonte de energia do mundo globalizado, é a matéria base de vários produtos presentes na sociedade. Apesar de sua importância econômica e política no mercado mundial, é fundamental que algumas medidas sejam tomadas para minimizar os danos causados pela sua exploração na natureza.

Pensando nisso, a ONG (Organização Não Governamental) GreenPeace, uma das mais atuantes no ativismo ambiental mundial, vem dando enfoque a esse debate e possui um documento específico sobre o tema. A ONG mapeou o litoral brasileiro para mostrar que a conservação marinha e o desenvolvimento da indústria de petróleo entraram, de uma vez por todas, em rota de colisão. O estudo, dividido por quatro regiões da costa brasileira, conta uma história de descaso com a conservação ambiental, ponto que, proporcionalmente, faz-se oposto ao incentivo para o crescimento da exploração petrolífera.​

De acordo com a publicação, apesar da sua importância ecológica, zonas costeiras são afetadas pelo impacto da exploração, sem que sejam adotadas medidas para sua proteção. Em 2007, o Ministério do Meio Ambiente divulgou estudo reconhecendo que cerca de 44% da extensão total da zona marinha brasileira são de área prioritária para a conservação da biodiversidade. Infelizmente, apenas 2,57% dessas áreas prioritárias foram transformadas em unidades de conservação federais. No entanto há exploração e produção de gás e óleo facilitados em 8,77% de áreas que deveriam ser transformadas em áreas marinhas protegidas.

Proposições do Greenpeace
  • Criação de uma rede mundial de áreas marinhas protegidas, que cubra 40% dos oceanos;
  • 30% de áreas marinhas protegidas no litoral brasileiro;
  • 40% de reservas marinhas em áreas oceânicas;
  • Ordenamento territorial marinho que compatibilize os desenvolvimentos econômico, social e ambiental.

Programa Petrobras Ambiental
Uma das maiores empresas do mundo, a petrolífera brasileira Petrobras, tem uma linha específica de atuação para tentar compensar danos ambientais causados pela exploração. Através do Programa Petrobras Ambiental, a companhia investiu de 2003 a 2008, período inicial do projeto, mais de R$150 milhões em ações de pequeno, médio e grande portes. As iniciativas são desenvolvidas em parceria com organizações da sociedade civil de todo o País, abrangendo dezenas de bacias, ecossistemas e paisagens na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal.

Curiosidade
No dia 5 de junho, é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, momento importante para conscientização e preservação ambiental. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1972 e um de seus principais esforços refere-se à compreensão individual e coletiva sobre o cuidado com o meio ambiente.

Fonte: Rede Pitágoras