segunda-feira, junho 04, 2012

Estados Unidos - Texto para fixação!!!!

A INDUSTRIALIZAÇÃO CLÁSSICA II: OS ESTADOS UNIDOS I

Os Estados Unidos da América são a maior potência industrial e econômica do mundo, e o início da aceleração de seu desenvolvimento industrial deu-se no século XIX. Ao fazer a análise de seu processo de industrialização, é importante compreender a formação territorial do país, base de sua expansão econômica e industrial no século XX.

A formação territorial
Na América do Norte, a ocupação inglesa deu-se principalmente pelo povoamento, e não pela exploração. Um dos motivos foi a falta de uma atividade altamente lucrativa que pudesse gerar uma exploração mais intensa, como foi o caso do ouro na América espanhola e do açúcar no Brasil. Por ter um clima temperado, a possibilidade de produção agrícola na América do Norte era em grande parte de produtos já existentes na Inglaterra. E os custos de produção e transporte eram maiores que na Europa, por isso esses produtos não tinham grande valor comercial. Desse modo, a economia da colônia estava voltada para o mercado interno e caracterizava-se por pequenas e médias propriedades e trabalho livre.
A economia estadunidense só passou a ter maior importância internacionalmente quando as ilhas do Caribe começaram a produzir açúcar, no século XVII, iniciando o comércio triangular, que deu grande impulso às atividades agrícolas e manufatureiras da América do Norte.
Independência e expansão territorial
Após a independência das Treze Colônias inglesas, em 1776, teve início um processo de expansão territorial dos EUA, que foram adquirindo novos territórios até chegar à configuração atual. O território das Treze Colônias era de cerca de 1 milhão de km²; atualmente, o território dos EUA chega a mais de 9 milhões de km².
As Treze Colônias já possuíam, no momento de sua independência, indústrias voltadas para os mercados locais: extrativas (pesca, peles, madeira, ferro), de construção naval e manufatureiras (têxteis e de alimentos).
A expansão territorial iniciada após a independência esteve em grande parte relacionada às características do meio físico do continente e à organização política adotada pela Federação. Criaram-se assim as condições para a unidade territorial, que foi fundamental para a consolidação dos EUA como potência.
Natureza e sociedade na formação territorial
Desde o princípio da colonização, as condições naturais da América do Norte propiciaram a constituição de realidades econômicas diferentes nas colônias do sul e do norte.
A porção norte da planície costeira (entre o oceano Atlântico e os montes Apalaches) era uma faixa estreita, de solo pedregoso e inverno rigoroso, que impossibilitava a agricultura de grandes extensões e a produção de mercadorias que interessassem à Europa. Já a porção sul se estendia por mais de 320 quilômetros continente adentro e apresentava solo fértil e um clima propício para o plantio do fumo e do algodão. Assim, a agricultura se desenvolveu de forma mais acentuada no sul do território norte-americano.
Nas colônias do norte e do centro predominaram a policultura e a pesca. Nessas regiões desenvolveu-se uma indústria pesqueira e de construção naval, o que deu a elas um caráter industrial.
A região mais a oeste, logo depois dos montes Apalaches, foi colonizada pelos franceses, que exerciam as atividades de caçadores e comerciantes de peles, mercadoria muito apreciada na Europa. Houve grande afluxo de imigrantes ingleses para lá, o que provocou sérios confrontos entre a França e a Inglaterra. A superioridade inglesa garantiu sua vitória, em 1763, com a consequente anexação dos territórios que iam dos montes Apalaches até o rio Mississipi, com exceção de Nova Orleans. Grande parte da produção dessas novas terras era escoada pelo rio Mississipi até o porto de Nova Orleans, território francês.
O papel da imigração na formação territorial
Até os anos 1920, 150 anos após a independência, chegaram ao país cerca de 40 milhões de imigrantes europeus. A chegada dessa mão de obra qualificada teve grande importância para a industrialização e a ocupação territorial dos EUA.
Também contribuiu para a formação populacional do país a migração de latinos e africanos, que tomaram a população estadunidense muito diversificada. Os africanos foram, durante muito tempo, escravizados nas fazendas do sul. Somente após a Guerra de Secessão, em 1865, houve a abolição da escravidão, mas o racismo passou a ser uma característica marcante dos antigos estados escravistas.
A venda de terras a baixos preços possibilitou um grande afluxo migratório para o oeste do território norte-americano. Esses migrantes ocuparam territórios que não pertenciam então ao país, como é o caso de grande parte do território mexicano. Uma guerra travada entre o México e os EUA, que durou de 1845 a 1848, levou o primeiro a perder cerca de um terço de seu território (os atuais estados do Texas, Novo México e Califórnia).
Em 1862, foi criado o Homestead Act, que previa a distribuição de terras gratuitamente para estrangeiros que chegassem ao país, o que aumentou mais ainda sua ocupação territorial. É preciso lembrar que grande parte dessa colonização oficial esteve relacionada ao extermínio dos milhões de índios que ocupavam essas regiões, como os sioux, apaches e cheyennes, entre outros. No período anterior à colonização estima-se que existiam mais de 10 milhões de índios na América do Norte; após a formação territorial dos EUA, em 1912, restavam menos de 300 mil.
Saiba mais - A ocupação territorial e as ferrovias
As ferrovias contribuíram muito para a integração dos Estados Unidos. Elas foram construídas com o intuito de transportar as diversas mercadorias para as áreas industriais do país e escoar a produ• ção dessas áreas, passando a ligar todo o território nacional.
Agricultura e industrialização
o setor agrícola tem grande importância nos EUA, pois impulsionou a ocupação territorial e possibilitou a formação de um amplo mercado interno para os produtos industriais.
Uma das diferenças entre a economia agrária dos Estados Unidos e outras economias agrárias é o fato de que nesse país a industrialização pôde contar com a participação das agroindústrias. Também contou com a presença de um amplo setor de serviços, inclusive públicos, como a pesquisa agropecuária e a extensão rural (ensino e demonstração aos agricultores dos novos conhecimentos e técnicas agrícolas), já introduzidas desde o século XIX.
Atualmente, os EUA são uma grande potência agrícola, o maior produtor e exportador mundial de alimentos. A variedade de climas e a extensa área territorial contribuíram para isso. A atividade rural estadunidense caracteriza-se pela presença da produção familiar altamente tecnificada e por grandes propriedades na região de plantio de grãos e criação de gado, no meio-oeste. Também apresenta grande especialização agrícola. Algumas regiões, conhecidas como cinturões (belts), são especializadas em determinada produção.
A agricultura é responsável por cerca de 35% da riqueza gerada no país. Incluem-se aí as indústrias ligadas diretamente à agricultura (equipamentos agrícolas, fertilizantes, defensivos, transformação de produtos agrícolas, etc.) e os agrosserviços (setor de serviços ligados à agricultura). Os principais produtos cultivados são milho, soja, algodão e trigo. Na pecuária, destacam-se as criações de bovinos e suínos, A expansão da agricultura e da pecuária também tem contribuído para o desmatamento no país.
Uma agricultura integrada
Além de a agricultura ser bastante modernizada e estar interligada à indústria e ao setor de serviços, também o capital financeiro atua de forma importante no setor agrícola, já que boa parte dos produtos é comercializada em bolsas de mercadorias, garantindo uma integração nacional da produção.
O sistema farmer (pequenas propriedades que utilizam o trabalho familiar) caracteriza-se pelo uso de tecnologia. Assim, uma família não necessita de muita mão de obra e pode continuar no campo e se sustentar. A utilização de tecnologia e maquinário nessa pequena agricultura torna possível também o desenvolvimento da indústria de máquinas e equipamentos agrícolas, de grande importância no desenvolvimento econômico norte-americano.
Destaca-se também na agricultura a diversidade de formas de aproveitamento do solo. Podem-se identificar dois grandes modelos agrícolas. O modelo texano é baseado em grandes propriedades que produzem grãos e fibras no meio-oeste, Elas são especializadas na produção de commodities, produtos primários comercializados no mercado mundial. A base dos seus ganhos está na intensificação do aproveitamento do solo e no aprofundamento do ganho de escala (resultante da produção em grandes quantidades).
O modelo californiano tem por base a produção, em pequenas propriedades, de mercadorias diferenciadas, que necessitam de atenção especial. Seu ganho está, portanto, associado às especificidades da produção e não à escala, Em ambos os casos, o uso da tecnologia é fundamental para alcançar maior produtividade e maiores lucros.

