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quarta-feira, março 20, 2013
terça-feira, março 19, 2013
Twitcam de revisão - 2º ANO - REDE ISAAC NEWTON
quarta-feira, março 13, 2013
O Começo do Fim por Jeferson Vianna
Esse post é uma homenagem a nata de boas mentes adoradoras de Geografia e rock in roll. No fim da Guerra Fria um dos maiores festivais de Heavy Metal da história, o Monters of Rock, realizou uma edição na então fechada e próxima do fim, URSS. A representatividade deste evento transcende a barreira da música e da arte e inaugura no mundo socialista a construção do American Way of Life na íntegra. Pode parecer exagero, mas, bandas americanas como Metallica e Pantera levam em suas letras a essencia do povo americano, suas principais características e, claro, um americanismo. Acompanhem o texto do amigo e geógrafo Jeferson Vianna sobre este assunto.
Para meus alunos do 3º Ano:
Rock N’ Roll e Geografia
Em setembro de 1991 o Metallica participou, juntamente com AC/DC e Pantera, de um dos primeiros e último show de heavy metal na então URSS, e ajudou a colocar no chão a Força Vermelha. Agentes comunistas infiltrados na mídia local fizeram um verdadeiro terrorismo de informação, dizendo que poderiam haver até mortes naquele evento "imperialista".
O Começo do fim...
No ano de 1985, o estadista Mikhail Gorbatchev assumiu o controle do Partido Comunista Soviético com idéias inovadoras. Entre suas maiores metas governamentais, Gorbatchev empreendeu duas medidas: a perestroika ( reestruturação) e a glasnost (transparência). A primeira visava modernizar a economia russa com a adoção de medidas que diminuía a participação do Estado na economia. A glasnost tinha como objetivo abrandar o poder de intromissão do governo nas questões civis.
Em esfera internacional, a União Soviética buscou dar sinais para o fim da Guerra Fria. As tropas russas que ocupavam o Afeganistão se retiraram do país e novos acordos econômicos foram firmados junto aos Estados Unidos. Logo em seguida, as autoridades soviéticas pediram auxílio para que outras nações capitalistas fornecessem apoio financeiro para que a nação soviética superasse suas dificuldades internas.
A ação renovadora de Mikhail Gorbatchev criou uma cisão política no interior da União Soviética. Alas ligadas à burocracia estatal e militar faziam forte oposição à abertura política e econômica do Estado soviético. Em contrapartida, um grupo de liberais liderados por Boris Ieltsin defendia o aprofundamento das mudanças com a promoção da economia de mercado e a privatização do setor industrial russo. Em agosto de 1991, um grupo de militares tentou dar um golpe político sitiando com tanques a cidade de Moscou.
O insucesso do golpe militar abriu portas para que os liberais tomassem o poder. No dia 29 de agosto de 1991, o Partido Comunista Soviético foi colocado na ilegalidade. Temendo maiores agitações políticas na Rússia, as nações que compunham a União Soviética começaram a exigir a autonomia política de seus territórios. Letônia, Estônia e Lituânia foram os primeiros países a declararem sua independência. No final daquele mesmo ano, a União Soviética somente contava com a integração do Cazaquistão e do Turcomenistão.
No ano de 1992, o governo foi passado para as mãos de Boris Ieltsin. Mesmo implementando diversas medidas modernizantes, o governo Ieltsin foi marcado por crises inflacionárias que colocavam o futuro da Rússia em questão. No ano de 1998, a crise econômica russa atingiu patamares alarmantes. Sem condições de governar o governo, doente e sofrendo com o alcoolismo, Boris Ieltsin renunciou ao governo. Somente a partir de 1999, com a valorização do petróleo no governo de Vladimir Putin, a Rússia deu sinais de recuperação.
Rock N’ Roll e Geografia
Em setembro de 1991 o Metallica participou, juntamente com AC/DC e Pantera, de um dos primeiros e último show de heavy metal na então URSS, e ajudou a colocar no chão a Força Vermelha. Agentes comunistas infiltrados na mídia local fizeram um verdadeiro terrorismo de informação, dizendo que poderiam haver até mortes naquele evento "imperialista".
O Começo do fim...
No ano de 1985, o estadista Mikhail Gorbatchev assumiu o controle do Partido Comunista Soviético com idéias inovadoras. Entre suas maiores metas governamentais, Gorbatchev empreendeu duas medidas: a perestroika ( reestruturação) e a glasnost (transparência). A primeira visava modernizar a economia russa com a adoção de medidas que diminuía a participação do Estado na economia. A glasnost tinha como objetivo abrandar o poder de intromissão do governo nas questões civis.
Em esfera internacional, a União Soviética buscou dar sinais para o fim da Guerra Fria. As tropas russas que ocupavam o Afeganistão se retiraram do país e novos acordos econômicos foram firmados junto aos Estados Unidos. Logo em seguida, as autoridades soviéticas pediram auxílio para que outras nações capitalistas fornecessem apoio financeiro para que a nação soviética superasse suas dificuldades internas.
