A URSS PÓS 1945
Após a Segunda Guerra Mundial a URSS experimentou um grande
crescimento devido a/ao:
ü Consolidação
do socialismo
ü 4º
e 5º planos qüinqüenais (transporte e energia-tecnologia e indústria bélica)
ü Elevação
do padrão industrial
SUCESSÃO GOVERNAMENTAL E SUAS POLÍTICAS ESPECÍFICAS:
De 1924 a 1953 – Joseph Stálin
ü Centralismo
ü Ditadura
ü Consolidação
do regime
ü Corrida
armamentista - Primeira Bomba atômica soviética
ü Comecon
De 1953 a 1955 – Georqui
Malenkov
ü Pacto
de Varsóvia
De 1955 a 1964 – Nikita
Kruschev => COEXITÊNCIA PACÍFICA
ü DESESTALINIZAÇÃO
ü Aumento
da produção e remuneração dos trabalhadores
ü Pioneirismo
na corrida espacial
ü Redução
do poder da polícia
ü Fechamento
dos gulacs
ü Reconhecimento
de outros meios para chegar ao socialismo - Tito
ü Instalação
do telefone vermelho, 1963
SURGIMENTO DE DISSIDÊNCIAS:
1.
Polônia – Solidariedade
2.
Hungria – Revolução Húngara
3.
China – questão sino-soviética
4.
Tchecoeslováquia – Primavera de Praga
PROBLEMAS:
ü
Construção do Muro de Berlim, 1961
ü
Albânia se alinhou à China
ü
Apoio na Guerra do Vietnã
ü
Crise dos Mísseis em Cuba
ü
Impopularidade
De 1964 a 1982 – Leonid Brejnev
=> FIM DA COEXISTÊNCIA PACÍFICA
ü Retorno
ao centralismo
ü Fim
da Primavera de praga
ü Conflitos
com a China
PROBLEMAS
ü Emergência
do Eurocentrismo
ü Queda
no crescimento interno
ü Aumento
do prestígio do Solidariedade
ü Invasão
ao Afeganistão
De 1982 a 1984 – Iuri Andropow
De 1984 a 1985 – Constantin
Tchernenko
ü Baixa
produtividade
ü Corrupção
ü Endurecimento
do regime
ü Ênfase
ao armamentismo
ü Burocracia
e estagnação
De 1985 a 1991- Mikhail Gorbachev
CRISE SOVIÉTICA:
ü Burocracia
ü Centralismo
ü Gastos
com a Guerra Fria
ü Limitada
Capacidade Produtiva
ü Falta
de investimento na indústria de bens de consumo
ü Congelamento
dos salários e escassez de alimentos
MEDIDAS:
ü Distenção
internacional ( fim da corrida armamentista, saída do Afeganistão e desativação
gradual das armas nucleares)
ü Perestroika
ü Glasnost
ü Fim
do Monopartidarismo
ü Fim
da política de subsídios
PROBLEMAS:
ü EUA
=> intensificaram o belicismo – “Guerra nas Estrelas”
ü Oposição
dos conservadores
ü Oposição
dos ultra-reformistas
ü 1991
Golpe dos Ultra-reformistas liderados por Boris Yeltsin
De 1991 a 1999 – Boris Yeltsin
(1º ministro)
ü Crise
econômica
ü Fechamento
do parlamento, seguido de eleições
ü 1998
crise russa
ü Ameaça
de Impeachment devido ao quadro de desmoronamento social e político
ü Renúncia
De 2000 até hoje –
Vladimir Putin (1º ministro)
ü Economia
precária
ü Participação
na ONU, devido ao seu podeiro nuclear.
ü Recebe
apoio do FMI e BID.
A
CEI E A HERANÇA DA URSS
"Como se sabe, foi em 1985 que se difundiram pelo mundo as
palavras russas Perestroika e glasnost, mas se a primeira sabidamente significa
reconstrução, reestruturação, a segunda requer um pequeno comentário. É
necessário fazê-Io, tanto mais que, se a primeira ficou relativamente restrita
ao âmbito do que sucedeu na Rússia, a segunda entrou para o vocabulário
mundial. Assim, não são raras em nossa imprensa e em discursos de homens
públicos as alusões à transparência. Ora, foi assim que se traduziu o russo
glasnost. Em princípio, está certo, mas convém verificar em pormenor qual o
sentido dessa transparência no original. Em russo, golos significa voz e glás é
sua forma arcaica, que se conservou em linguagem elevada. Por conseguinte,
glasnost é aquele estado em que tudo é anunciado, em que nada pode ser
escondido."
