CAPÍTULO 13
As raízes do
subdesenvolvimento africano (Página 124)
Questões
de compreensão
1.
No século XX, as principais potências europeias apropriaram-se das riquezas de
suas colônias. Assim, a partir do século XVI, os portugueses passaram a
substituir mão de obra indígena na América pela de escravos africanos. Já no
século XIX, os europeus passaram a explorar os recursos naturais no continente.
Desse modo, promoveram uma maior ocupação e divisão dos territórios na África.
2.
A Revolução Industrial que se desenvolvia na Europa passou a exigir cada vez
mais matérias-primas, como ferro, cobre,
chumbo, algodão e borracha, recursos que passaram a ser intensamente explorados
no continente africano.
3.
A introdução das plantations na
África provocou uma desarticulação no sistema de produção que estava instalado no continente. Os povos que se
dedicavam ao pastoreio ou à caça e à coleta de frutos para se alimentar passaram
a ser empregados nas lavouras destinadas à produção de gêneros para o mercado
externo, o que levou a uma drástica redução das lavouras de alimentos.
4.
Os europeus impuseram sua cultura; obrigando os povos nativos a usar roupas e a
mudar seus hábitos alimentares, visto que estes passaram a plantar produtos que
não faziam parte de suas dietas tradicionais. Nas escolas implantadas pelos
europeus, ensinava-se a língua do colonizador.
5.
No colonialismo, os colonizadores exploraram o continente africano a fim de
suprir suas necessidades de matérias-primas. No neocolonialismo, as nações
africanas ainda dependem das relações comerciais com suas antigas metrópoles.
6.
Não.Apesar de terem conquistado a independência política, os países africanos
ainda mantêm uma economia voltada ao
abastecimento do mercado externo. Esses países ainda dependem das relações
comerciais que mantêm com os países
europeus, para os quais continuam a fornecer matérias-primas vegetais e
minerais, e dos quais importam
tecnologia e produtos industrializados.
Análise
de mapas
1.
O mapa A mostra a divisão dos grupos étnicos na África. O mapa B mostra a divisão
política atual no continente africano.
2.
Não. A partilha da África entre os países da Europa acabou desestruturando violentamente
a organização política, econômica e cultural da maioria dos povos africanos, os
quais, havia séculos, mantinham modos de vida muito particulares. O
estabelecimento de fronteiras territoriais sem levar em conta limites
territoriais que já existiam entre os
grupos étnicos e a introdução de atividades agrícolas (plantations) e de mineração geraram grandes conflitos e problemas sociais
naquele continente.
3. Pode-se dizer que grande parte dos
conflitos étnicos deve-se à reorganização do espaço africano pelos
colonizadores europeus, que se caracterizou, especialmente, pela exploração e
pelo desrespeito às necessidades dos povos que habitavam o continente antes da
colonização.
CAPÍTULO 14
A apropriação do espaço geográfico na
África (Página 134)
Questões de compreensão
1.
Muitas áreas de clima árido, no deserto do Saara, sobretudo no Egito e na
Líbia, são utilizadas para a atividade agrícola, o que se tornou possível
mediante a aplicação de recursos avançados de irrigação e de adubação do solo.
2.
Os oásis, verdadeiras ilhas úmidas
existentes nos desertos, são muito aproveitados pelos povos que vivem nessas áreas, pois permitem o desenvolvimento
de atividades agropecuárias. Neles, são cultivados gêneros como frutas e
hortaliças e são realizadas pequenas criações de animais. Por isso, os oásis
são tão importantes para os povos que vivem no deserto.
3.
Na África Islâmica, a agropecuária é
bastante influenciada pelas características naturais da região, sobretudo pela existência do deserto do Saara. De
maneira geral, as atividades agropecuárias na África Islâmica destinam-se, em
grande parte, à subsistência. Já na África Subsaariana, há predomínio das
monoculturas comerciais, cuja produção destina-se à exportação.
4.
A variedade de climas que atuam na
África do Sul possibilita a grande diversificação da produção agrícola, com
o cultivo de lavouras típicas de clima
subtropical, como o vinho e a oliveira; do clima temperado, como o trigo e
o centeio; e do clima tropical, como o
café, a cana-de-açúcar e o milho.
5.
Na África Subsaariana, convivem, lado a
lado, uma agricultura monocultora comercial, desenvolvida em grandes propriedades rurais, e uma agricultura de
subsistência, realizada por comunidades que exploram a terra de forma coletiva.As principais implicações
dessa estrutura fundiária desigual são os conflitos entre a população nativa e os fazendeiros, em decorrência das
disparidades na produção agropecuária e no uso da terra.