As bases da industrialização
Os EUA possuem um parque industrial amplo e diversificado. A atuação de suas empresas industriais, que se encontram entre as maiores do planeta, dá-se em nível mundial. Uma série de fatores contribuiu para a consolidação do país como potência industrial. Um dos principais foi a existência prévia, durante a Revolução Industrial do século XVIII, de manufaturas e pequenas indústrias.
Além disso, é importante ressaltar que as riquezas naturais do país, como carvão e minério de ferro, e a ampla disponibilidade de água favoreceram, em grande medida, a industrialização. Esses recursos foram fundamentais para a criação de uma das siderurgias mais poderosas do mundo. Os rios e o litoral recortado fizeram da navegação uma importante forma de transporte.
A distribuição industrial dos Estados Unidos, sobretudo no nordeste, está bastante ligada à localização dessas riquezas naturais. Destacam-se as indústrias siderúrgicas na Pensilvânia (região com jazidas carboníferas); a indústria automobilística em Detroit, localizada em posição estratégica para a recepção de matérias-primas; e a indústria de equipamentos agrícolas e de material ferroviário em Chicago.
Existem ainda na região nordeste outras indústrias altamente competitivas, que passam por fase de reestruturação. O nordeste é a área industrial mais tradicional dos EUA e abriga grandes cidades, inclusive duas megalópoles (extensa área urbanizada, com a junção de duas ou mais metrópoles): Boston-Washington e Chicago-Pittsburgh.
Nas últimas décadas a descentralização industrial fez emergir outras regiões do país como importantes zonas industriais. Esse é o caso da costa oeste, com destaque para Seatde na indústria aeronáutica e da Califórnia (vale do Silício) na produção de alta tecnologia (microinformática, química fina, robótica, etc.). A Flórida destaca-se pela indústria aeroespacial e por uma ampliação das áreas ligadas à produção tecnológica, os tecnopólos.
Também merece destaque a saída de empresas que, necessitando de muita mão de obra, utilizaram a estratégia de se instalar no norte do México, onde os sindicatos pouco organizados e a mão de obra barata garantem uma redução significativa nos custos de produção. Trata-se das chamadas indústrias maquiladoras. Os EUA são fortes em praticamente todos os setores industriais, mas destacam-se as indústrias automobilística, naval, aeroespacial, química e farmacêutica, além do complexo industrial militar.
Em 2009, porém, o setor automobilístico passou pela maior crise de sua história, sendo necessário o aporte de bilhões de dólares do governo para tentar evitar a falência das mais tradicionais empresas do setor.
A INDUSTRIALIZAÇÃO CLÁSSICA II: OS ESTADOS UNIDOS II