O fim da URSS
A URSS foi o primeiro país a adotar, a partir de 1922, o regime
socialista sob a forma de um governo autoritário: a ditadura do Partido
Comunista. Sob esse regime, o país assumiu o lugar de potência mundial e
durante muito tempo conseguiu competir tanto com os Estados Unidos, líder do
mundo capitalista, quanto com outros países, como Reino Unido, Alemanha e
Japão.
Entretanto, na década de 1980, a economia soviética começou a
dar mostras de que tinha perdido a competição com a rival capitalista.
Mas, afinal, por que a segunda economia do mundo faliu? Vários
fatores contribuíram para que isso ocorresse:
Gastos excessivos nos setores espacial e bélico, na tentativa
de ultrapassar as realizações norte americanas na corrida armamentista.
O fato de o país ser formado por repúblicas anexadas à força
pelos soviéticos e que sempre esperaram recuperar a antiga autonomia.
Mecanismos da economia planificada que tornaram o país
impossibilitado de competir, no mercado mundial, com a qualidade dos produtos
fabricados por países capitalistas.
Os erros da economia planificada
Podemos concluir que, enquanto os padrões de desenvolvimento
industrial eram marcados pela Segunda Revolução Industrial, a economia
soviética foi bem. Entretanto, o país não conseguiu acompanhar os progressos da
Terceira Revolução Industrial, perdendo a competição para novas forças
econômicas, como Alemanha e Japão, na década de 1980.
Até 1970, a economia planificada privilegiava os seguintes
setores:
Indústrias de bens de produção e intermediárias: siderúrgicas,
petrolíferas, de máquinas e equipamentos. Nos dez primeiros anos de
planejamento, essas indústrias cresceram oito vezes mais, enquanto as de bens
de consumo cresceram apenas três vezes mais.
Obras de infra-estrutura: barragens, ferrovias, energia
elétrica, portos.
Pesados investimentos no setor bélico.
Podemos citar como principais equívocos da economia planificada
os seguintes fatores:
As metas dos planos eram apenas quantitativas. Não havia
preocupação com qualidade.
O acesso a bens de consumo, tanto em qualidade quanto em
quantidade, não era disponibilizado para a população da URSS.
As outras atividades econômicas, como a agricultura, por
exemplo, não acompanharam o desenvolvimento industrial.
Como tudo era determinado pelos planos governamentais e a
avaliação do desempenho era inexistente, não havia incentivo para o aumento da
produtividade.
Em 1985, a insatisfação popular com as imensas filas para
conseguir alimentos ou mercadorias e com as regalias dos burocratas era grande.
Foi nesse clima que Mikhail Gorbachev assumiu o cargo de secretário-geral do
Partido Comunista, posto máximo da URSS.
Os resultados da Perestroika e da glasnost
Mikhail Gorbachev, o novo líder soviético. apesar de seus 54
anos, era chamado de "garoto" pelos jornais da época. porque seus
antecessores eram bem mais velhos que ele. Gorbachev teve pela frente a difícil
tarefa de tirar a URSS da profunda crise econômica em que mergulhara. Para
alcançar seu objetivo. pôs em prática reformas econômicas que defendera em
seu livro Perestroika - Novas idéias para meu país e o mundo.
A palavra Perestroika (que em russo significa reestruturação)
passou a designar a tentativa de introdução de mecanismos de economia de
mercado – entrada de capital estrangeiro. conceitos como lucro, produtividade
e qualidade –, com os quais Gorbachev queria dar novo ânimo à economia
soviética.
O maior empecilho para essas mudanças era o próprio regime
totalitário do país. Para implementar a reforma econômica, era preciso
transparência política. A glasnost (transparência) acabou com a ditadura do
partido único. Para um país com diferenças étnicas e religiosas. resultado da
anexação forçada das repúblicas. a onda de liberdade acendeu a chama dos
nacionalismos. Gorbachev se viu às voltas com reivindicações de liberdade por
todo o pais.
