segunda-feira, agosto 15, 2011

7ª série ISAAC NEWTON -




Campos de refugiados no Haiti - Imagem capturada na Internet (Fonte:Terra Notícias)

Por falar da contribuição ímpar do negro africano e seus descendentes em nossa sociedade e, ao mesmo tempo, do sentimento de solidariedade de nossa Campanha na escola (postagens anteriores), os dois temas se unem e nos remetem à situação caótica por qual está passando o Haiti, o mais pobre país do continente americano.

País caribenho, primeiro ponto de desembarque de Cristóvão Colombo, em 1492. Sua história mescla a cobiça dos colonizadores europeus, primeiramente os espanhóis e depois os franceses. Este despontou como maior produtor mundial de açúcar, cuja produção era baseada no sistema escravagista. Foi uma das mais ricas colônias do continente americano, recebendo o título de "Pérola do Caribe".

Em sua história, ele ainda traz o marco de ter sido o primeiro país latino-americano a se tornar independente, em 1 de janeiro de 1804, graças aos diversos movimentos insurrecionais da população escrava.

Todavia, sua trajetória política, econômica e social se caracterizou instável, perdurando até hoje. Trajetória similar a muitos países latino-americanos, mas outros aspectos agravaram mais ainda a sua situação como país insular da América Central, inclusive de risco de catástrofes naturais. 

Se já não bastassem os efeitos trágicos do terremoto que sofreu, em janeiro deste ano, o país agoniza - desde meados de outubro passado - com os avanços da epidemia de cólera.

De acordo com os últimos dados divulgados, hoje, no Terra Notícias, a epidemia de cólera no país já matou mais de 1.250 pessoas. O número de internações contabilizado até o momento é de 20.687 pacientes infectados desde o início da epidemia (meados de outubro).

Mais recentemente, outro situação está preocupando as autoridades locais e até a Organização das Nações Unidas, a violência. A violência instigada por alguns grupos de manifestantes, revoltados, que responsabilizam às tropas de Paz da ONU pela epidemia de cólera que atinge o país.

Manifestações violentas que chegam a interromper o trabalho das autoridades na área da Saúde com os infectados pela cólera. Eles arremessaram pedras contra as tropas de paz da ONU, atacaram carros de estrangeiros, atearam fogo em pneus e usaram estes para bloquear as ruas, assim como derrubaram postes de luz e montaram barricadas para confrontos com a polícia e com os soldados das tropas da paz. Na maioria das vezes, a polícia os enfrenta com bombas de gás lacrimogêneo a fim de dispersá-los.

A Organização das Nações Unidas está investigando se realmente a origem da epidemia de cólera no Haiti foi causada por soldados de procedência nepalesa da Minustah, isto é, da missão de paz da ONU no país.

As suspeitas procedem em razão do tipo da doença que surgiu no Haiti ser o mesmo do existente no Nepal, mas alega não ter encontrado provas suficientes de que seus soldados sejam os portadores da doença.

cólera é uma infecção intestinal aguda causada pelo vibrião colérico (Vibriocholerae), que é uma bactéria em forma de vírgula ou bastonete. Esta bactéria, vencendo a acidez do estômago, alcança o intestino delgado (meio alcalino), onde se multiplica intensamente, principalmente, no duodeno e jejuno, produzindo uma entetoxina que provoca intensa diarreia.

O indivíduo infectado elimina o vibrião colérico (Vibrio cholerae) através dos dejetos fecais (cistos). A precariedade na infraestrutura de saneamento básico é a condição propícia para a contaminação e a transmissão fecal-oral do vibrião colérico através de água e/ou alimentos contaminados.

De acordo com o Centro de Informação em Saúde para Viajantes(Cives), na maioria das vezes (mais de 90%), a infecção pelo vibrião colérico é assintomática ou produz diarreia de baixa intensidade.

Por outro lado, em outras pessoas (menos de 10% dos infectados) pode ocorrer uma diarreia aquosa profusa e súbita, de evolução rápida (em questão de horas), que pode ocasionar desidratação grave e uma diminuição acentuada da pressão sanguínea, provocando o óbito.

Como as condições socioeconômicas do Haiti são as mais precárias do continente americano (país mais pobre da América), tendo sido agravadas após o terremoto de 12 de janeiro deste ano, o ambiente estava favorável para a contaminação que se deu de forma rápida e epidêmica.


Comunidades mais carentes - Imagem capturada na Internet

Criança haitiana _ Imagem capturada na Internet (Fonte: Cultura do controle)

Criança com sintomas do cólera - Imagem capturada na Internet (Fonte:Último Segundo)


Haitianos contaminados aguardam atendimento no Hospital em Saint Marc, no Haiti
Imagem capturada na Internet (Fonte: Último Segundo)

E os riscos da epidemia já ultrapassam o território haitiano, localizado na ilha Hispaniola, atingindo a porção leste da mesma ilha, onde se localiza o seu país vizinho, a República Dominicana, que já registrou três casos de cólera.

