Crônica do Dia
"O temor de uma revolução às avessas" (Parte 1)
por Flávio Bueno
Os brasileiros, infelizmente, não tem a verdadeira noção do que pode estar acontecendo e, de maneira impensada, podem estar promovendo uma revolução às avessas. Repito, construir um espaço geográfico de tensão e caos gera uma imprevisibilidade que se assemelham aos grandes desastres de caráter sociológico da história de nosso planeta. Precisamos repensar, e estimo a essa juventude, mais uma vez, que se aprofunde na discussão, pra evitarmos um mal maior. E o aprofundamento não necessariamente significa ir às ruas, protestar, apesar deste ser um veículo legitimado por nosso Estado Democrático de Direito, desde que seja sob a alcova da pacificidade, mas sim, estudar as perspectivas políticas e sociais que se inserem em nosso país. Isso, evidentemente, nos tornará mais capacitados para o dialogo e, logicamente, para a mudança de nossa nação.
Não podemos apagar de nosso convívio político as instituições republicanas de nossa sociedade, isso é grave, e elas precisam ser o elo entre povo e governo. E se elas não cumprem as suas funções, reforme-as, torne-as mais democráticas, participe para que estas sejam o espelho de suas lutas, que peleja seha coletiva e não sob a perspectiva de nossos centros gravitacionais.
"O temor de uma revolução às avessas" (Parte 1)
por Flávio Bueno
Os brasileiros, infelizmente, não tem a verdadeira noção do que pode estar acontecendo e, de maneira impensada, podem estar promovendo uma revolução às avessas. Repito, construir um espaço geográfico de tensão e caos gera uma imprevisibilidade que se assemelham aos grandes desastres de caráter sociológico da história de nosso planeta. Precisamos repensar, e estimo a essa juventude, mais uma vez, que se aprofunde na discussão, pra evitarmos um mal maior. E o aprofundamento não necessariamente significa ir às ruas, protestar, apesar deste ser um veículo legitimado por nosso Estado Democrático de Direito, desde que seja sob a alcova da pacificidade, mas sim, estudar as perspectivas políticas e sociais que se inserem em nosso país. Isso, evidentemente, nos tornará mais capacitados para o dialogo e, logicamente, para a mudança de nossa nação.
Não podemos apagar de nosso convívio político as instituições republicanas de nossa sociedade, isso é grave, e elas precisam ser o elo entre povo e governo. E se elas não cumprem as suas funções, reforme-as, torne-as mais democráticas, participe para que estas sejam o espelho de suas lutas, que peleja seha coletiva e não sob a perspectiva de nossos centros gravitacionais.
Nestes 25 anos de democracia (diga-se de passagem, um bebê recém-nascido, comparado com outras repúblicas) temos alguns ganhos importantes. Inflação controlada, estabilidade econômica, queda considerável nos níveis de desemprego (um dos mais baixos entre as grandes potências econômicas mundiais), uma evolução do colchão social, a Lei da Ficha Limpa, o ACM morreu (falta o Sarney, Calheiros, Roriz, etc), melhor atuação e investimento maciço da Polícia Federal e no Ministério Público, liberdade de imprensa, protagonismo na política internacional, relação harmoniosa com os vizinhos, crescimento no poder de compra da população, Ficha Limpa, Crescimento considerável do acesso as universidades públicas e particulares e nas escolas técnicas (Saldo de quase 3,5 milhões por ano), ou seja, são ganhos, que para um país que só tem 25 anos de democracia, são bem consideráveis. E em dado momento de crise conjuntural que destruiu o poder de compra de europeus e americanos, é preciso que se entenda que estamos sobrevivendo bem ao processo. A Espanha teve seu desemprego considerado pelo FMI nesta quarta como: criticamente inaceitável - São 30 milhões de desempregados em uma população de pouco mais de 90 milhões, enquanto o nosso é 6 vezes menor, com uma população duas vezes maior.