Na política externa da URSS. o dirigente também foi um
inovador. Na conferência de cúpula entre os Estados Unidos e os soviéticos
(1986). Gorbachev encerrou seu discurso dizendo: "Os historiadores que um
dia vão avaliar ou descrever o que está sendo feito agora provavelmente ainda
não nasceram". Nessa reunião realizada na Islândia. o líder soviético e
Ronald Reagan, então presidente norte-americano, assinaram importantes acordos
sobre desarmamento nuclear entre as superpotências.
Gorbachev fez uma visita à China. a primeira depois de mais de
trinta anos de rompimento da URSS com esse país. As rivalidades geopolíticas
mundiais pareciam estar perto do fim. depois de quase cinqüenta anos de
enfrentamentos e disputas.
O golpe de agosto de 1991
Ao mesmo tempo que as mudanças realizadas na URSS desagradavam
cada vez mais os burocratas que temiam perder seus privilégios, cresciam os movimentos
nacionalistas nas repúblicas soviéticas.
Para acalmar os ânimos dos nacionalistas, Gorbachev propôs às
repúblicas mais autonomia, com o Tratado da União, que deveria ser assinado em
agosto de 1991. Porém, um golpe de Estado liderado por Guennady Yanayev e
outros burocratas do Partido Comunista foi deflagrado para conter as reformas.
Gorbachev foi deposto e conduzido a sua casa de campo na Criméia, onde ficou
sob a guarda da KGB.
O golpe, porém, durou apenas três dias. A resistência liderada
por Boris Ieltsin, presidente da Rússia, e, além de tudo, a vontade do povo de
manter a liberdade conquistada, trouxeram Gorbachev de volta ao poder.
Entretanto, nada mais poderia deter o processo de desintegração da URSS. Em
dezembro de 1991, todas as repúblicas soviéticas já haviam declarado sua
independência.
Mikhail Gorbachev renunciou em 26 de dezembro de 1991, depois
que onze das quinze repúblicas soviéticas formaram a Comunidade de Estados Independentes
(CEI).
A Comunidade de Estados Independentes
Entre os motivos que determinaram a desintegração da potência
soviética, destaca-se a grande diversidade étnica, religiosa e econômica das
repúblicas que a constituíam.
Com o fim da URSS, essas repúblicas declararam independência.
Porém, a maior parte delas optou por formar um bloco econômico para que
pudessem manter os laços econômicos que tinham entre si. Em 21 de dezembro de
1991. pelo Tratado de Alma-Ata, assinado por onze ex-repúblicas soviéticas, foi
criada a Comunidade de Estados Independentes (CEI), que marcou o fim da URSS,
74 anos depois da Revolução de 1917. A Geórgia só ingressaria na comunidade em
1993. Das quinze ex-repúblicas soviéticas apenas as três repúblicas bálticas -
Estônia, Letônia e Lituânia ficaram de fora da CEI.
O principal fator que levou à formação dessa comunidade foi a
grande interdependência das ex-repúblicas soviéticas, que, sob o domínio da
URSS, haviam desenvolvido uma economia fundamentada na complementaridade de
seus recursos. Dependiam umas das outras para a produção industrial e o mercado
de consumo, e todas dependiam da Rússia, mais adiantada em tecnologia e
produção de equipamentos.
A CEI não é um país, como era a URSS, nem foi criada para
substituir essa grande potência. É uma organização de cooperação entre antigas
repúblicas que passaram muitos anos ligadas pelo governo central de Moscou,
porém, dessa vez, cada qual tem assegurada a sua soberania.
Essa organização, cuja sede se localiza em Minsk, capital de
Belarus, previa, por ocasião de sua fundação, além da cooperação econômica, a
centralização das Forças Armadas e o uso de uma moeda comum, o rublo.
Entretanto, as repúblicas ainda não chegaram a um acordo para a integração
político-econômica.
Várias questões impedem o funcionamento amplo da CEI:
A disputa pelo controle do arsenal bélico da ex-URSS. Não há
consenso sobre o controle russo das armas. As repúblicas desejam conservar os
armamentos nacionais e não querem intervenção externa.
Os constantes conflitos internos, as disputas de fronteira e os
protestos contra a interferência russa nos países da CEI.
Discussões sobre a repartição das dívidas deixadas pela URSS.
A crise econômica que afeta a Rússia e, conseqüentemente,
enfraquece sua liderança na CEI.