Em consequência disso e do temor do avanço da mesma, o governo da República Dominicana aumentou o controle de entrada e saída de pessoas e de mercadorias (comércio bilateral) em seus 376 Km de fronteira com o Haiti.
Ilha Hispaniola: o Haiti, a Oeste e a República Dominicana, a Leste

Segundo fontes jornalísticas, além destes registros na vizinha República Dominicana, os EUA também registraram um caso de infecção de cólera na Flórida. De acordo com o jornal "The Miami Herald", o referido caso foi de uma moradora do condado de Collier (Flórida), que regressou do Haiti após ter visitado a família que mora por lá. 

Pacientes repousam enquanto homem espalha desinfetante em volta das macas
Imagem capturada na Internet (Fonte: Último Segundo)

Fontes:

Centro de Informação em Saúde para Viajantes

Terra Notícias

Último Segundo (e outros)

. Wikipedia
Poderá também gostar de:

México: O Poder Paralelo dos Cartéis do Narcotráfico

"Pomba da Paz" no pátio da Universidade Autônoma de Nuevo Leon, durante um protesto contra a morte da universitária Lucila Quintanilla em um shopping, em 15 de outubro de 2010. (Fonte: Último Segundo)


Na semana passada, quando indaguei a um aluno do 7º ano, do turno da tarde, qual país que ele gostaria de conhecer, este me respondeu incisivamente que queria morar no México, por motivos profissionais.
Achei interessante a convicção de como este se expressou. Inicialmente, alguns alunos da turma acharam graça, mas eu os adverti, inclusive, pela pouca idade deste e por sua determinação em relação a projeto de vida.
Aproveitei para explicar a situação atual do referido país, o qual constantemente é notícia nos principais meios de comunicação face à violência que o assola sob a ação do narcotráfico.
É claro que, em nenhum momento, a minha pretensão foi destituir o seu sonho de morar no México, mas valei-me da oportunidade criada para falar dos fatos, inclusive, relembrar o caso da execução de emigrantes latino-americanos (entre estes, dois brasileiros) no mês de agosto deste ano (vide postagem do dia), os quais tentavam entrar - ilegalmente – nos EUA.
Eu falei que também tinha vontade de conhecer o México, mas que realmente os níveis de vilência assustam.
Em razão disso, achei oportuno voltar a tratar do assunto até porque foi discutido, em sala de aula, os critérios utilizados na análise do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e outros que seriam também pertinentes para avaliar a qualidade de vida da população, como a violência, por exemplo, assim como, um aluno do 8º ano levantou a questão da responsabilidade direta e/ou indireta do país vizinho e fronteiriço do México, os Estados Unidos.
Mas, existe um outro lado e, por este, não há como negar a riqueza histórica do país, o seu povo e suas belezas naturais.
O problema que o país vem enfrentando, muitos outros, inclusive o Brasil também está passando, só que com diferentes graus de intensidade, mas com toda a certeza, os aspectos inter-relacionados às ações do tráfico de drogas, à corrupção, ao insucesso ou sucesso da política de combate às drogas, entre outros, são bastante similares.


Carro abandonado na fronteira entre o México e os EUA (Fonte: Último Segundo)


México
. Nome Oficial: Estados Unidos Mexicanos;
. Capital: Cidade do México;
. Localização: Continente americano (América do Norte);
. Área: 1 958 201 Km²;
. População (dados de 2009): 109.610.036 habitantes;
. Densidade Demográfica (2009): 56 hab/ Km²;
. Moeda: Peso Mexicano;
. Língua oficial: Espanhol;
. IDH (2007): 0,854 (IDH elevado);
. Taxa de natalidade (2008): 20,04 nascimentos/1.000 habitantes;
. Taxa de mortalidade (2008): 4,78 mortes/1.000 habitantes;
. Expectativa de vida (2008): 76 anos (homens: 73 anos/ mulheres: 79 anos);
. PIB (2007): 893.365 milhões de US$;
. PIB per capita (2007): 8.386 US$.


Como a maioria dos países submetidos à colonização europeia, a herança cultural do processo histórico de ocupação e colonização espanhola é muito forte no México.
O México é o país mais populoso entre os de língua espanhola no mundo. Em termos de população absoluta, este ocupa a segunda posição na América Latina, só perdendo para o Brasil, que é o mais populoso.
Cerca de 89% da população mexicana professa a religião Católica Apostólica Romana, tendo como padroeira Nossa Senhora de Guadalupe, que é também a patrona da América Latina. Dos demais, 6% são protestantes (e suas “ramificações”) e 5% correspondem a outras religiões e também aqueles sem religião.
O México junto com os EUA e o Canadá é membro do Acordo Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta), bloco econômico criado em 1992.
Embora, de acordo com o último levantamento para efeito do IDH, o México tenha obtido o índice 0,854, estando classificado na categoria dos países com IDH elevado (o nosso país obteve 0,813 e também se enquadra neste grupo), a onda de violência que assola o país contradiz esta situação de nível de desenvolvimento (o mesmo ratifico em relação ao Brasil).
Não pretendo entrar, pelo menos neste momento, nesta discussão relacionada aos critérios utilizados na análise do IDH (sobretudo, o da economia) e em outros que deveriam ser incluídos para efeito deste (como por exemplo, a violência e o direito à moradia). Mas, que há muito a refletir sobre as contradições existentes entre os índices obtidos (IDH) e a realidade socioeconômica dos países, sobretudo, os subdesenvolvidos, há sim!

Tem de parar a criminalidade atacando suas finanças e esquemas de lavagem de dinheiro.
Há de acabar com a proteção oficial que os traficantes conseguem.
E tem de atacar as causas de todo esse descompasso social:
reduzir a pobreza, criar oportunidades de emprego, educação,
acesso a serviços e a programas sociais
jornalista Reveles (publicado no O Globo)

De acordo com o chefe da Inteligência Nacional do México, Guillermo Valdes, no período compreendido de dezembro de 2006 a 02 de agosto de 2010, mais de 28 mil pessoas morreram em episódios ligados à ação do tráfico de drogas.
É evidente que as ações do narcotráfico são bem anteriores ao ano de 2006, mas em nível de política de combate ostensivo ao narcotráfico pelo governo, esta teve início nesta época, lançada pelo então e atual presidente do México, Felipe Calderon, o qual - inclusive – não tira a responsabilidade também dos EUA pela situação a qual se encontra o país.
Por sua vez, segundo a BBC Brasil, o governo mexicano também já sofreu duras críticas em razão da política ostensiva de combate ao narcotráfico através de ações militares aos cartéis de drogas, não combatendo - também - outros aspectos relacionados ao tráfico de drogas e o aumento da violência no país, como o vício propriamente dito, a corrupção, o desemprego ou a falta de oportunidades existentes nas áreas onde os traficantes atuam.
Os números da violência não param. Segundo o mesmo veículo de comunicação, 2010 já está sendo apontado como o ano mais violento do país (desde o início da campanha do governo contra o narcotráfico em 2006), com uma estimativa de cerca de 7 mil mortos em decorrência da violência ligada ao tráfico de drogas.
Só nos últimos sete dias (notícia publicada ontem), o número de óbitos pelos mesmos motivos já ultrapassou a casa dos 100.
Vale ressaltar, no entanto, que o país é grande e existem áreas que os índices de violência são baixos.
As cidades que apresentam os maiores índices de violência são, em geral, aquelas fronteiriças do norte do México. A Ciudad Juarez e Tijuana são as que apresentam os maiores índices de violência, sendo a primeira considerada a mais violenta do país e do mundo (2009). Os estados de Michoacan e Guerrero também apresentam níveis de violência.
O tráfico de drogas é um negócio que movimenta muito dinheiro. Para se ter uma ideia de sua magnitude, o professor de direito Edgardo Buscaglia, um dos maiores especialistas em crime organizado do mundo e assessor da ONU, em entrevista ao jornal "Dallas Morning News", afirmou que o tráfico de drogas gera entre 44% e 48% da renda bruta total do país por ano.
E, de acordo com a Associação de Bancos do México (ABM), anualmente, o narcotráfico lava um montante entre US$ 19 bilhões e US$ 29 bilhões. A maior parte desse dinheiro é destinado para a compra de armamento pesado usado nos confrontos entre os cartéis e as forças de segurança do país.
A situação caótica por qual perpassa o Méxixo diante do aumento da violência associada ao tráfico de drogas e das ações dos cartéis do narcotráfico é algo que tem que ser tratado não só ao nível de poder público, mas também na esfera da sociedade.
E faço das palavras do jornalista Reveles as minhas, pois a rede de abrangência do tráfico de droga é muito ampla. Não basta atacar somente um ponto, sem abranger os demais que se encontram intrinsecamente ligados. Além disso há a necessidade de oferecer políticas capazes de assegurar investimentos maiores ao sistema educacional do país, a programas sociais, à construção e ampliação de Centros de Tratamento a viciados, bem como na geração de novas oportunidades de emprego à população..