O papel das inovações
A consolidação da indústria norte-americana está relacionada a três fatores fundamentais: o maquinismo, a rede de transportes e o papel do empresário.
Maquinismo é o nome dado à ampla utilização de máquinas na produção. A invenção e a utilização de máquinas estão bastante ligadas à indústria têxtil e à agricultura.
A instalação de uma vasta rede de transportes associada às riquezas minerais possibilitou a acumulação de capital em todo o país e sua aplicação no setor industrial. Ao integrar o país de leste a oeste, ampliou-se o mercado interno e a industrialização, com maior aproveitamento do potencial de cada região.
o papel dos empresários foi também muito importante no processo de industrialização norte-americano. Os grandes empreendedores valeram-se das invenções para aumentar a geração de riquezas. Um dos maiores exemplos é Henry Ford (1863-1947), o criador da produção em massa de automóveis. Alguns empreendedores passaram de pequenos empresários a grandes magnatas - daí a imagem do self-made man (o homem que se faz por si mesmo, que consegue enriquecer pelo esforço próprio). Além disso, as políticas públicas que incentivavam o espírito empreendedor também ofereceram condições para os empresários progredirem.
O maior destaque, no entanto, deve ser dado ao grande incentivo às inovações tecnológicas (inventos ou novos processos). A pesquisa científica aplicada à indústria permitiu constante modernização e crescente eficiência industrial. Os recursos naturais não possuem valor econômico por si sós; dependem das condições tecnológicas para sua exploração econômica. A velocidade da exploração dos recursos naturais deveu-se, em parte, ao crescimento de um sistema de treinamento de engenheiros de minas e técnicos, com papel importante das universidades.
A inovação tecnológica permitiu também que recursos minerais sem valor reconhecido fossem transformados em matérias-primas de alto valor. A bauxita, por exemplo, pode ser convertida em alumínio, metal amplamente utilizado na indústria, pelo processo do fomo a arco elétrico. Também é um bom exemplo o petróleo, que, de recurso de moderada importância na iluminação pública, transformou-se em um dos recursos principais nos transportes e na produção de insumos industriais e tecidos.
Não só as invenções foram importantes no desenvolvimento tecnológico, mas também a aplicação da ciência na organização da produção (o taylorismo), trazendo um aumento da produtividade do trabalho. Com a melhor organização do trabalho, surgiu a produção em massa, voltada para o consumo em massa, que ficou conhecida como fordismo.
No pós-guerra, as inovações tecnológicas, antes ligadas à figura do empresário empreendedor, passaram a ser realizadas pelos centros de pesquisa das grandes corporações, mas ainda ligados às pesquisas nas universidades.
Fordismo, produção em massa e american way of life
A produção em massa, característica do fordismo, permitiu a redução dos preços, favorecida pela concentração financeira dos EUA, e tornou possível o financiamento da produção e do consumo. A sociedade de consumo, base do fordismo, ficou conhecida como american way of life. O fordismo contribuiu para o período de maior crescimento econômico da história do capitalismo, entre 1948 e 1973. Grande parte das características culturais e sociais de nossa sociedade hoje, a sociedade de consumo, está ligada à idéia do "modo americano de viver".