A ação renovadora de Mikhail Gorbatchev criou uma cisão política no interior da União Soviética. Alas ligadas à burocracia estatal e militar faziam forte oposição à abertura política e econômica do Estado soviético. Em contrapartida, um grupo de liberais liderados por Boris Ieltsin defendia o aprofundamento das mudanças com a promoção da economia de mercado e a privatização do setor industrial russo. Em agosto de 1991, um grupo de militares tentou dar um golpe político sitiando com tanques a cidade de Moscou.
O insucesso do golpe militar abriu portas para que os liberais tomassem o poder. No dia 29 de agosto de 1991, o Partido Comunista Soviético foi colocado na ilegalidade. Temendo maiores agitações políticas na Rússia, as nações que compunham a União Soviética começaram a exigir a autonomia política de seus territórios. Letônia, Estônia e Lituânia foram os primeiros países a declararem sua independência. No final daquele mesmo ano, a União Soviética somente contava com a integração do Cazaquistão e do Turcomenistão.
No ano de 1992, o governo foi passado para as mãos de Boris Ieltsin. Mesmo implementando diversas medidas modernizantes, o governo Ieltsin foi marcado por crises inflacionárias que colocavam o futuro da Rússia em questão. No ano de 1998, a crise econômica russa atingiu patamares alarmantes. Sem condições de governar o governo, doente e sofrendo com o alcoolismo, Boris Ieltsin renunciou ao governo. Somente a partir de 1999, com a valorização do petróleo no governo de Vladimir Putin, a Rússia deu sinais de recuperação.
Por Jeferson Vianna
Festivais históricos: Monsters of Rock Moscow 1991
por André Azenha
A partir deste post
vamos relembrar alguns dos festivais mais marcantes da história.
Começando com um dos mais simbólicos e emblemáticos, o Monsters of Rock
Moscow.
Setembro de 1991 a União Soviética praticamente falida, o parlamento
votando na dissolução da URSS, um cenário perfeito pra acontecer um mega
show para desestruturar mais ainda o regime socialista.
Sob a vigilância de quase 11 mil homens das forças policiais (segundo
alguns dados, o número de guardas foi maior, entre 20 e 25 mil), quase 1
milhão de jovens soviéticos se espremiam no Tushino Airfield, em
Moscou, para assistir a apresentação de cinco grandes monstros do rock:
Pantera
E.S.T.
The Black Crowes
Metallica
AC/DC
E.S.T.
The Black Crowes
Metallica
AC/DC
E foi o Pantera a primeira banda a subir no palco naquele dia, com um
show brutal e pesado, expressou exatamente o que o público sentia
naquele momento. Foi um show curto porém histórico. No set list apenas 4
músicas: Domination, Psycho Holiday, Cowboys From Hell e Primal
Concrete Sledge.
Depois do E.S.T, foi a vez do The Black Crowes tentar acalmar a
galera, tocando canções do primeiro e ótimo disco, Shake Your Money
Maker.
A noite já caia sobre o Tushina Airfield quando o Metallica abriu seu
show com “Enter Sandman”, levando o público a transformar sentimento em
canto.
Veja o show completo do Metallica no Monsters of Rock Moscow :
Com chave de ouro o festival foi encerrado com a apresentação do
AC/DC; no setlist, clássicos como “Highway to Hell”, “Back in Black”,
Wolla Lotta Rosie e, claro, “For Those About to Rock”.
Os canhões ao final da música se despediam daquelas pessoas, que
presenciaram um dos momentos mais significativos e emocionantes do Rock
n`Roll.
Fonte: Blog “Meu Negócio é Rock”
quarta-feira, março 06, 2013
terça-feira, março 05, 2013
Morre o Presidente Húgo Chavez!!!
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de 58 anos, morreu nesta terça-feira 5, em Caracas, às 16h25. O anúncio foi feito pelo vice-presidente Nicolas Maduro em um discurso televisivo. “É um momento de dor profunda”, disse.
Segundo a Constitução venezuelana, quem deve assumir provisoriamente o comando do país é Diosdado Cabello, presidente do Congresso. Ele fica no cargo até que sejam convocadas novas eleições.
Derrotado nas eleições presidenciais de 2012, o líder da oposição, Henrique Capriles, comentou a morte do adversário político. “Em momentos difíceis, devemos demostrar nosso profundo amor e respeito pela Venezuela!União da família venezuelana!”, disse em sua conta no Twitter. “Minha solidariedade a toda a família e seguidores do presidente Hugo Chávez, advogamos pela unidade dos venezuelanos neste momento.”
Em um pronunciamento em rede nacional, o Almirante Diego Molero, ministro da Defesa, também pediu união. Ele afirmou ainda que as Forças Armadas garantirão a segurança dos cidadãos e também que a Constituição seja seguida. “O senhor vice-presidente, Nicolas Maduro, Diosdado Cabello e todos os poderes instituídos contém com as Forças Armadas que são do pavo para o povo.”