Muitos dos que estão indo aos protestos pouco conhecem as vertentes sociais e econômicas que estamos reivindicando e não sabem contra quem estão lutando. Neste contexto, repito um texto que escrevi esta semana: "Para lutar por nossos direitos é imprescindível conhecer todos os nossos deveres, sobretudo, conhecer nossa Carta Magna, nossa Constituição, até para saber como que se pode lutar". Desconhecemos o que podemos fazer, e o pior desconhecemos como podemos fazer. Segue o Preâmbulo da CF 88 para elucidar as mentes dos senhores:
"Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL"...
Uma revolução desorganizada, ou que serve aos interesses de uma minoria, geralmente, tem como consequência a tragédia. Não sabemos no que estamos nos enfiando, não entendemos os meandros dessa revolta e o que temos por detrás dela. A mídia está incitando a população a ir às ruas, porque além de todos os fatores supracitados, hoje esta discussão pública trás audiência, vide a cobertura jornalistica das TV's abertas e fechadas, ocorridas no dias da semana recorrente.
Mas, a geração do caos, tem nos feito muito mais alvo do que nossa inteligencia é capaz de perceber. Pode parecer que estou defrontando a minha própria perspectiva em relação as necessidades desse país, que, de fato, precisa de uma revolução moral e cultural, pois somos um povo afundado no extinto corruptório, mas "temo" por assistir o retorno de uma vida de liberdade privada, controlada e desumana. As manifestações que se sucedem são muito parecidas com as que ocorreram em 1964 que deram origem ao Golpe Militar. Para conhecer um pouco de nossa história pesquisem sobre a "A Marcha da Família com Deus pela Liberdade" e como ela gerou o fatídico dia 31 de Março de 1964. E a grande maioria da população jovem deste país não tem um pingo da noção do terror que era viver com este tipo de gestão governamental nada democrática, aliás, pelo contrário, extremamente severa, "democraticida" na essência (termo utilizado para definir a caça aos que buscavam a democracia), momento épico na vida de privação dos sentidos políticos e sociais, momento em que o pânico rondava a vida da população brasileira, e quando se afirma isso, leia-se povo, sobretudo pobres, estudantes, etc. As elites oligárquicas deste país, adoraram a ideia de conviver com o controle social, afinal, os militares os protegiam de qualquer contato com proletários e o povo mais desprestigiado de renda.
Precisamos de uma reforma política, de uma reforma tributária, de uma reforma previdenciária, de uma reforma... Aliás, chega de reformas! Precisamos reconstruir, sobretudo, reconstruir a nossa mente, a nossa cultura passiva, a nossa cultura do interesse, a nossa cultura que ainda acha que o voto é um dever e não um direito. Assisti, em 1989, um espetáculo maravilhoso da democracia, e minha mãe emocionada por ter conquistado o direito de eleger os seus representantes. Atualmente, a gente faz de tudo para não ter que atravessar uma fila para fazê-lo.
Um trecho de um texto que escrevi e que me ajuda a elucidar como a corrupção está inserida em nosso convívio social.
Não vejo nenhum católico protestando sobre os gastos abusivos de verba pública para a realização da Jornada Mundial da Juventude ou, ainda, no Pentecostes do Padre Moacir, Festas como Hallel, etc... tampouco, vejo evangélicos indignados com a festa de terrenos públicos que foram disponibilizados para os templos por conta da bancada evangélica da Câmara Legislativa, e nem se cogita criticar os eventos gospel garantidos pelos deputados Cristiano Araújo, com verba pública. Feliciano então, esse é adorado por evangélicos, o que é lamentável. Aliás, pouco se fez até agora para punir Brunelli, Rodovalho, Roney Nemer (o último foi recentemente condenado pelo TJDF a pagar uma quantia superior a 1 milhão de reais aos cofres públicos) e outros que indagam o nome de Deus para satisfazer a fome do próprio bolso. Isso também é corrupção, é uso abusivo de dinheiro público, é política do pão e circo. E deveria valer o nosso protesto, as pessoas deveriam sair nas ruas indignados!!! A corrupção só acaba quando você muda a mente, o mundo muda com a mudança da gente, parafraseando Gabriel o Pensador. Tem os que vociferam palavras de ordem e anseios por mudanças, análises políticas baseadas no CTRL C / CTRL V, mas adoram sonegar um imposto, comprar CD e DVD pirata, fazer gato net, estacionar em vaga de deficiente, falsificar carteirinha para meia entrada. A lista de transgressões na qual estamos inseridos todos os dias é bem longa não é? Comece minimizando-as. #hipócritas #modinhas. É a política do faça o que eu falo e não o que eu faço. Punição vale pros outros, mas não vale pra mim! Ou... para os meus amigos tudo, para os meus inimigos a lei. Assim, nem todo protesto do mundo seria capaz de mudar as perspectivas políticas de um país. Enquanto o umbigo for a parte mais importante de seu universo, o mundo não vai mudar.
Reformas e revoluções não se fazem com máscaras. Aliás, todos os revolucionários tem os seus rostos conhecidos, não se furtaram a ideia de ser uma inspiração aos jovens, não temeram represálias, usaram as armas do carisma, de uma pauta bem definida, de conceitos ideológicos bem fundamentados, que poderiam gerar controvérsias, mas, tinham a credibilidade da face a mostra, as claras, destemidas, etc. Quer mudar o país não se esconda. Tem videos e frases de efeitos circulando na internet que não significam nada, primeiro pela falta de identidade e em seguida pela falta de profundidade política. Revolucionários sem face, que se escondem, não merecem a nossa credibilidade, não merece o nosso apoio.
Líderes de verdade não defendem a violência e não são intransigentes. Em uma democracia precisamos estar abertos ao diálogo, ao debate, a interlocução de ideias. Aliás, precisamos de uma liderança que, realmente, represente o povo. Afinal de contas democracia significa: Poder ao, para e pelo POVO. Esta, revolução precisa ser de mente, de consciência, de postura e não mais uma "farrinha" para jovens desordeiros se divertirem, pelo simples fato de entramos no que chamamos de anormose (política de fazer tudo aquilo que é normal, defendida pelo meu brilhante discente Victor Hugo)no populacho é um simples #modismo.
Só mobilizaremos um contingente maior de brasileiros para esta causa, se os mesmos sentirem-se seguros ao manifestar. Precisamos que todos os brasileiros lutem pela mesma causa. A violência afasta os trabalhadores, as famílias e as pessoas de bem. Repito. Temos problemas no Congresso? Evidentemente que sim, mas não é só lá. O judiciário precisa ser investigado. O funcionalismo público precisa ser investigado. O empresário precisa ser investigado. A nossa sociedade precisa ser investigada. Pois, somos contraventores culturais e, infelizmente, com uma naturalidade ímpar na arte de corromper e ser corrompido, principalmente, quando quando se analisa outras culturas, ou pelo menos fortalecemos em nossa Pátria Amada o espírito da impunidade, típicas de colônias de exploração, que tiveram suas riquezas ceifadas pelo olho gordo das metrópoles e grandes potências nos últimos 500 anos. É notório que que a corrupção não é uma perspectiva apenas nossa. Mas, como ouvi de um especialista na área de tributos: "A corrupção existe em todos os espaços onde há recolhimento de tributos, de impostos".
O que percebi nestes episódios é que Jovens do Brasil estão até mobilizados por uma causa justa, todavia, os atos de alguns e a falta de profundidade política da grande maioria os faz descer a ladeira da mediocridade e da ignorância. Assim, não se muda nem a nossa vida quiçá a vida de um POVO. Não vejo a participação popular, não vejo os movimentos sociais, não tem organismos, conselhos, sindicatos, associações, ou seja, não se percebe a participação efetiva do proletário. O povo, as classes mais pobres, não estão participando do processo, e as que participam, estão moldadas a voz de uma revolução de Classes A e B, que tem espaço para reivindicação, mas que não sofrem com parte considerável dos problemas sociais que nos aflige. Tais seres lutam por elementos que destoam de sua realidade diária, o que beira a hipocrisia. Ao final disso tudo, a corda vai estourar e roer com força pro lado mais fraco: os pobres e os inocentes. Enquanto os "estudantes de arquitetura" que destroem janelas de palácios, os "estudantes de ciências políticas" que não dialogam com as instituições republicanas, os "estudantes de sociologia" que são repressores e violentos. Os "estudantes de filosofia" que não são éticos, os "estudantes de Direito" que não entendem da Constituição, os "professores" que não tem uma postura minimamente educadora e incitam a desordem e a manifestação sem profundidade, os "estudantes de engenharia civil" contrários a Copa, mas que fazem estágio no Itaquerão, se remoem pois, não aceitam dividir seus espaços na universidade com os mais pobres, ou que seus empregados comprem nas mesmas lojas, etc. Ao final disso tudo atis seres colocaram suas nádegas numa poltrona da Américan Air Lines e passarão um tempo assistindo espetáculos de princesas da Disney na Flórida. E mais uma vez: #hipocrisia.
Não podemos permitir que a nossa causa se misture com a causa de um traficante, de bandido, de oportunistas, ou que o espaço sirva para os dois. Lutar não predispõe vitória, mas significa aprendizado e evolução. Já chamamos a atenção do mundo saindo às ruas... Agora já podemos sentar e apresentar, de forma coerente, as nossas necessidades, não as individuais, mas as coletivas... Justiça sempre, Corrupção nunca, sobretudo a nossa.
As cenas do próximo capítulo requerem nossa atenção e discernimento, principalmente o segundo elemento.
Finalizo com uma frase bem simples: Quando todos estivermos segurando as mãos, lutando pela mesma causa, quem apertará o gatilho??? Enviado a mim pelo amigo Diego Pires, creditado a um nobre que atendia pelo nome de BOB MARLEY.
Muitos dos que estão indo aos protestos pouco conhecem as vertentes sociais e econômicas que estamos reivindicando e não sabem contra quem estão lutando. Neste contexto, repito um texto que escrevi esta semana: "Para lutar por nossos direitos é imprescindível conhecer todos os nossos deveres, sobretudo, conhecer nossa Carta Magna, nossa Constituição, até para saber como que se pode lutar". Desconhecemos o que podemos fazer, e o pior desconhecemos como podemos fazer. Segue o Preâmbulo da CF 88 para elucidar as mentes dos senhores:
"Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL"...
Uma revolução desorganizada, ou que serve aos interesses de uma minoria, geralmente, tem como consequência a tragédia. Não sabemos no que estamos nos enfiando, não entendemos os meandros dessa revolta e o que temos por detrás dela. A mídia está incitando a população a ir às ruas, porque além de todos os fatores supracitados, hoje esta discussão pública trás audiência, vide a cobertura jornalistica das TV's abertas e fechadas, ocorridas no dias da semana recorrente.
Mas, a geração do caos, tem nos feito muito mais alvo do que nossa inteligencia é capaz de perceber. Pode parecer que estou defrontando a minha própria perspectiva em relação as necessidades desse país, que, de fato, precisa de uma revolução moral e cultural, pois somos um povo afundado no extinto corruptório, mas "temo" por assistir o retorno de uma vida de liberdade privada, controlada e desumana. As manifestações que se sucedem são muito parecidas com as que ocorreram em 1964 que deram origem ao Golpe Militar. Para conhecer um pouco de nossa história pesquisem sobre a "A Marcha da Família com Deus pela Liberdade" e como ela gerou o fatídico dia 31 de Março de 1964. E a grande maioria da população jovem deste país não tem um pingo da noção do terror que era viver com este tipo de gestão governamental nada democrática, aliás, pelo contrário, extremamente severa, "democraticida" na essência (termo utilizado para definir a caça aos que buscavam a democracia), momento épico na vida de privação dos sentidos políticos e sociais, momento em que o pânico rondava a vida da população brasileira, e quando se afirma isso, leia-se povo, sobretudo pobres, estudantes, etc. As elites oligárquicas deste país, adoraram a ideia de conviver com o controle social, afinal, os militares os protegiam de qualquer contato com proletários e o povo mais desprestigiado de renda.
