sexta-feira, maio 20, 2011

Teorias demográficas!!!

Teoria de Malthus

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Em 1798, Malthus publicou seu Ensaio sobre a população, no qual desenvolveu uma teoria demográfica que se apoiava basicamente em dois postulados:
          1) crescimento da população;
          2) produção de alimentos.
             A população, se não ocorrerem guerras, epidemias, desastres naturais, etc., tenderia a duplicar a cada 25 anos. Ela cresceria, portanto, em progressão geométrica (2, 4, 8, 16, 32...) e constituiria um fator variável, que cresceria sem parar.
           O crescimento da produção de alimentos ocorreria apenas em progressão aritmética (2, 4, 6, 8, 10...) e possuiria certo limite de produção, por depender de um fator fixo: a própria extensão territorial dos continentes.
          Ao considerar esses dois postulados, Malthus concluiu que o ritmo de crescimento populacional seria mais acelerado que o ritmo de crescimento da produção de alimentos (progressão geométrica versus progressão  aritmética). Previu também que um dia as possibilidades de aumento da área cultivada estariam esgotadas, pois todos os continentes estariam plenamente ocupados pela agropecuária e, no entanto, a população mundial ainda continuaria crescendo. 
Conseqüências da dinâmica demográfica malthusiana:
           A conseqüência disso seria a fome, ou seja, a falta de alimentos para abastecer as necessidades de consumo do planeta, e as mortes, doenças, guerras civis, disputas por territórios, etc. 
Proposta de Malthus:
           Para evitar esse flagelo, Malthus, que além de economista era pastor da Igreja Anglicana, na época contrária aos métodos anticoncepcionais, propunha que as pessoas só tivessem filhos se possuíssem terras cultiváveis para poder alimenta-los.
Falhas da teoria de Malthus:
          Hoje, verifica-se que suas previsões não se concretizaram: a população do planeta não duplicou a cada 25 anos, e a produção de alimentos se acelerou graças ao desenvolvimento tecnológico. Mesmo que se considere uma área fixa de cultivo, a quantidade produzida aumentou, uma vez que a produtividade (quantidade produzida por área; toneladas de arroz por hectare, por exemplo) também vem aumentando ao longo das décadas.

 Por que Malthus errou?
          Essa teoria, quando foi elaborada, parecia muito consistente. Os erros de previsão estão ligados principalmente às limitações da época para a coleta de dados, já que Malthus tirou suas conclusões partindo da observação do comportamento demográfico em uma determinada região, com população predominantemente rural, e as considerou válidas para todo o planeta no transcorrer da história, sem considerar os progressos técnicos advindos da natural evolução humana. Não previu os efeitos decorrentes da urbanização na evolução demográfica e do progresso tecnológico aplicado à agricultura.

 Reflexões finais
Desde que Malthus apresentou sua teoria, são comuns os discursos que relacionam de forma simplista a ocorrência da fome no planeta ao crescimento populacional. A fome que castiga mais da metade da população mundial é resultado da má distribuição da renda e não da carência na produção de alimentos. Nos primeiros anos do século XXI, a produção agropecuária mundial era suficiente para alimentar cerca de 9 bilhões de pessoas, enquanto a população do planeta era pouco superior a 6 bilhões. A fome existe porque as pessoas não possuem o dinheiro necessário para suprir suas necessidades básicas, fenômeno este facilmente observável no Brasil, onde, apesar do enorme volume de alimentos exportados e de as prateleiras dos supermercados estarem sempre lotadas, a panela de muitos trabalhadores permanece vazia ou sua alimentação é muito mal balanceada.
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TEORIA NEOMALTHUSIANA