Imagens da agência de notícias Reuters mostram civis nas ruas da capital Caracas gritando lemas como “Chávez vive, a luta segue” e o “povo unido, jamais será vencido”.
O bolivariano não era visto em público desde 11 de dezembro, quando realizou a quarta cirurgia contra um câncer em Cuba.
Ele estava no poder havia 14 anos, tendo sido reeleito no final do ano passado.
Na tarde de terça-feira 5, Maduro acusou os “inimigos históricos” da Venezuela de estarem por trás do câncer sofrido por Chávez. Ele se mostrou confiante em que poderá comprovar esta afirmação.
“Nós não temos nenhuma dúvida, chegará o momento indicado da História em que se poderá formar uma comissão científica que revelará que o comandante Chávez foi atacado com esta doença (…) os inimigos históricos desta pátria buscaram o ponto para prejudicar a saúde de nosso comandante”, afirmou Maduro em um discurso na televisão nacional.
Leia mais:
O fim do chavismo?
Governo acusa ‘inimigos’ de provocarem câncer de Chávez
Na segunda-feira 4, foi anunciado que Chávez tinha seu quadro respiratório “agravado” por uma “nova e severa infecção”. “No dia de hoje houve um agravamento da função respiratória relacionado com o estado de imunodepressão próprio de sua situação clínica”, disse o ministro de Comunicação e Informação, Ernesto Villegas, em um comunicado lido no Hospital Militar de Caracas, onde Chávez estava internado.
Chávez estava sendo submetido à “quimioterapia de forte impacto, entre outros tratamentos complementares”, destacou Villegas, confirmando o que disse o vice-presidente Nicolás Maduro na sexta-feira. “A evolução de seu quadro clínico continua sendo muito delicada.”
“O governo bolivariano continua ao lado dos filhos e demais familiares do comandante presidente nesta batalha plena de amor e espiritualidade, e convoca todo o povo a se manter de pé nesta luta, incólume a esta guerra psicológica deflagrada por laboratórios estrangeiros com os alto-falantes da direita corrupta venezuelana, que buscam gerar cenários de violência como pretexto para uma intervenção estrangeira na Pátria de Bolívar”.
Leia mais:
Chávez ‘orienta’ governo do hospital, diz Maduro
Maduro afirma que Chávez segue ‘lutando pela vida’
Chávez foi submetido a quimioterapia e está ‘animado’, diz Maduro
Nas últimas dez semanas, os venezuelanos viram Chávez apenas em quatro fotos – junto com suas filhas mais velhas – tiradas no hospital de Havana. No sábado, o vice-presidente Nicolás Maduro revelou que Chávez orienta a equipe de governo e toma decisões econômicas e sociais a partir de um gabinete montado no Hospital Militar de Caracas.
Chávez, 58 anos e no poder desde 1999, foi diagnosticado com câncer em meados de 2011, e desde então sofreu quatro operações em Cuba, com posteriores ciclos de quimioterapia e radioterapia.
Com informações AFP
Textos Complementares - Expansão Territorial Brasileira
EXPANSÃO TERRITORIAL BRASILEIRA
Texto 1
A partir do século XVI, por conta das frentes de penetração
(Entradas e Bandeiras) e da União Ibérica (1580-1640), o Meridiano
de Tordesilhas (1494) que partilhava o mundo entre Portugal e Espanha com
a benção do espanhol Alexandre VI (Bula Inter Coetera), caduca.
Após a restauração da soberania lusa, emergem na América
Latina conflitos entre portugueses e espanhóis na região do
Rio da Prata, e no Amapá com os franceses que buscavam ocupar toda
a margem esquerda do Rio Amazonas.
A fundação pelos portugueses (1680) da Colônia do Santíssimo
Sacramento (atualmente terras uruguaias) tem como contrapartida espanhola
a fundação jesuítica dos Sete Povos das Missões
(1687) e a ocupação da Colônia do Sacramento.A tentativa
de amenizar os conflitos na América do Sul dão origem ao Tratado
de Utrecht (1713), onde a França reconhece, no extremo Norte, o Oiapoque
como limite entre a Guiana e o Brasil. No Sul os espanhóis devolvem
a Colônia do Sacramento aos portugueses (1715).
Mas nem sempre a diplomacia consegue eliminar as disputas das populações
locais e a latência das tensões, apesar da importância
do Tratado de Madri (1750), onde Alexandre de Gusmão garantiu para
Portugal, pelo princípio do usucapião (Uti Possidetes - a posse
pelo uso), a legalização das incorporações territoriais
luso-brasileiras, definindo o atual contorno do Brasil. Por este tratado,
foi assegurada à Espanha a posse da Colônia do Sacramento, tendo
sido garantida para os portugueses os Sete Povos das Missões.
A permanência dos conflitos na Região Platina, levam a alterações
em 1761 do Tratado de Madri, com a assinatura do Tratado de Santo Idelfonso,
cujos limites nunca foram demarcados, arrastando-se até 1801 (após
a Guerra Ibérica entre Portugal e Espanha), quando o Tratado de
Badajós incorpora definitivamente os Sete Povos das Missões à
Portugal.