Cerca na fronteira entre a densamente povoada cidade de Tijuana (México) e San Diego (Estados Unidos0), no setor da Patrulha Fronteiriça. (Fonte: Wikipedia)

Bandeira do México (Fonte: Wikipedia)


Presidente do México, Felipe Calderon (Fonte: Wikipedia)



Sítio arqueológico de Chichén-Itzá (Fonte: Wikipedia)




Palácio Nacional, Cidade do México (Fonte: Folha OnLine)




Catedral Metropolitana da Cidade do México (Fonte: Folha OnLine)




Casa Azul e, hoje, museu, onde a pintora Frida Kahlo nasceu (Fonte:Viajeaqui)




Praia deserta no caminho de Tulum (Fonte: Viajeaqui)





Comércio de bonequinhos de Cháves e Chiquinha (Fonte: Viajeaqui




Para ver imagens da Guerra contra o Narcotráfico no México, clique AQUI! Aviso, há imagens fortes.


Fontes de Consulta
. Wikipedia

Países e Territórios do Continente Americano

Ontem, retirei esta postagem do Blog para mudar e incluir outros mapas, assim como alguns dados que faltaram na hora de transportar o tópico. Em consequência disso, o atualizei com a data de hoje.






Apesar de já ter postado, no ano passado, sobre os países da América ( "Países, Capitais e Imagens da América"), estou aproveitando uma pergunta feita no Mural de Recados para compartilhar a questão em si neste espaço.
Além disso, na postagem acima citada, datada de 10/11/2008, eu não individualizei os países de acordo com a Divisão Física do continente (Américas do Norte, Central e do Sul) e, muito menos, citei os territórios abrangidos.

. PAÍSES DA AMÉRICA DO NORTE



Canadá (8): Ottawa
Estados Unidos da América (16): Washington
México (23): Cidade do México




TERRITÓRIOS
Bermudas (Reino Unido)
Groenlândia (Dinamarca)
São Pedro e Miquelon (França)




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. PAÍSES DA AMÉRICA CENTRAL














. PAÍSES DA AMÉRICA CENTRAL CONTINENTAL





Belize (5): Belmopan
Costa Rica (11): San José
El Salvador (14): San Salvador
Guatemala (18): Cidade de Guatemala
Honduras (21): Tegucigalpa
Nicarágua (24): Manágua
Panamá (25): Cidade do Panamá





. PAÍSES DA AMÉRICA CENTRAL INSULAR

Antígua e Barbudas (1): Saint John'sBahamas (3): Nassau
Barbados (4): Bridgetown
Cuba (12): Havana
Dominica (13): Roseau
Granada (17): Saint George’s
Haiti (20): Porto Príncipe
Jamaica (22): Kingston
República Dominicana (28): Santo Domingo
Santa Lúcia (29): Castries
São Cristóvão e Névis (30): Basseterre
São Vicente e Granadinas (31): Kingston
Trinidad e Tobago (33): Port of Spain

TERRITÓRIOS
Anguila (Reino Unido)
Antilhas Holandesas (Países Baixos)
Aruba (Países Baixos)
Guadalupe (França)
Ilhas Cayman (Reino Unido)
Ilhas Turks and Caicos (Reino Unido)
Ilhas Virgens Americanas (EUA)
Ilhas Virgens Britânicas (Reino Unido)
Martinica (França)
Monte Serrá (Reino Unido)
Porto Rico (EUA)



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. PAÍSES DA AMÉRICA DO SUL



Argentina (2): Buenos Aires
Bolívia (6): La Paz
Brasil (7): Brasília
Chile (9): Santiago
Colômbia (10): Bogotá
Equador (15): Quito
Guiana (19): Georgetown
Paraguai (26): Assunção
Peru (27): Lima
Suriname (32): Paramaribo
Uruguai (34): Montevidéu
Venezuela (35): Caracas


TERRITÓRIOS
Guiana Francesa (França)
Ilhas Malvinas (Reino Unido)



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NOTA: Há muitos anos, eu utilizo este mapa nas minhas aulas do 8° ano, inclusive, utilizei no Projeto dos Jogos Pan Americano (2007) até com os alunos do 6° ano. Contudo, a fonte de onde ele foi extraído, eu não sei mais.
Era uma edição antiga de um livro didático, que nas publicações posteriores já não anexava o mapa. Em virtude da atualização, eu aproveitei o mapa para trabalhar com os alunos, mas não copiei a fonte e, hoje, não sei mais de qual livro e autor, ele fazia parte.
Se alguém tiver alguma referência quanto à autoria deste, peço que entre em contato comigo através deste ou pelo meu e-mail (marlioliveira@oi.com.br) a fim de que eu possa citar a fonte original.

2 comentários:

vitin disse...

e

Mônica Santos disse...

Adorei seu blog mas gostaria de fazer uma correção, se me permite.
Ilhas Malvinas é o nome dado pela Argentina. Como você colocou que as ilhas pertencem ao Reino Unido, elas deveriam ter sido chamadas de Falklands.