Em 2003, o planeta contava com cerca de 6,3
bilhões de habitantes. Do início dos anos
1970 até
2003, o crescimento da população mundial
caiu de 2,1% para 1,2% ao ano, o número de
mulheres que utilizam algum método
anticoncepcional aumentou de 10% para 50% e
o número médio de filhos por mulher (taxa
de fecundidade) em países desenvolvidos
caiu de 6 para 2,7.
Ainda assim, esse ritmo continua elevado e,
caso se mantenha, a população do planeta
será de 9 bilhões em 2050.
Desde a antiguidade, o crescimento
populacional é tema de reflexão para
muitos estudiosos que se preocupam com o
equilíbrio entre a organização da
sociedade, a dinâmica demográfica e a
exploração dos recursos naturais.
Na China, há mais de mil anos, textos
apontavam as vantagens do que era
considerada a quantidade ideal de pessoas
para manter um hipotético equilíbrio entre
a disponibilidade de terras e a população
local, indicando que o governo deveria
incentivar as migrações de zonas muito
povoadas para outras com menor densidades de
ocupação. Na
Grécia antiga, Platão e Aristóteles
advertiram, como fez Malthus na Inglaterra
muitos séculos depois, que não seria possível
aumentar as áreas de cultivo na mesma
velocidade do crescimento populacional, o
que tenderia a aumentar os níveis de
pobreza e a escassez de alimentos ao longo
de sucessivas gerações.
Somente a partir do século XVIII, com o
desenvolvimento do capitalismo, o
crescimento populacional passou a ser
estudado como um fato positivo, uma vez que,
quanto mais pessoas houvesse, mais
consumidores também haveria.
Nessa época, foi publicada a primeira
teoria demográfica de grande repercussão,
formulada pelo economista inglês Thomas
Robert Malthus (1766-1834). Ao final da
Segunda Guerra Mundial surgiu outra teoria
demográfica importante, a
“neomalthusiana”, e, em resposta à ela,
representantes dos países subdesenvolvidos
elaboraram a chamada “teoria
reformista”, com conclusões inversas às
das duas teorias demográficas anteriores.
Conheça três teorias demográficas de
destaque, surgidas a partir do século XVIII
e outros conceitos básicos sobre
demografia.
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Bibliografia: MOREIRA, J.C. SENE, Eustáquio. Geografia Geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo : Scipione, 2005. p.430. |
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