http://www.revistas.ufg.br/index.php/bgg/article/viewFile/3573/3360
Mais tarde passo algumas questões e abaixo mais um texto interessante sobre as aulas ministradas até então!!!
GEOGRAFIA HUMANA
A Geografia Humana tem como principal objetivo a realização de um estudo das relações do homem com o meio físico, levando em conta que ele é um agente transformador da superfície do planeta Terra. Essas transformações que acontecem em razão das necessidades sociais atingem a economia, fluxo de migração, meio-ambiente, indústria, tecnologia, turismo, agropecuária, conflitos no campo, atividades sociais, políticas e culturais, enfim todas as relações humanas desenvolvidas no território nacional.
"Em breve materiais sobre este tema".
A Geografia, de maneira bem resumida é o estudo do espaço que os seres humanos habitam. É um dos saberes mais antigos que existem, uma vez que a confecção doa primeiros mapas na Antiguidade já pressupõe um estudo geográfico.
A palavra geografia (geo, ‘terra’; grafia ‘descrição’, ‘escrita’) foi criada pelo filósofo grego Erastótenes no século III a.C.
Nessa época todos os estudiosos eram filósofos e normalmente se ocupavam de quase todos os temas que hoje conhecemos por diferentes disciplinas e Erastótenes foi um desses filósofos. Ele exerceu o cargo da então famosa biblioteca de Alexandria e deu importantes contribuições para diversos saberes tais como a matemática, a geografia, a física e a astronomia.
Somente nos séculos XVII, XVIII e XIX é que as diferentes áreas do saber foram ganhando autonomia e foram se configurando da maneira pela qual conhecemos hoje.
A geografia sempre apresentou dois aspectos: um teórico (geografia geral e regional) e outro prático ou estratégico (utilidade prática para o Estado, militares, empresas e indivíduos em geral).
Todos os povos, todas as sociedades humanas habitam em um determinado espaço e, conseqüentemente são essenciais o conhecimento e apreensão desse espaço para que haja a possibilidade de intervenção a fim de alcançar o atendimento de suas necessidades.
Foi somente no século XIX que a geografia passou a ser considerada como uma ciência autônoma, com todas as suas particularidades, se separando de outras disciplinas tais como a geologia, e economia e a astronomia que se achavam integrados com ela e, a partir desse momento também ganharam suas autonomias. A geografia passa então a se ocupar especificamente do espaço geográfico, ou seja, a superfície terrestre, que é o lugar onde a humanidade vive e no qual produz modificações.
Dentre diversos motivos, o advento das ciências modernas no século XIX se deve a um novo modelo de ciência que vinha sendo elaborado desde o século XVII e XVIII com Galileu Galilei (abandono das crenças tidas como verdade e investigação do Universo através do uso da lógica) e Isaac Newton (grande sistematizador de conhecimentos físicos e astronômicos, realizando uma sobre o Universo e suas leis).
Cientistas pioneiros como Galilei, Newton, Copérnico e da Vinci, consolidaram o pensamento racional nas ciências em detrimento dos conhecimentos místicos. Deste modo, para compreender quaisquer processos que ocorrem no Universo, é preciso se utilizar de conhecimento científico e não mais apelar para as crenças e superstições, tal como se fazia até o século XVIII. Deixa-se, então, de lado os saberes especulativos para utilizar o saber científico.
Dois estudiosos germânicos do século XIX são considerados os criadores da geografia moderna ou científica: Alexander von Humboldt (importantes trabalhos em geografia física) e Karl Ritter (importantes trabalhos em geografia humana).
Podemos ainda relacionar o advento da geografia moderna com seu momento histórico, uma vez que no século XIX a humanidade já tinha unificado todo o espaço planetário, processo que já havia começado desde o século XV, com a expansão marítimo-comercial européia e foi progredindo no decorrer dos séculos. Não foi por acaso que os trabalhos de Humboldt e Ritter surgiram desse período. A construção da geografia moderna só pôde ocorrer num momento em que praticamente toda a superfície terrestre havia sido conhecida, estudada e mapeada.
