sábado, outubro 23, 2010

Textos Complementares 8ª Série!!!

A Indústria no Espaço Norte Americano


O espaço geográfico norte americano é bastante diversificado assim como suas atividades econômicas, seja industrial ou rural. Na atividade industrial o fluxo corresponde a 27% da produção mundial, isso quer dizer que grande parte de tudo que circula no mundo de mercadorias e capitais são oriundos desse país, provando sua potência comercial.

Das 100 maiores empresas do mundo 36 são norte-americanas, essas empresas desenvolvem um volume estrondoso de capitais anualmente, a receita é tão alta que se agrupar o PIB (Produto Interno Bruto) de muitos países o resultado poderá ser superado por essas empresas, que são caracterizadas por gigantescos grupos empresariais, que correspondem ao estágio tecnológico do setor industrial e que anualmente investem milhões em pesquisas para o desenvolvimento de novas mercadorias e materiais.

Para dar condições de desenvolvimento à indústria é fundamental a utilização de recursos energéticos e minerais, nos Estados Unidos há uma diversidade muito grande de jazidas, como ferro e carvão que são abundantes, no entanto, existe uma dependência em relação ao petróleo devido à diminuição de reservas petrolíferas e de outros minerais, tornando-o o maior importador de minerais do mundo, isso é notório, pois se trata da nação que mais consome, prova disso são os carros americanos, maioria de motorização possante de 8, 10 e 12 cilindros, que consomem bastante combustível.

A indústria no espaço norte americano é distribuída de forma variada, a região nordeste e centro-oeste é bastante industrializada, país denominado de Manufacturing Belt (cinturão das manufaturas). A área que corresponde à produção industrial e manufatura, principalmente de indústria têxtil, eletrônica, automobilísticas, tem diminuído sua atuação devido ao surgimento de novos núcleos industriais na costa oeste e sul do país denominada de Sun Belt (cinturão do sol), que tem como principais atividades produtivas a indústria aero, militar e espacial.

A Sina do Indígena Norte-americano

Desde a chegada dos primeiros colonizadores os índios foram desprezados até mesmo como mão-de-obra escrava na maior parte dos Estados Unidos. O interesse nos indígenas, em geral, nunca foi no trabalho, mas sim em suas terras. Por isso, se espalhou o ditado de que “índio bom é índio morto”.

Os colonizadores puritanos acreditavam ter chegado a uma terra a eles prometida, uma nova Israel como cita Arthur Schilesinger, acreditavam que aquele território os pertencia e que seria o palco de seu desenvolvimento e progresso. Não havia interesse por parte dos “brancos” ou por parte dos indígenas de que houvesse a mistura de suas culturas, os primeiros se identificavam como portadores da civilização e definiam os índios como selvagens, intensificando a intenção de extinção dos nativos.

Com a expansão prevista dos norte-americanos para o oeste o embate toma proporções de guerra. O filme O Pequeno Grande Homem (1982) mostra o processo de expansão plenamente arraigado de confrontos entre “brancos” e índios. Também deixa claro, assim como Frederick Turner, que apesar de se negar a mistura das culturas o fato ocorreu, como representa o personagem Jack Crabb interpretado por Dustin Hoffman. O protagonista vive no filme o chamado mito do herói, passando pelas fases de separação, iniciação e retorno. Na primeira, se afasta da sua comunidade original e vai viver sob os parâmetros da cultura indígena, onde é iniciado. A saga é completa, para Turner, com o retorno para a comunidade original levando os novos elementos adquiridos na outra cultura, entretanto, algumas vezes o que se leva é a ratificação da selvageria dos índios.

A marcha para o oeste vai dizimando a população indígena e empurrando os restantes para o interior do território, segundo Bruce Dickinson e Steve Harris os americanos “killing their woman and stealing their gold” nos versos da canção Run To The Hills, sobre a expansão e o massacre indígena, deixando como alternativa “run to the hills, run for your lifes”.

O interesse dos colonizadores se guiava por possuir a terra sem serem possuídos pela cultura dos nativos, a cultura indígena era completamente rejeitada pela protestante. Junto com o massacre ocorreu a destruição da natureza na expansão do “progresso”, através do comércio da terra e da busca do ouro.


Bibliografia:
DICKINSON, Bruce; HARRIS, Steve. Run To The Hills.
SCHILESINGER, Arthur. Os Ciclos da História Americana.
TURNER, Frederick. O Espírito Ocidental Contra a Natureza.

O Pequeno Grande Homem (Filme – 1982)
Antonio Gasparetto

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