Em 1945, após o fim da Segunda Guerra, em São Francisco, nos Estados Unidos; foi registrada uma conferência  de paz que deu origem a ONU _ Organização das Nações Unidas.
 Foram discutidos meios de se evitar a eclosão de um novo conflito militar em escala mundial.
 Os países participantes concordaram que a paz depende da harmonia entre os povos, e que esta só pode ser conseguida através da diminuição das desigualdades econômicas existentes em nosso planeta.
 A raiz desses problemas foi identificada na colonização de exploração realizada em diversos Estados e nas realizações comerciais desiguais que caracterizaram o colonialismo e o imperialismo.
 A Teoria Neomalthusiana foi uma tentativa de explicar a fome e o atraso dos paises subdesenvolvidos, e defendida por países desenvolvidos _ E por alguns setores de países subdesenvolvidos, com o intuito de se esquivarem de certas questões econômicas.
 Segundo essa teoria, as elevadas taxas de natalidade dos países subdesenvolvidos impediriam o desenvolvimento pleno das atividades econômicas desses paises, pois essa numerosa população jovem necessitaria de grandes investimentos em educação e saúde.
 Segundo os neomalthusianos, quanto maior o número de habitantes, menor a renda per capita do país.
 Embora possua postulados diferentes dos utilizados por Malthus, essa nova teoria chega a mesma conclusão de que o crescimento populacional seria responsável pela ocorrência da miséria.
 Programas de controle da natalidade são propostos então nos países subdesenvolvidos com a disseminação de métodos anticoncepcionais, tentando assim resolver problemas socioeconômicos com posições contrarias à natalidade, com bases apenas em uma argumentação demográfica.

Fonte: http://pt.shvoong.com/social-sciences/sociology/1852881-teoria-neomalthusiana/#ixzz1Mx1CkWJz

Teoria Reformista (ou marxista)

          Na mesma época em que foi criada a teoria neomalthusiana, representantes dos países subdesenvolvidos elaboraram, em resposta, a teoria reformista (ou marxista), que chega a uma conclusão inversa à das duas teorias demográficas anteriores.
População jovem e numerosa é atraso socioeconômico?           
          Uma população jovem numerosa, em virtude de elevadas taxas de natalidade, não é causa, mas conseqüência do subdesenvolvimento. Em países desenvolvidos, marcados por um elevado padrão de vidaqualidade_vida.jpg (28632 bytes) da população, o controle da natalidade ocorreu de maneira simultânea à melhoria da qualidade de vida da população, além de ter sido passado espontaneamente de uma geração para outra à medida que foram se alterando os modos e os projetos de vida das famílias, as quais, em geral, passaram a ter menos filhos ao longo do século XX. Uma população jovem numerosa só se tornou empecilho ao desenvolvimento das atividades econômicas nos países subdesenvolvidos porque não foram realizados investimentos sociais, principalmente em educação e saúde.
Investimentos sociais são fatores de atraso?
          Essa situação gerou um imenso contingente de mão-de-obra sem qualificação, que continuamente ingressa no mercado de trabalho. Tal realidade tende a rebaixar o nível médio de produtividade por trabalhador e a empobrecer enormes parcelas da população desses países. É necessário o enfrentamento, em primeiro lugar, das questões sociais e econômicas para que a dinâmica demográfica entre em equilíbrio.
          Quando o cotidiano familiar transcorre em condições miseráveis e as pessoas não têm consciência das determinações econômicas e sociais às quais estão submetidas, vivendo de subempregos, em submoradias e subalimentadas,  como esperar que elas estejam preocupadas em gerar menos filhos?



Argumentos à favor da teoria reformista 
          Para os defensores dessa corrente, a tendência de controle espontâneo da natalidade é facilmente verificável ao se comparar a taxa de natalidade entre as famílias brasileiras de classe baixa e as de classe média. À medida que as famílias obtêm condições dignas de vida – educação, assistência médica, acesso à informação, etc. -, tendem a ter menos filhos.
Os investimentos em educação são fundamentais para a melhoria de todos os indicadores sociais. No mundo inteiro, quanto maior a escolaridade da mulher, menor tende ser o número de filhos e também menor a taxa de mortalidade infantil (importante indicador de qualidade de vida).
          Essa teoria, enfim, é a mais realista, por analisar os problemas econômicos, sociais e demográficos de forma objetiva, partindo de situações reais do dia-a-dia das pessoas.

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