As várias faces da CEI
Com o fim da URSS, caiu a "Cortina de Ferro" que
escondia a verdadeira realidade das repúblicas soviéticas. Só agora, após a
desintegração da grande potência socialista, é possível saber um pouco mais
sobre esses países, até então escondidos dentro de uma realidade maior, a URSS.
Fazem parte da CEI:
Repúblicas européias: Ucrânia, Belarus. Moldávia, Geórgia,
Armênia e Azerbaijão.
Repúblicas da Ásia central: Cazaquistão, Uzbequistão.
Turcomenistão. Tajiquistão e Quirguízia.
A Rússia, que se estende pelos dois continentes, embora sua
parte mais importante do ponto de vista econômico e de ocupação humana esteja
situada na Europa.
As repúblicas européias da CEI
As repúblicas européias da CEI reúnem a maior parte da
população da comunidade, como a Ucrânia e Belarus, estão mais próximas do mundo
ocidental, e algumas delas foram fundamentais no desenvolvimento econômico
soviético.
Ucrânia. Tem grande
parte de seu território formado pelos fertilíssimos solos negros (tchernoziom),
o que explica a importância de sua produção agrícola. com destaque para o
trigo. a beterraba e o girassol. Além disso, o país possui um importante parque
industrial e é rico em carvão, petróleo e ferro. A Criméia, localizada ao sul,
é um foco constante de tensão no território ucraniano, em virtude do maior
número de russos nessa área.
Belarus. Antiga
Rússia Branca ou Bielorússia, Belarus é considerada uma das economias mais
promissoras da CEI, apesar de grande parte de seu território ter sofrido os
efeitos do vazamento nuclear de Chernobyl, ocorrido em 1986. É relativamente industrializada
e seu povo tem um bom padrão de vida.
Moldávia. É uma
república latina dentro da CEI: a maioria de sua população é de etnia romena
(de origem latina, como os portugueses), e a língua oficial é o romeno, idioma
derivado do latim. Fez parte da antiga URSS desde 1944, mas sempre se
diferenciou dos russos pela língua e por suas tradições. É um país agrícola,
destacando-se no cultivo da uva e do tabaco. Nacionalistas de origem latina
querem se unir à Romênia, o que causa conflito com a minoria de origem russa.
As repúblicas do Cáucaso
Mais ao sul, no continente europeu, uma cadeia de montanhas, o
Cáucaso, marca a geografia de três países da CEI: Azerbaijão, Armênia e Geórgia.
No Cáucaso, as etnias e as religiões são extremamente variadas, o que provoca
inúmeros conflitos na região, como vimos na unidade 11.
Geórgia. Situada
entre o mar Negro (a oeste), o Azerbaijão e a Armênia (ao sul) e a Rússia (ao
norte), a Geórgia possui apenas 5 milhões de habitantes, mas inúmeras etnias
(georgianos, armênios, russos, azerbaijanos, ossétios e outros) que não
suportam o poder central exercido pela capital. Tbilisi.
Os movimentos separatistas são freqüentes, tanto na Geórgia
como nas regiões russas que fazem fronteira com essa área explosiva. Devido a
esses problemas, a Geórgia só passou a fazer parte da CEI em 1993. Apesar de
ter uma economia baseada na agricultura, a Geórgia é rica em recursos minerais,
como o manganês, e em fontes de energia, como o carvão.
Armênia e Azerbaijão.
O Azerbaijão destaca-se por suas reservas de petróleo e pela indústria petroquímica,
concentrada na região de Baku. Interessados nessa riqueza, os Estados Unidos
vêm tentando obter a construção de um oleoduto desde Baku até a Turquia, sem
passar pelos territórios russo e iraniano.
A Armênia é o menor país do Cáucaso; 90% do seu território fica
acima de 1.000 m de altitude, o que dificulta a ocupação humana. Sua situação
econômica agravou-se após a independência e seu parque industrial decaiu após
o corte de fornecimento de fontes de energia pelo seu vizinho, o Azerbaijão.
Localizados ao sul da Geórgia. a Armênia e o Azerbaijão há
anos lutam pela região de Nagorno-Karabakh.
As repúblicas da Ásia central
A região procura recuperar seu lugar na história, uma vez que
sempre foi uma passagem estratégica para o Extremo Oriente. principalmente para
a China.