Mais recentemente, no século XIV, surge uma nova divisão da geografia em geografia física (estudo das paisagens naturais na superfície terrestre) e humana (estudo dos grupos humanos na sua dimensão espacial), com suas respectivas subdivisões, as
No entanto, apesar de todas as subdivisões, existe uma unidade da geografia: é o estudo do espaço geográfico na inter-relação entre a humanidade e seu meio ambiente.
Qual o campo de atuação dos geógrafos nos dias de hoje?Sua atuação está normalmente ligada a questões de planejamento e meio ambiente, além da formulação de mapas geográficos.
Recentemente, os geógrafos ganharam um novo campo de atuação: a apreensão e utilização de dados geográficos através dos SIGs (Sistemas de Informações Geográficas). Os SIG são tecnologias de processamento de informações geográficas, normalmente sob a forma de softwares, que sistematizam dados geográficos sobre inúmeros fenômenos de uma área ou região.
Outra importante área de atuação do geógrafo é o ensino. Embora a geografia seja uma disciplina escolar ensinada desde a Antiguidade, somente no século XIX que a geografia escolar passa a ser difundida, pois foi nesse período que ocorreu uma significativa expansão dos sistemas nacionais de ensino, que foi se tornando imprescindível para o desenvolvimento de um país.
A educação sempre foi importante para as sociedades humanas, pois é através dela que o homem pode interagir com a sociedade em que vive, no entanto, com a revolução técnico-científica, a importância do ensino torna-se maior do que em qualquer outra época.
Uma nova lógica é estabelecida, onde os empregos que anteriormente eram executados por pessoas com pouca escolaridade são substituídos por máquinas, computadores ou robôs. Os empregos que não sofreram substituição exigem elevados níveis de escolaridade. Toda essa mudança é resultado da revolução técnico-científica que produz profundas mudanças no mercado de trabalho e também uma nova forma de produção: a produção flexível, que se contrapõe com o antigo modelo de produção, o fordismo.
Neste, impera a produção em massa, com pouca preocupação com a qualidade, com uma mão-de-obra “técnica”, com baixo de nível de escolaridade. Ao contrário do fordismo, a produção flexível procura, acima de tudo, a excelência, não importando mais a produção em massa, mas sim a manutenção da qualidade com um desperdício praticamente zero. A mão-de-obra desse novo modelo precisa ser qualificada, uma vez que os empregos meramente mecânicos foram substituídos (desemprego estrutural).
Em uma nova realidade, o mercado de trabalho se altera substancialmente, causando graves crises. Nesse contexto, muitos novos empregos vão sendo criados em detrimento de vários outros que vão ficando obsoletos e deixam de existir. Para se inserir nessa nova lógica de mercado atributos como competência e instrução são imprescindíveis.
O ensino também vem se modificando com a revolução técnico-científica. Nos países centrais, os jovens ingressam no mercado de trabalho cada vez mais tarde, mas com um excelente nível de qualificação. Nos países periféricos, o processo ocorre de maneira inversa, com jovens despreparados ingressando cada vez mais cedo no mercado de trabalho. Com essa realidade, os países periféricos têm pouca chance de alcançar a centralidade no capitalismo.
Existe uma íntima relação entre os níveis de escolaridade de uma população e seu desenvolvimento econômico e social. Assim, podemos perceber que são os países que alcançaram maior desenvolvimento, aqueles que mais valorizaram a educação.
Mas o objetivo da escola não é preparar o jovem para um emprego, uma vez que isso se torna praticamente impossível, face as constantes mudanças que ocorrem no mercado. O objetivo hoje é que o jovem atenda a flexibilidade do mercado, adquirindo a capacidade de adaptação.
O ensino da geografia, a partir da 1980, juntamente com o de outras disciplinas foram se modernizando com o objetivo de atender as novas necessidades oriundas da revolução técnico-científica, principalmente nos países desenvolvidos.
O ensino da geografia, na realidade, passa a ser ainda mais importante com a globalização. Com a intensa integração mundial, é necessário, mais do que nunca, conhecer o mundo em que vivemos, ou seja, conhecer a geografia. Essa é uma condição necessária todo aquele, seja instituição ou indivíduo, que pretende se inserir e obter sucesso dentro dessa nova lógica globalizada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário