domingo, setembro 16, 2012

Conceito Antropológico de Cultura


por Flávio Bueno
1º escopo questionado
Cultura é uma palavra que tem sua origem gramatical no latim, que retrata o ideal de cultivar, ou seja, refinação de algo ou parâmetro a ser trabalhado. Por muito tempo, esta definição estendeu a imagem de quem não fosse detentor de uma boa educação, ou de uma boa cultura eram indivíduos abrasivos, ignorantes. Neste sentido, surgia definição mais correta segundo os pesquisadores acerca da cultura, de que está era como um processo de cultivo da alma, cultivo das próprias aptidões do ser humano. Tal assertiva corrolabora com a questão de que a antropologia descreve as diferentes formas pela qual a sociedade compreende o meio onde está inserida, bem como, a sua disposição perante esta percepção periódica. O estudo, neste sentido, reflete a cultura de um grupo para com a sua dimensão instrumental, determinada como cultura material, isto é, aquilo que é produzido pelo homem versus as questões inseridas a dimensão cosmológica-cognitiva-organizacional. É importante salientar que estes pontos referem-se às fundamentações ideológicas, que junto com múltiplos fatores cooperam para a definição propriamente dita do que é cultura. Está implantado neste processo o saber, a língua, a religião, entre outros fatores, ou seja, a visão antropológica cultural analisa a ciência relacionada ao homem desde o seu surgimento até a sua evolução natural, o que determina o ideal de que tal ciência retrata o comportamento do homem em seu convívio social.
2º Escopo questionado
No que se refere à questão organizacional da antropologia, o primeiro ponto de destaque é a concepção das formas em que os grupos sociais se estabelecem no processo de circulação entre si, principalmente, no estabelecimento de modos de produção econômica, técnicas, organizações, sistemas, crenças, etc.; enfocando a sua cultura material. Neste sentido, os estudos relativos à estrutura de valores e de crenças dentro das organizações passaram a ter valor significativo fundamentados pela cultural organizacional japonesa que trouxe para os Estados Unidos uma forma instigante de comando e organização que propiciava desenvolvimento de suas empresas. A questão interessante neste processo é que o surgimento da competitividade trouxe a tona à importância de uma nova fundamentação organizacional para as companhias, pois ele tem como meta o estudo da previsão, explicação, compreensão e modificação do comportamento humano, principalmente no contexto empresarial. Tais características ainda se afirmam com a idéia de enfoque dos comportamentos observáveis, individuais e sociais de um grupo ou de uma organização que resultam na aproximação entre administradores e funcionários. Vale ressaltar que a cultural organizacional antropológica ainda se vale de três questões fundamentais para a sua caracterização: a postura empiricista que analisa a sociedade de acordo com a sua realidade, a postura do antropólogo que traz os estudos sociais como observador e participante, e por ultimo, o terapeuta que analisa as características sociais do grupo vigente e delas interpretam e analisam as variáveis presentes no grupo.

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