A abertura política desses países tem trazido de volta a
importância de uma área que fez parte da lendária Rota da Seda, que ligava a
China, através da Ásia central, aos mercados europeus, e era assim chamada
porque o principal produto transportado era o valorizado tecido chinês.
A Ásia central, onde desaparecem todos os limites entre Europa
e Ásia, ainda hoje é uma encruzilhada por onde passam todas as rotas que vêm
da Arábia e do Mediterrâneo, da China e da Índia. Está à margem da depressão
entre o mar de Aral e o mar Cáspio, cujas reservas de petróleo e gás natural
estão no centro do novo jogo comercial do século XXI.
Essa região perdeu a centralidade que exerceu na época do
comércio entre gregos e chineses e no mundo muçulmano, quando passou a fazer
parte da URSS.
A partir da década de 1990, com o fim da URSS e o aparecimento
de cinco novas repúblicas - Uzbequistão, Turcomenistão. Quirguízia. Tajiquistão
e Cazaquistão –, a Ásia central voltou a se abrir para o mundo muçulmano.
Deixou de ser a periferia da URSS para se projetar no cenário internacional.
Uzbequistão. É a mais
industrializada das ex-repúblicas soviéticas da Ásia central, apesar de a
atividade agrária ter muita importância em sua economia.
Turcomenistão.
O deserto cobre 90% do território desse país muito rico em petróleo e gás natural
e cuja localização é fundamental para o comércio desses produtos. Não poderia
estar em posição mais estratégica: a oeste ficam as enormes reservas do mar
Cáspio; a nordeste, o Uzbequistão, coração da Ásia central; e ao sul, o Irã,
grande produtor petrolífero do Oriente Médio.
O Turcomenistão é o terceiro produtor e segundo exportador de
gás natural do mundo. Porém, para realizar a exportação desse produto, os
turcomenos têm de atravessar o Irã e atingir o oceano índico. Em 1996, foi
inaugurada a ferrovia que une o Turcomenistão ao porto iraniano de Bandar
Abbas.
A composição étnica homogênea de sua população (75% de turcomenos),
em relação aos outros países da região, é uma garantia para sua estabilidade política.
Cazaquistão. Possui as maiores reservas de petróleo da CEI. A
presença de 40% de etnia russa no norte do país é um foco de tensão, uma vez
que a Rússia tem antigas pretensões sobre a região.
Tajiquistão e Quirguízia.
São países montanhosos e os mais pobres das repúblicas da Ásia central.
Essencialmente agrícolas, produzem algodão, frutas, trigo e soja.
Rússia
O maior e o mais importante dos países da CEI é a Rússia, que
herdou o status da antiga URSS.
A Federação Russa é composta de 21 repúblicas, uma região
autônoma, 49 regiões administrativas, seis províncias, dez distritos autônomos
e duas cidades com status administrativo especial: Moscou e São Petersburgo.
Além dos problemas com as repúblicas separatistas do Daguestão
e da Chechênia, a Rússia discute com a União Européia a situação do enclave de
Kaliningrado, pois, com a adesão da Finlândia, a União Européia passou a ter
fronteiras com a Rússia. Kaliningrado situa-se entre a Polônia, a Lituânia e
Belarus; portanto, não apresenta continuidade territorial com a Rússia. Antigo
território alemão, Konigsberg, hoje Kaliningrado, foi anexado à URSS em 1945,
depois da Segunda Guerra Mundial, permanecendo até hoje como parte da
Federação Russa.
Apesar das crises e dos problemas econômicos, a Rússia é muito
respeitada pela comunidade internacional por seu notável arsenal nuclear.
Desde 2002, a Rússia integra o G-8, ao lado das sete nações
mais ricas do mundo, e também faz parte do Conselho de Segurança da ONU no
lugar da antiga potência socialista.
Os principais problemas que afligiram o país com a
desintegração da URSS foram: a diminuição das reservas econômicas, a queda nas
exportações, o aumento da pobreza e o desemprego.
A população russa vem diminuindo desde o início de 2001. Esse declínio
do crescimento populacional reflete as dificuldades econômicas pelas quais o
país vem passando. Além disso, a redução da natalidade e o sucateamento do
sistema de saúde também têm sua parcela de participação nesse processo, Até a
imigração de povos das antigas repúblicas soviéticas tem diminuído. e o Comitê
Estatal de Estatísticas prevê que o declínio populacional deve continuar nos
próximos anos.
