O general Rommel sofreu o impacto direto dos equívocos da ação militar de Adolf Hitler.
Erwin Rommel foi um dos principias responsáveis pela condução das
forças alemãs durante a Segunda Guerra Mundial. Sua projeção na carreira
militar lhe concedeu também o cuidado com a guarda pessoal de Hitler,
que admirava-o profundamente por sua trajetória de vida semelhante ao do
próprio Füher. No entanto, Ro
mmel foi bem mais do que um servo fiel à maquina nazista que – na primeira metade do século XX – tomou conta da Alemanha.
Contrariando o senso comum das carreiras militares daquela época,
Rommel não tinha uma origem ligada aos setores tradicionais da
aristocracia alemã. Sua entrada no exército se deu graças ao programa
reformador de Guilherme II, que abriu portas para que emergentes
integrassem as forças germânicas. Combinando astuta inteligência militar
e um forte senso de obediência, Rommel teve grande destaque nos
conflitos da Primeira Guerra Mundial.
Talvez por ter vivido de
perto a derrota militar alemã e integrar os reduzidos 4 mil postos
militares impostos pelo Tratado de Versalhes, esse militar simpatizou-se
com o ideário nazista. Entretanto, ao contrário do que possamos
imaginar, a relação entre Rommel e Hitler se estreitou graças ao líder
do partido nazista. No período do Entre - guerras (1918 – 1939), Rommel
lançou um livro de grande repercussão chamado “Ataques de infantaria”,
que chegou às mãos de Adolf Hitler.
Durante o governo de
Hitler, Rommel inicialmente foi incumbido da missão de preparar
militarmente as fileiras da “Juventude Hitlerista”. Com o início da
guerra, Hitler o convocou para comandar o destacamento que escoltava o
trem que conduzia Hitler para ver de perto as conquistas empreendidas na
Polônia e na Tchecoslováquia. Nesse período, Hitler questionou Rommel
sobre qual tarefa gostaria de assumir na guerra. Tendo seu pedido
atendido, Rommel assumiu a 7ª Divisão Panzer de Blindados.
Ligado a esse destacamento das forças militares alemãs, Rommel teve a
oportunidade de participar da campanha de invasão à França. A velocidade
de penetração da divisão comandada por Rommel rendeu-lhe o nome de
“Divisão Fantasma”, pois, às vezes, nem os oficias alemães conseguiam
controlar a posição do exército comandado pelo astuto militar alemão.
Depois de galgar importantes vitórias na invasão francesa, Rommel foi
incumbido de apoiar as forças italianas, liderando os Afrika Korps.
Nesse período, a ousadia de Rommel não conseguiu resistir aos equívocos
do avanço militar exigido por Hitler. Mesmo sendo uma figura próxima ao
Füher, Rommel não conseguiu convencer o chefe alemão da urgência no
envio de mais reforços para a África e, mais tarde, do recuo do Eixo
frente à vantagem militar dos Aliados. Em 1943, adoentado pelo desgaste
nos conflitos, Rommel saiu dos campos de batalha da Segunda Guerra.
No ano seguinte, foi incumbido por Hitler de comandar uma missão que
deveria impedir a investida dos Aliados na França. Nessa época Rommel já
não via com bons olhos o fato de Hitler comandar os exércitos na
clausura de seu bünker. Com as derrotas freqüentes na Normandia, o
comandante alemão resolveu aderir à tentativa de golpe contra Hitler
liderada pelo coronel Claus von Stauffenberg.
A tramóia dos
conspiradores incluía um plano de assassinato de Hitler. Rommel não
apoiava esse tipo de ação, pois acreditava que a morte do líder alemão
poderia prejudicar a imagem pública dos novos líderes nazistas. O
atentado contra Hitler acabou não funcionando, o que gerou uma grande
devassa que perseguiu um a um dos envolvidas no golpe. Em pouco tempo o
nome de Rommel surgiria, já que o seu nome era o mais indicado para
reorientar o Terceiro Reich.
A denúncia de Rommel causou um
verdadeiro dilema para os comandantes nazistas. Como seria possível
preservar a aparência coesa das forças alemãs caso soubessem que um dos
líderes da alta cúpula tramou contra o füher? Para contornar o incômodo
dessa situação, Hitler enviou os generais Ernst Maisel e Wihelm Burgdorf
para proporem uma “saída diplomática” para sua traição.
Na
primeira hipótese, Rommel seria acompanhado pelas tropas que cercavam
sua casa para que o mesmo cometesse suicídio e fosse dado como morto
devido seus ferimentos de guerra. Caso resistisse ao convite dos
generais alemães, seria julgado de maneira sumária sendo que sua família
também poderia sofrer as mais terríveis retaliações. Sem opções, Rommel
se justificou aos seus familiares dizendo ser essa solução menos
traumática.
O general Rommel saiu de sua casa vestindo seu
uniforme de general. Pouco tempo depois, sua família recebeu uma ligação
de um hospital avisando da morte do oficial. Para encerrar o plano
traçado, o decadente chefe do Estado germânico mandou um cartão de
condolências pela morte do marechal-de-campo que seria “para sempre
ligado às heróicas batalhas no norte da África”.
2 comentários:
Vorwarts!
Acredito que se ele não fosse morto ele conseguiria conduzir uma boa resistência na França contra a invasão.
Rommel NÃO era nazista. Não possuía nenhum laço com o NSDAP.
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