O prolongamento durante o século XIX das tensões na Região Platina,
onde se efetuava a comunicação com o Mato Grosso através
dos rios, desencadearam em 1821 o maior conflito armado da América
do Sul, representado pela Revolução da Cisplatina, destacando-se (sob
o comando de Caxias) a Dezembrada e a Campanha da Cordilheira; a guerra contra
as Províncias Unidas do Rio da Prata, que resultou no reconhecimento
da independência do Uruguai (1828) através do Tratado do
Rio de Janeiro; e na Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai
(1864-1870), encerrada diplomaticamente pelo Tratado de Assunção. A
penetração de seringueiros (de origem nordestina) através
dos rios Javari, Juruá e Purus, em territórios bolivianos e
peruanos, originam conflitos armados que foram contidos pela abertura de negociações
sob a direção do Chanceler Barão do Rio Branco com o
Tratado de Petrópolis, onde o governo boliviano cede a região
em litígio em troca de indenização e o compromisso da
construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. O Tratado
do Rio de Janeiro, assinado com o Peru, incorpora, definitivamente ao Brasil
o atual Estado do Acre.
Texto 2
Ampliação dos limites do território brasileiro que ocorre
entre o descobrimento e o Tratado de Madri em 1750. Nesse período,
o país tem sua área aumentada em mais de duas vezes. Essa expansão
é decorrente do desenvolvimento econômico da colônia e
dos interesses político-estratégicos da colonização.
Durante o século XVI, o povoamento colonial avança pouco, permanecendo
restrito a áreas litorâneas do Nordeste e do Sudeste. A população
branca é reduzida, não conhece o território e depara
com a resistência de grande parte dos povos nativos a sua presença.
No século XVII, o incremento das atividades produtivas e a ação
mais efetiva do Estado no combate à beligerância dos nativos
e às ameaças dos invasores estrangeiros impulsionam o movimento
do litoral para o interior. Na primeira metade do século, os bandeirantes
paulistas seguem para o Sul à caça de índios aldeados
pelos jesuítas nas missões do Paraná e Paraguai e, mais
tarde, vão em sentido oposto, para Minas Gerais, Goiás e Mato
Grosso, à procura de metais preciosos.
Do litoral do Nordeste saem expedições oficiais para o Norte,
abrindo passagem para a Amazônia, onde começam a atuar missionários,
comerciantes extrativistas e tropas de resgate especialistas em aprisionar
índios nessa região. Estratégia semelhante é utilizada
pelo Estado português no extremo sul. Para fixar a fronteira natural
do Brasil no rio da Prata, é implantado, em 1680, um agrupamento militar,
a Colônia do Sacramento, na margem esquerda do estuário, em frente
de Buenos Aires. Entre o final do século XVII e o começo do
XVIII é a pecuária bovina que se espalha pelo interior nordestino
e mineiro, dividindo a extensa região ao longo das margens do rio São
Francisco: de um lado, em direção a Piauí e Maranhão,
o "sertão de dentro", e, de outro, em direção
a Bahia, Pernambuco e Paraíba, o "sertão de fora".
Tratados de limites
Os caminhos abertos pela pecuária e por apresadores de índios,
mineradores, comerciantes e missionários estendem o território
brasileiro para muito além do estipulado no Tratado de Tordesilhas,
de 1494. Essa linha dividia os domínios de portugueses e espanhóis
na América do Sul na altura das atuais cidades de Belém, no
Pará, e Laguna, em Santa Catarina. Até 1640, a expansão
é facilitada pela União Ibérica, mas prossegue após
a separação entre Portugal e Espanha.
Na segunda metade do século XVIII, Portugal e Espanha firmam vários
acordos sobre os limites de suas colônias americanas. O primeiro e mais
importante, o Tratado de Madri, é assinado em 1750 e reconhece, com
base no princípio jurídico do uti possidetis (direito de posse
pelo uso), a presença luso-brasileira na maioria dos territórios
desbravados, em processo de ocupação e exploração.
No Norte e Centro-Oeste não há dificuldade em acertar limites
praticamente definitivos, pelo pequeno interesse espanhol nessas regiões.
Mas no Sul a negociação é conturbada. A Espanha exige
o controle exclusivo do rio da Prata, pela importância econômica
e estratégica, e aceita a Colônia do Sacramento em troca da manutenção
da fronteira brasileira no atual Rio Grande do Sul. Para isso ordena que os
jesuítas espanhóis e índios guaranis dos Sete Povos das
Missões saiam de terras gaúchas. O trabalho de demarcação
emperra na resistência indígena da Guerra Guaranítica,
e a Espanha recua em sua proposta inicial. Do lado português, o governo
do marquês de Pombal tenta aproveitar-se do impasse e assegurar a permanência
portuguesa no rio da Prata. A Espanha reage e impõe o Tratado de Santo
Ildefonso, em 1777, desfavorável aos interesses luso-brasileiros porque
retira dos portugueses todos os direitos sobre o rio da Prata e também
sobre a região dos Sete Povos das Missões.
O impasse é resolvido bem mais tarde, em 1801, com a assinatura do
Tratado de Badajoz, que restabelece a demarcação acertada em
1750. Os hispano-americanos mantêm o domínio da região
platina, e os luso-brasileiros recuperam a totalidade do atual território
do Rio Grande do Sul, onde é fixada a fronteira sul do Brasil.
Texto 3
Até meados do séc. XVIII, não estavam bem estabelecidos
os limites territoriais, pois os espanhóis não chegaram a demarcar
as possessões ibéricas na América do Sul
Durante a união ibérica, ficou praticamente anulada a linha
de Tordesilhas, enquanto várias bandeiras iam para o Sul e para o interior
em busca de índios para escravizar.
Após a restauração portuguesa, houve a necessidade de
estabelecer fronteiras => tratados com franceses e espanhóis
Entradas e Bandeiras
A versão mais aceita quanto a Entradas e Bandeiras: Entradas - patrocinadas
pelo governo / Bandeiras - patrocinadas por particulares
São Vicente - centro irradiador - devido ao seu fracasso no açúcar
(solo impróprio e maior distância da metrópole), os habitantes
foram obrigados a procurar outras formas de sobrevivência: busca pelo
sertão - riquezas minerais / tráfico de índios
Responsáveis pela ocupação da maior parte do Brasil
atual
Nômades, geralmente mestiços
Freqüentemente destruíam missões para aprisionar índios
Durante o ciclo do ouro, dispersaram-se por MT e GO ao serem expulsos de
MG
Ocupação do Sertão e Agreste
Principalmente pela PECUÁRIA
O gado era criado nas fazendas de açúcar, para transporte,
moagem, alimentação. Com o tempo, o gado passou a destruir canaviais,
causando prejuízo, além de ocuparem um espaço que poderia
ser coberto pela cana.
1701 - Portugal proíbe a criação de gado perto do litoral,
para dar mais espaço para a plantação de cana
Busca de novas pastagens - migração para o interior, principalmente
de Maranhão
Ocupação do Norte
O principal fator de ocupação da região Norte foi a
presença de franceses em regiões quase desabitadas do país,
o que obriga o governo a promover expedições para ocupar e defender
as terras. São fundados vários fortes, e, em torno destes, formaram-se
cidades.
Apenas em 1615 os franceses são expulsos definitivamente
As Missões jesuíticas, aliadas à exploração das Drogas do Sertão, também tiveram grande importância
na ocupação da região. Com a decadência do comércio
de especiarias com o Oriente, a lacuna é em parte substituída
pelas Drogas do Sertão. A obtenção destas era feita pelos
índios, que conheciam bem a floresta, o local, as plantas. Mas, para
isso, conquistaram-se os índios sob a desculpa da catequese.
Texto 4
A União Ibérica, que se extendeu de 1580 a 1640, cumpriu um
importante papel na construção do território brasileiro,
qual seja, o de diluir as fronteiras estabelecidas pelo Tratado de Tordesilhas.
Expandiu os limites territoriais tanto ao norte, com a conquista efetiva do
Maranhão, quanto ao sul, alargando a fronteira na região platina.
Data também deste período o início da expansão
territorial para o interior. Em 1580 foram organizadas as primeiras expedições
dos bandeirantes em São Paulo. Essa frente de expansão territorial
para os "sertões" - palavra então usada para aludir
ao interior - prolongou-se por todo o período da dominação
espanhola.
Data de 1585 a primeira grande bandeira para captura e escravização
de índios no sertão dos Carijós, luta que levaria à
ocupação gradativa do interior do Brasil e ao alargamento da
faixa litorânea ocupada pelos portugueses no iníco do século
XVI.
São também deste período, entre outras:
a conquista da Paraíba, em 1584 as guerras travadas contra os índios
no norte da Bahia, atual Sergipe, em 1589 a bandeira a Goiás, em 1592
as primeiras incursões dos bandeirantes paulistas à região
de Minas Gerais, em 1596 a bandeira apresadora de índios na região
do baixo Paraná, em 1604
Texto 5
DEFINIÇÃO
Processo de expansão da colonização para o interior
do Brasil, ultrapassando os limites de Tordesilhas e ampliando o território
brasileiro realizado nos séculos XVII e XVIII.
CONTEXTO HISTÓRICO
- o período do domínio espanhol (1580-1640) foi marcado pela expansão
da colonização para o interior, pela conquista do litoral setentrional
norte, pela expansão bandeirante e pela ocupação das
terras além da linha fixada pelo Tratado de Tordesilhas.
- processou-se fundamentalmente de acordo com as necessidades econômicas
da Colônia e de Portugal.
FATORES DA EXPANSÃO
- a expansão oficial: conquista militar do litoral setentrional e
colonização do Amazonas. - a pecuária.
- o bandeirismo.
- a mineração.
- os jesuítas: missões.