Governada por Boris Ieltsin desde o fim da URSS até 1999. a
Rússia, que tem enfrentado sérios problemas na transição para o capitalismo,
tornou-se o centro de uma crise mundial em 1998. Com a moratória da dívida
externa das empresas privadas e o atraso no pagamento das dívidas do governo. Ieltsin
abalou os mercados mundiais. despertando a desconfiança dos investidores
internacionais nos países emergentes, entre eles o Brasil.
As conseqüências foram a desvalorização do rublo (moeda russa)
e um empréstimo de 22 bilhões de dólares do FMI. Nem mesmo essa grande ajuda
fez com que o país saísse da crise. Os problemas se acumularam e Boris Ieltsin
renunciou no fim de 1999.
Termina a era Ieltsin, que foi marcada por crises econômicas e
pela dura repressão do governo ao movimento separatista da Chechênia. que
continuou com suas pretensões separatistas.
Vladimir Putin é o novo presidente russo desde janeiro de 2000
e tenta levantar novamente o enorme país de 17.075.400 km², 11 fusos horários e
144 milhões de habitantes, em 2004.
Entretanto, apesar do fraco desempenho econômico, a Rússia
ainda é muito importante no universo das nações, entre outros motivos. por
possuir o segundo maior arsenal nuclear do mundo. As crises econômicas e
políticas do país prejudicam a manutenção dos armamentos nucleares, situação
que preocupa o mundo pelo risco que eles representam para a humanidade.
Em 2001 dois episódios demonstraram que a antiga potência
soviética não tem mais condições de manter seu arsenal, herança da corrida
armamentista e da corrida espacial: a descida da estação espacial Mir, por
falta de condições da Rússia de mantê-Ia em órbita. em 18 de março, e o
naufrágio do submarino nuclear Kursk, nas águas geladas do mar Báltico, em 12
de agosto. Em 2002, os acontecimentos que mais repercutiram foram a oposição
russa à iniciativa dos Estados Unidos em atacar o Iraque e a continuação dos
atentados praticados pelos separatistas islâmicos da Chechênia, como o que
aconteceu em outubro de 2002 em um teatro em Moscou, e que deixou mais de 119
mortos, fato que abalou a imagem do país perante a comunidade internacional.
Putin foi reeleito chefe de Estado em 2004.
Outra situação que causou apreensão internacional em 2005 foi
a aproximação russa com o Irã, porque isso pode representar trocas de
tecnologia e de material atômico. Lembre-se de que os Estados Unidos chamaram o
Irã de "eixo do mal",
QUESTÕES PARA RAFLEXÃO
1. Caracterize o período da Perestroika.
2. Explique os principais fatores que provocaram o
"desaparecimento da URSS".
3. Descreva a indústria soviética dentro do período de
"setenta anos do socialismo".
4. Defina a CEI e aponte um fator que dificulta o seu sucesso.
5. Identifique as repúblicas da Ásia central e explique a causa
de essa região estar no centro do novo jogo comercial do século XXI.
Conflitos Étnicos
CÁUCASO
No sudeste da Europa, encontram-se as montanhas do
Cáucaso, que servem defronteira com a
Ásia. A região fazia parte da URSS, mas a dissolução do país, em 1991,deu origem a três novos Estados: Armênia, Azerbaijão
e Geórgia. Também faz parte daregião uma série de pequenas unidades
políticas da Rússia, que reivindicam a suasoberania.
Vejamos os principais conflitos étnicos da região:
Ossétia
do Sul
:
com uma área de apenas 3.900 km2, éssa região já fazia parte daGeórgia quando da sua independência em 1991. Alí
surgiu um movimento separatista,de base
étnica, já que sua população é, predominante, de origem persa. Veja o mapa:
Cerca
de 70 mil pessoas vivem na Ossétia e sua tentativa de independência revela
olado irracional do separatismo, que fragmenta Estados criando novas unidades
políticascom espaços geográficos insuficientes
para manter sua população em padrões sócio-econômicos mínimos.