Precisamos de uma reforma política, de uma reforma tributária, de uma reforma previdenciária, de uma reforma... Aliás, chega de reformas! Precisamos reconstruir, sobretudo, reconstruir a nossa mente, a nossa cultura passiva, a nossa cultura do interesse, a nossa cultura que ainda acha que o voto é um dever e não um direito. Assisti, em 1989, um espetáculo maravilhoso da democracia, e minha mãe emocionada por ter conquistado o direito de eleger os seus representantes. Atualmente, a gente faz de tudo para não ter que atravessar uma fila para fazê-lo.
Um trecho de um texto que escrevi e que me ajuda a elucidar como a corrupção está inserida em nosso convívio social.
Não vejo nenhum católico protestando sobre os gastos abusivos de verba pública para a realização da Jornada Mundial da Juventude ou, ainda, no Pentecostes do Padre Moacir, Festas como Hallel, etc... tampouco, vejo evangélicos indignados com a festa de terrenos públicos que foram disponibilizados para os templos por conta da bancada evangélica da Câmara Legislativa, e nem se cogita criticar os eventos gospel garantidos pelos deputados Cristiano Araújo, com verba pública. Feliciano então, esse é adorado por evangélicos, o que é lamentável. Aliás, pouco se fez até agora para punir Brunelli, Rodovalho, Roney Nemer (o último foi recentemente condenado pelo TJDF a pagar uma quantia superior a 1 milhão de reais aos cofres públicos) e outros que indagam o nome de Deus para satisfazer a fome do próprio bolso. Isso também é corrupção, é uso abusivo de dinheiro público, é política do pão e circo. E deveria valer o nosso protesto, as pessoas deveriam sair nas ruas indignados!!! A corrupção só acaba quando você muda a mente, o mundo muda com a mudança da gente, parafraseando Gabriel o Pensador. Tem os que vociferam palavras de ordem e anseios por mudanças, análises políticas baseadas no CTRL C / CTRL V, mas adoram sonegar um imposto, comprar CD e DVD pirata, fazer gato net, estacionar em vaga de deficiente, falsificar carteirinha para meia entrada. A lista de transgressões na qual estamos inseridos todos os dias é bem longa não é? Comece minimizando-as. #hipócritas #modinhas. É a política do faça o que eu falo e não o que eu faço. Punição vale pros outros, mas não vale pra mim! Ou... para os meus amigos tudo, para os meus inimigos a lei. Assim, nem todo protesto do mundo seria capaz de mudar as perspectivas políticas de um país. Enquanto o umbigo for a parte mais importante de seu universo, o mundo não vai mudar.
Reformas e revoluções não se fazem com máscaras. Aliás, todos os revolucionários tem os seus rostos conhecidos, não se furtaram a ideia de ser uma inspiração aos jovens, não temeram represálias, usaram as armas do carisma, de uma pauta bem definida, de conceitos ideológicos bem fundamentados, que poderiam gerar controvérsias, mas, tinham a credibilidade da face a mostra, as claras, destemidas, etc. Quer mudar o país não se esconda. Tem videos e frases de efeitos circulando na internet que não significam nada, primeiro pela falta de identidade e em seguida pela falta de profundidade política. Revolucionários sem face, que se escondem, não merecem a nossa credibilidade, não merece o nosso apoio.
Líderes de verdade não defendem a violência e não são intransigentes. Em uma democracia precisamos estar abertos ao diálogo, ao debate, a interlocução de ideias. Aliás, precisamos de uma liderança que, realmente, represente o povo. Afinal de contas democracia significa: Poder ao, para e pelo POVO. Esta, revolução precisa ser de mente, de consciência, de postura e não mais uma "farrinha" para jovens desordeiros se divertirem, pelo simples fato de entramos no que chamamos de anormose (política de fazer tudo aquilo que é normal, defendida pelo meu brilhante discente Victor Hugo)no populacho é um simples #modismo.