- a Colônia do Sacramento.
Texto 6
· Conquista do litoral setentrional (acima de Pernambuco):
- através de tropas militares para expulsar os franceses e seus aliados
indígenas que faziam entre si o escambo (pau-brasil, pimenta-nativa,
algodão nativo).
· Colonização do Amazonas:
- através de tropas militares para expulsar os ingleses e holandeses
que exploravam as “drogas do sertão” (cacau, baunilha,
guaraná, cravo, pimenta, castanhas e madeiras aromáticas e medicinais)
e de expedições exploradoras.
A PECUÁRIA
Ò responsável pela ocupação do sertão
do Nordeste e do Sul.
Pecuária bovina no Nordeste
- avanço do gado rumo ao sertão.
- atividade econômica complementar: lavoura canavieira e mineração.
- funções para o engenho: alimento, força de tração
animal e meio de transporte.
- inicialmente criado nos engenhos do litoral baiano e pernambucano, o gado
penetrou para os sertões a partir do século XVII.
* Motivos do deslocamento do gado do litoral para o interior:
- crescente expansão da grande lavoura açucareira: o gado
estragava as plantações de cana-de-açúcar
- necessidade de maior espaço para o plantio da cana: as terras deveriam
ser usadas para o plantio de cana e não para pastagens.
- importância econômica inferior da pecuária.
* Ocupação do sertão nordestino: processo pecuarista
de colonização e expansão do interior do Brasil.
- Rio São Francisco: “Rio dos Currais” Ò nas suas
margens surgiram várias fazendas de gado.
- a fazenda de gado exigia pouco capital e pouca mão-de-obra.
- o trabalhador era geralmente livre: vaqueiro Ò recebiam um pequeno
salário e um quarto das crias (após cinco anos de trabalho)
- o fazendeiro e vaqueiro mantinham um relacionamento amistoso e o vaqueiro,
com o tempo, podia se tornar um fazendeiro (cabeças de gado que recebia
e a abundancia de terras).
- muitas feiras e fazendas de gado deram origem a vários núcleos
de povoamento: centros urbanos.
- o gado realizou a integração de diferentes regiões
econômicas.
- atividade econômica voltada para o mercado interno.
- abastecimento da região mineradora: séc. XVIII.
- o couro: matéria-prima fundamental.
- diversificação econômica: couro, leite, carne.
Pecuária no Sul
- atividade complementar a da mineração: séc. XVIII
- gado muar e bovino: vivendo em estado selvagem desde a destruição
de missões jesuíticas pelas bandeiras no século XVII.
- tropas de mula: abastecimento das regiões mineiras.
- estâncias (fazendas): fundadas por paulistas.
- produção de charque (carne-seca).
- os peões boiadeiros viviam submetidos à rigidez da fiscalização
dos capatazes e jamais teriam condições de montar sua própria
fazenda
BANDEIRISMO
Conceito
Expedições que penetravam no interior com o objetivo de procurar
riquezas (índios para serem escravizados e metais e pedras preciosas).
Centro irradiador das Bandeiras
Capitania de São Vicente.
Motivo
A pobreza econômica da capitania devido ao fracasso da lavoura de exportação
e o seu isolamento político.
Ciclos
- Ouro de Lavagem;
- Caça ao Índio;
- Ouro de Mina;
- Sertanismo de Contrato.
Ciclo do Ouro de Lavagem
- zona litorânea.
- Curitiba: Heliodoro Eobanos Ò ouro de aluvião.
- São Roque: Afonso Sardinha Ò ouro de aluvião.
Ciclo da Caça ao Índio ou de apresamento
Motivos
- necessidade de mão-de-obra.
- aumento da produtividade agrícola.
- as invasões holandesas no Nordeste provocaram a dispersão
dos escravos.
- os holandeses dominaram áreas de fornecimento de escravos na África.
Características
- os paulistas passaram a apresar o índio para vendê-lo como
escravo.
- missões jesuíticas: Tape, Itatim e Guairá Ò
os índios já estavam aculturados, catequizados
- bandeirantes: Antônio Raposo Tavares, Manuel Preto.
- decadência: a partir da segunda metade do século XVII devido
a extinção da maioria das missões e a reconquista do
monopólio do tráfico negreiro pelos portugueses após
a expulsão do holandeses do Brasil e da África.
Ciclo do ouro e do diamante
Motivos
- a decadência da economia açucareira; - o estímulo dado
pela metrópole: financiamento, títulos e privilégios;
- a decadência do apresamento do índio
Características
- áreas de exploração (prospecção): Minas
Gerais, Goiás e Mato Grosso.
- bandeirantes: Fernão Dias Pais, Antonio Rodrigues Arzão
(descobriu ouro em Cataguases em 1693: primeira notícia oficial de
descoberta de jazida de ouro), Antonio Dias de Oliveira (Ouro Preto), Borba
Gato (Sabará), Bernardo da Fonseca Lobo (diamantes no Arraial do Tijuco:
Diamantina), Pascoal Moreira (Cuiabá) e Bartolomeu Bueno da Silva Filho
(Goiás).