A província declarou a sua independência, não
reconhecida por nenhum Estado ouorganização
internacional, em novembro de 1991. O governo rebelde, que tem apóiorusso
(a Ossétia do Sul usa a moeda da Rússia, país com que realiza quase todas assuas transações comerciais), desencadeou uma guerra
civil que matou centenas depessoas. Um cessar-fogo foi assinado, mas a
violência continuou, especialmente após aeleição
do novo presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, em 2004, que pretendereunificar
o país. Em novembro de 2006 a Ossétia do Sul realizou um plebiscito que teve99%
do SIM para a confirmação da independência da província.
Abkházia
:
província da porção ocidental da Geórgia, de 8.432 km², com populaçãopredominantemente muçulmana. Declarou independência
em 1992, não reconhecidainternacionalmente,
mas recebe apoio da Rússia. O conflito militar alongou-se até oacordo de cessar-fogo de 1994, monitorado pela União
Européia e Rússia. Depois dissoalguns milhares de abkazides saíram da
Geórgia em direção à província, declarando-serefugiados
políticos. A questão étnica local ameaça tornar-se internacional com aentrada da Geórgia na OTAN, em 2004, e a conseqüente
aproximação com o Ocidente, em oposição à Rússia. Veja a posição geográfica da
região:
Com
uma população estimada em aproximadamente 180 mil habitantes, a região tem aeconomia baseada na agricultura, dificultada pelo
relevo montanhoso.
A partir de 2000 a Rússia passou a ter uma política
de apoio aberto à região, dandoajuda financeira, militar e técnica. Até
junho de 2007, 80% dos cidadãos da região jáhavia recebido a cidadania russa.
Na tentativa de reverter a situação, em maio de 2008o presidente da Geórgia ofereceu a Abkházia o status político de unidade
autônoma, arepresentação no governo
central, incluindo a vice-presidência da república, e a criaçãode uma zona franca na região. A proposta foi rejeitada
pelo governo local, criando umestado de
tensão.
Chechênia
: pequena república russa, da região do Causaco. Faz
fronteira com asrepúblicas russas do Daguestão e Inguchétia, além da
Geórgia. A maioria da população,de cerca de 800 mil pessoas, é muçulmana
sunita. A região é rica em minérios epetróleo,
situando-se entre os mares Negro e Cáspio, zona estratégica russa. O conflitoentre essa minoria étnica e as forças centrais de
Moscou causou cerca de 200 mil mortesaté
o início de 2008. Veja o mapa:
A Chechênia está em uma região estratégica, já
que é atravessada por dutos russos quetransportam
petróleo para a Europa.
Em 1991 os rebeldes chechenos declararam sua
independência da Rússia, formaram umparlamento local e proclamaram a
República Ichkéria da Chechênia, não reconhecida pornenhum país. As emboscadas e os ataques camicases contra as tropas russas
crescerame foram respondidos com pesados
bombardeios aéreos e com a colocação da Chechêniasob administração direta do Presidência da Federação Russa.Em 1997, quando as tropas russas saíram da república
os chechenos elegeram umpresidente, que assinou um acordo de paz com a
Rússia, adiando a decisão sobre o status
político da Chechênia para 2002.Desde então os
rebeldes chechenos passaram a atacar mais alvos dentro da Rússia, comdiversos atentados suicidas a bomba, sendo os de
maior repercussão internacional oataque
a um teatro de Moscou, em 2002, quando foram feitos cerca de 800 reféns, e ainvasão,
em setembro de 2004, de uma escola em Beslan, república da Ossétia doNorte, onde foram aprisionados, torturados e mortos
os reféns (crianças, pais eprofessores).
Para quem quiser se aprofundar no tema segue um bom artigo para leitura: http://educaleaks.dominiotemporario.com/doc/Conflito_Russia_Chechenia.pdf
Apec
A Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec) é um bloco econômico formado para promover a abertura de mercado entre 20 países e Hong Kong (China), que respondem por cerca de metade do PIB e 40% do comércio mundial. Oficializada em 1993, pretende estabelecer a livre troca de mercadorias entre todos os países do grupo até 2020. Membros: Austrália, Brunei, Canadá, Indonésia, Japão, Malásia, Nova Zelândia, Filipinas, Cingapura, Coréia do Sul, Tailândia, EUA (1989), China, Hong Kong (China), Taiwan (Formosa) (1991), México, Papua-Nova Guiné (1993), Chile (1994), Peru, Federação Russa, Vietnã (1998).