Só mobilizaremos um contingente maior de brasileiros para esta causa, se os mesmos sentirem-se seguros ao manifestar. Precisamos que todos os brasileiros lutem pela mesma causa. A violência afasta os trabalhadores, as famílias e as pessoas de bem. Repito. Temos problemas no Congresso? Evidentemente que sim, mas não é só lá. O judiciário precisa ser investigado. O funcionalismo público precisa ser investigado. O empresário precisa ser investigado. A nossa sociedade precisa ser investigada. Pois, somos contraventores culturais e, infelizmente, com uma naturalidade ímpar na arte de corromper e ser corrompido, principalmente, quando quando se analisa outras culturas, ou pelo menos fortalecemos em nossa Pátria Amada o espírito da impunidade, típicas de colônias de exploração, que tiveram suas riquezas ceifadas pelo olho gordo das metrópoles e grandes potências nos últimos 500 anos. É notório que que a corrupção não é uma perspectiva apenas nossa. Mas, como ouvi de um especialista na área de tributos: "A corrupção existe em todos os espaços onde há recolhimento de tributos, de impostos".
O que percebi nestes episódios é que Jovens do Brasil estão até mobilizados por uma causa justa, todavia, os atos de alguns e a falta de profundidade política da grande maioria os faz descer a ladeira da mediocridade e da ignorância. Assim, não se muda nem a nossa vida quiçá a vida de um POVO. Não vejo a participação popular, não vejo os movimentos sociais, não tem organismos, conselhos, sindicatos, associações, ou seja, não se percebe a participação efetiva do proletário. O povo, as classes mais pobres, não estão participando do processo, e as que participam, estão moldadas a voz de uma revolução de Classes A e B, que tem espaço para reivindicação, mas que não sofrem com parte considerável dos problemas sociais que nos aflige. Tais seres lutam por elementos que destoam de sua realidade diária, o que beira a hipocrisia. Ao final disso tudo, a corda vai estourar e roer com força pro lado mais fraco: os pobres e os inocentes. Enquanto os "estudantes de arquitetura" que destroem janelas de palácios, os "estudantes de ciências políticas" que não dialogam com as instituições republicanas, os "estudantes de sociologia" que são repressores e violentos. Os "estudantes de filosofia" que não são éticos, os "estudantes de Direito" que não entendem da Constituição, os "professores" que não tem uma postura minimamente educadora e incitam a desordem e a manifestação sem profundidade, os "estudantes de engenharia civil" contrários a Copa, mas que fazem estágio no Itaquerão, se remoem pois, não aceitam dividir seus espaços na universidade com os mais pobres, ou que seus empregados comprem nas mesmas lojas, etc. Ao final disso tudo atis seres colocaram suas nádegas numa poltrona da Américan Air Lines e passarão um tempo assistindo espetáculos de princesas da Disney na Flórida. E mais uma vez: #hipocrisia.
Não podemos permitir que a nossa causa se misture com a causa de um traficante, de bandido, de oportunistas, ou que o espaço sirva para os dois. Lutar não predispõe vitória, mas significa aprendizado e evolução. Já chamamos a atenção do mundo saindo às ruas... Agora já podemos sentar e apresentar, de forma coerente, as nossas necessidades, não as individuais, mas as coletivas... Justiça sempre, Corrupção nunca, sobretudo a nossa.
As cenas do próximo capítulo requerem nossa atenção e discernimento, principalmente o segundo elemento.
Finalizo com uma frase bem simples: Quando todos estivermos segurando as mãos, lutando pela mesma causa, quem apertará o gatilho??? Enviado a mim pelo amigo Diego Pires, creditado a um nobre que atendia pelo nome de BOB MARLEY.
Nenhum comentário:
Postar um comentário