- os bandeirantes utilizavam-se dos rios como caminhos naturais: pousadas
e roça nas margens Ò povoamento Ò Tietê.
Monções
Expedições fluviais de abastecimento das longínquas
e de difícil acesso regiões do Mato Grosso e Goiás
Ciclo do Sertanismo de Contrato
- Bandeiras contratadas por autoridades e senhores de fazendas, principalmente
do Nordeste (BA e PE) para combaterem índios rebelados e negros dos
quilombos.
- bandeirante: Domingos Jorge Velho Ò destruição do
Quilombo dos Palmares.
COLÔNIA DO SACRAMENTO (1680)
- fundação de uma colônia portuguesa no estuário
do rio da Prata, quase em frente a Buenos Aires.
Motivos
- a pecuária. - o comércio do couro. - o contrabando. - o interesse
nas regiões mineradoras do Peru e Bolívia. - os interesses ingleses.
· Reação Espanhola: - reação dos colonos
de Buenos Aires e da Coroa Espanhola: invasões da Colônia do
Sacramento e assinatura de tratados de limites.
Tratados de Limites e Formação de Fronteiras
Tratado de Lisboa (1681)
- a Espanha reconhecia a posse portuguesa da Colônia do Sacramento.
Tratado de Utrecht (1715)
- a Espanha é obrigada, mais uma vez, a ceder a Colônia do Sacramento
para Portugal.
Tratado de Madri (1750)
- definia a posse, de direito e de fato, das terras efetivamente ocupadas
por Portugal além dos limites de Tordesilhas.
- não houve participação da Igreja.
- princípio: uti possidetis, ita possideatis (quem possui de fato
deve possuir de direito) Ò a terra pertence por direito a quem a ocupa
Ò Alexandre de Gusmão.
- a Espanha reconhecia a posse portuguesa de todas as terras efetivamente
ocupadas por portugueses além da linha de Tordesilhas e cedia a Portugal
a região de Sete Povos das Missões (RS).
- Portugal devolveria à Espanha a Colônia do Sacramento.
- por este tratado, o Brasil assumiu, praticamente, sua atual configuração
geográfica.
Guerras Guaraníticas
- revolta dos índios de Sete Povos das Missões liderados pelos
jesuítas.
- motivos: os jesuítas não concordavam com a entrega de Sete
Povos das Missões para os portugueses e os índios suspeitavam
de uma possível ocupação de suas terras e da escravização.
- repressão portuguesa: a população de Sete Povos das
Missões foi chacinada pela tropas portuguesas.
Tratado de El Pardo (1761)
- anulava o Tratado de Madri e a Colônia do Sacramento voltava para
Portugal.
Tratado de Santo Ildefonso (1777)
- a Colônia do Sacramento e Sete Povos das Missões foram devolvidas
para a Espanha.
Tratado de Badajós (1801)
- confirmava os limites estabelecidos pelo Tratado de Madri.
Texto 7
A busca de mão-de-obra indígena, a pecuária e a mineração
são atividades que resultam na expansão da ocupação
portuguesa para áreas além dos limites do Tratado de Tordesilhas.
Essa expansão é estimulada pela Coroa portuguesa velada ou abertamente.
Bandeiras
O apresamento de indígenas e a busca de metais e pedras preciosas
são os principais objetivos das bandeiras. No início do século
XVII, com Portugal sob domínio espanhol, a Holanda investe no comércio
de mão-de-obra africana e desorganiza o tráfico português.
O fluxo de escravos negros para algumas regiões da colônia diminui
e renasce o interesse pela escravização do indígena.
Quando o tráfico negreiro é regularizado, as bandeiras continuam,
motivadas pela procura de metais e pedras preciosas.
As expedições
A capitania de São Vicente é o principal ponto de partida das
bandeiras: grandes expedições, às vezes formadas por
milhares de homens, que viajam pelo interior durante meses e até anos.
Vão fixando acampamentos temporários para melhor explorar uma
região – possibilidade de encontrar ouro, prata e pedras preciosas
– ou preparar o ataque às tribos indígenas. Para o apresamento,
os alvos principais são os aldeamentos jesuíticos. Estima-se
que 300 mil índios são escravizados entre 1614 e 1639. As primeiras
bandeiras são comandadas por Diogo Quadros e Manuel Preto, em 1606,
e Belchior Dias Carneiro, em 1607.
Raposo Tavares
Em 1629, Antônio Raposo Tavares e Manuel Preto dirigem uma bandeira
com 900 mamelucos e 2.200 índios. Eles destroem os aldeamentos jesuítas
de Guayra, na atual fronteira com o Paraguai, aprisionando milhares de indígenas.
Raposo Tavares faz uma outra grande bandeira entre 1648 e 1651: sai de São
Paulo, alcança o Peru, desce o Amazonas até o Pará.
Pedro Teixeira
A bandeira de Pedro Teixeira sobe o rio Amazonas até Quito, em 1637.