6.
A "exploração" do território
africano ocorreu tanto com os colonizadores europeus, no passado, como com as companhias mineradoras de origem
norte-americana, europeia e japonesa, que hoje atuam na África. Eles foram atraídos pela abundância de jazidas
minerais existentes no continente, como as reservas de ferro, cobre, ouro, diamante e petróleo.
7.
O desenvolvimento de culturas de subsistência e do pastoreio tem intensificado
o desmatamento, principal- mente na
região do Sahel, Com os solos desprotegidos, os processos erosivos
intensificam-se, causando a desertificação
de muitas áreas. Esse fenômeno também vem se agravando por causa da construção
excessiva de poços artesianos, que estão
exaurindo rapidamente os lençóis subterrâneos. Sem água ou solo para plantar; as
famílias
acabam
abandonando as aldeias e migram para as grandes cidades da região ou para
outras áreas de estepes.
8.
A fome na África está ligada a um
conjunto de fatores que leva sua população a apresentar quadros alarmantes de subalimentação. Esse flagelo deve-se tanto
à expansão das monoculturas de exportação, o que provoca a diminuição na oferta de alimentos, quanto à
utilização de solos pouco férteis e suscetíveis aos processos erosivos, como aqueles encontrados nas áreas
de florestas e savanas. Os conflitos naquele continente também contribuíram
para o agravamento do problema, já que muitas guerrilhas destroem lavouras e
matam rebanhos na tentativa de fragilizar o inimigo.
Análise de dados e relatório
Quadro
I - savana; quadro II - floresta tropical e equatorial; quadro III - desertos.
CAPÍTULO 15
Indústria, urbanização e movimentos
populacionais na África (Página 142)
Questões de
compreensão
1.
A África do Sul é um país de industrialização tardia, como o Brasil, o México e
a Argentina. Sua produção industrial é expressiva e diversificada, com destaque
para os setores automobilístico, siderúrgico, químico e alimentício.
2. Dois fatores principais explicam o reduzido
desenvolvimento da atividade industrial na África: a existência de um mercado consumidor bastante restrito,
já que a maioria da população vive em estado de pobreza, e a falta de interesse dos empresários locais e
das multinacionais em investir na implantação de indústrias. As empresas
multinacionais remetem os lucros obtidos para seus países de origem, não
investindo na estrutura industrial dos
países africanos; além disso, pagam baixos salários aos trabalhadores locais.
3.
Muitos dos recursos que os países da África recebem como ajuda externa acabam
sendo desviados para fins militares, como compra de armamentos, ou pela
corrupção, que enriquece políticos, reis e presidentes.
4. A intensificação do processo de urbanização
na África, nas últimas décadas, está ligada aos intensos fluxos de migrantes rurais, que têm deixado o campo
em razão, principalmente, do empobrecimento dos solos, do avanço das monoculturas sobre as áreas
comunais e dos conflitos étnico-tribais, Sem os postos de trabalho e a infraestrutura necessários para acolher
os migrantes, as favelas proliferam nos grandes centros urbanos da África.
5. O
norte da África, por ser uma região dominada pelo clima desértico, apresenta um
povoamento bem inferior ao do restante
do continente. Com isso, as atividades econômicas desenvolvidas nesse espaço
também são bastante limitadas, pois a atividade agrícola é pouco desenvolvida e
a rede de transportes é muito incipiente.
Portanto, a organização do espaço geográfico daquela região está
diretamente relacionada às suas características naturais.
6. Muitos africanos, nas
últimas décadas, emigraram, sobretudo para a Europa, em busca de asilo político,
trabalho e melhores condições de vida. A maioria deles, no entanto, vive na
clandestinidade, trabalhando em subempregos e sofrendo uma forte discriminação
por parte dos europeus. As migrações acabam levando os países africanos a
perder um contingente populacional que poderia estar trabalhando e gerando riquezas
em seus países de origem.
7. Verifique as relações
estabeleci das pelos alunos entre os aspectos citados.
Construção e análise de gráfico
As informações descritas nos quadros referem-se aos
seguintes períodos da evolução demográfica da África: 1920-1969 (quadro A); 1850-1920 (quadro B);
1969-2008 (quadro C); 1650-1850 (quadro D).
3 comentários:
horrivel, nao entendi nadaaaa
Que merda
não foi nada explicativo
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