Retorna ao Pará em 1639 e é derrotado pelos índios com
o apoio dos jesuítas em 1641.
Fernão Dias Paes
Conhecido como caçador de esmeraldas, a bandeira de Fernão
Dias embrenha-se pelo interior do atual Estado de Minas Gerais, entre 1674
e 1681, em busca de ouro e pedras preciosas. Em outra expedição,
vai às Missões, no sul, junto com Raposo Tavares.
Anhangüera
Bartolomeu Bueno da Silva, conhecido como Anhangüera, procura ouro no
Brasil central. Chega ao rio Vermelho, sudoeste de Goiás, entre 1680
e 1682.
Pascoal Moreira Cabral
Parte de Sorocaba e atinge o Mato Grosso. Encontra ouro às margens
do rio Coxipó-Mirim, em 1719.
Artur e Fernão Paes de Barros
A bandeira dos Paes de Barros parte de Cuiabá. Descobre ouro na bacia
do rio Guaporé, no Mato Grosso, em 1731.
Domingos Jorge Velho
A bandeira de Domingos Jorge Velho dirige-se ao Nordeste do Brasil entre
1695 e 1697. Subjuga indígenas do Maranhão a Pernambuco e ajuda
a exterminar o Quilombo de Palmares.
Ocupação do sertão
A pecuária desenvolvida nos engenhos de Pernambuco e Bahia contribui
para o desbravamento do interior do Nordeste. O "sertão de fora",
como é chamada a região próxima do litoral, é
ocupado a partir de Pernambuco, da Paraíba e do Rio Grande do Norte,
e os migrantes chegam até o interior do Ceará. O "sertão
de dentro", mais para o interior, é ocupado a partir da Bahia.
Os canais de acesso são os rios São Francisco, que leva ao sertão
baiano e à região das minas, e Parnaíba, que permite
chegar ao sul do Piauí e do Maranhão.
Amazônia
O ponto de partida para a ocupação da Amazônia é
o Forte do Presépio, atual cidade de Belém, fundado em 1616
na baía de Guajará pelo capitão Francisco Castelo Branco.
O extrativismo vegetal é o principal móvel de ocupação
e povoamento da Amazônia. As chamadas "drogas do sertão",
como o urucum, o guaraná e alguns tipos de pimenta, rendem bons lucros
no mercado internacional e são alguns dos produtos monopolizados pela
metrópole. À sua procura, milhares de pessoas internam-se na
floresta e os vilarejos vão surgindo às margens dos rios. A
região torna-se também fonte de mão-de-obra indígena,
vendida nas principais praças do Nordeste.
Extremo sul
A expansão em direção ao sul, num primeiro momento,
dirige-se por mar para o rio da Prata, porta de entrada para o interior do
continente. Uma segunda rota de ocupação parte de Laguna e desce
ao sul por terra. Em geral, é feita por paulistas que chegam ao pampa
para "campear gado xucro", ou seja, montar estâncias com o
gado introduzido na região pelos jesuítas e que se reproduz
em grandes manadas sem donos quando os religiosos são expulsos do Brasil.
Colônia de Sacramento
A colônia de Sacramento, atual cidade de Colônia, no Uruguai,
é fundada em 20 de janeiro de 1680, na margem esquerda do rio da Prata,
praticamente em frente a Buenos Aires. O ponto é estratégico:
permite o acesso por terra a toda a região do pampa e, por rio, para
o atual Centro-Oeste do Brasil, Paraguai e Bolívia. Organizada pelos
jesuítas, a colônia torna-se um dos centros da guerra de fronteiras
entre portugueses e espanhóis. Tomada pelos espanhóis em 7 de
agosto de 1680, é restituída aos portugueses pelo Tratado de
Lisboa, assinado entre os dois países em 7 de maio de 1681.
Fundação de Montevidéu
Em 1726, os espanhóis (ou castelhanos, como os portugueses chamam
os súditos do reino de Castela) fundam Montevidéu, a leste de
Sacramento, também na margem esquerda do Prata, mas um pouco mais próxima
de sua foz. Pretendem com isso diminuir a influência de Portugal na
região dos pampas e ampliar o controle da navegação no
Prata.
Fundação de Rio Grande
Entre 1735 e 1737 nova guerra explode na região do Prata e os portugueses
fazem várias tentativas de conquistar Montevidéu. O comandante
da expedição, brigadeiro José da Silva Paes, funda o
povoamento de Rio Grande de São Pedro, em 1737, atual cidade de Rio
Grande. Porto marítimo localizado na embocadura da lagoa dos Patos,
a região é estratégica para a ocupação
do pampa.
Guerras de Fronteiras
Os conflitos na fronteira estendem-se por quase todo o século XVIII.
Os dois países chegam a um acordo apenas em 1777, com o Tratado de
Santo Ildefonso: os portugueses reconhecem a soberania espanhola sobre Sacramento
e garantem sua posse sobre o Rio Grande de São Pedro.
Fonte: www.ibge.gov.br
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