A hegemonia dos Estados Unidos hoje
As corporações
A hegemonia industrial dos EUA atualmente se deve, entre outros fatores, a consolidação de suas empresa por meio das corporações. Já na segunda metade do século XIX, os grandes capitais do sul, associados ao dinamismo do norte, aproveitaram-se da alternativa de investimento no oeste, para onde se deslocavam as ferrovias. Acompanhando a malha ferroviária, as importantes industrias do ferro e depois as do petróleo, transferiram-se para o oeste.
Nesse momento surgiram as primeiras grandes corporações e algumas delas se destacam até hoje – Andrew Carnegie (aço), W. Rockefeller (petróleo), Callis Huntington (ferrovias) e Philip Armour (alimentos).
Também no setor de telecomunicações, muitíssimo beneficiado pela aplicação das inovações tecnológicas, formaram-se grandes corporações. Essa empresa instalou cabos telegráficos transoceânicos que proporcionaram o encurtamento do tempo e do espaço nas transações comerciais, beneficiando o mundo dos negócios.

Hegemonia e o papel do Estado
A consolidação da hegemonia econômica dos EUA está relacionada ao papel desempenhado pelo Estado. Em 1823 foi lançada a Doutrina Monroe, base do expansionismo geopolítico do país, cujo lema era "A América para os americanos", posicionando-se contra o colonialismo europeu.
O Estado norte-americano sempre teve papel central no desenvolvimento de políticas industriais, concedendo incentivos às inovações tecnológicas, favorecendo a proteção do livre mercado e a construção de infra-estruturas de energia e de transporte, lançando mão de políticas protecionistas em setores pouco competitivos e adotando uma política externa favorável aos interesses das grandes empresas estadunidenses.
Foi após a Segunda Guerra Mundial que os EUA se consolidaram como a maior potência militar e econômica do mundo. Três fatores foram fundamentais para isso: a guerra não aconteceu em território norte-americano; o país emprestou grandes somas aos países europeus no decorrer da guerra, transformando-se em importante credor mundial; o complexo industrial militar estadunidense, durante os esforços de guerra, acabou por se transformar em um dos setores mais importantes do país, representando, até hoje, grande parte do PIB nacional.
A partir da segunda guerra mundial, a hegemonia econômica alcançada pelos EUA fez desse pais o maior fornecedor mundial de equipamentos e bens de consumo utilizados na reconstrução da Europa.
Desde a década de 1970, os EUA passaram a ter um déficit comercial crescente, ou seja, passaram a importar mais do que exportar. Para conseguir pagar os produtos comprados, tiveram de atrair grandes somas de capitais por meio de investimento financeiros (em bolsa de valores, investimentos diretos, títulos públicos, etc.)
Os norte-americanos consomem grande parte da produção global. É por isso que a crise que se iniciou em 2008 preocupou toda a economia mundial, pois o transtorno gerado no setor financeiro atingiu também o setor industrial, causando desemprego e diminuição no consumo.
Atualmente, os EUA são o maior produtor e consumidor de energia, possuem o maior parque industrial do globo, uma agricultura forte, grandes reservas dos principais recursos naturais e grandes bancos, que atual mundialmente. Além disso, são a maior potencia bélica do planeta. Esses fatores são fundamentais para tornar o país a maior economia do mundo e manter sua hegemonia.

Saiba mais – Esforço de guerra
Durante a Segunda Guerra Mundial, um grande número de indústrias ajustou sua linha de produção ao propósito de produzir materiais bélicos e suprimentos para o conflito na Europa. Ao terminar a guerra, essas indústrias detinham uma tecnologia importante na produção bélica, que, em muitos casos, levou-as a ter uma nova área de atuação.
Grande parte das inovações tecnológicas que conhecemos hoje teve origem na produção bélica, como o forno de micro-ondas e os computadores.

Europa ama Obama 
A obamania sacode o Velho Continente. Após semanas de crise financeira numa Europa onde decresce o poder aquisitivo e aumenta o espectro da recessão - mais as contínuas imagens televisivas de carnificinas provocadas pelo terrorismo e infindáveis guerras iniciadas por W Bush - finalmente uma noticia fabulosa: Barack Hussein Obama, o candidato democrata, será o novo presidente dos Estados Unidos.
A vitória ao cargo máximo da política, na terra do Tio Sam, de um homem de 47 anos com segundo nome Hussein, filho de pai queniano e muçulmano e mãe americana branca, traz bons presságios. A União Européia, e a maior parte de seus 27 integrantes, recebe Obama de braços abertos por um simples motivo, a política externa unilateral pilotada pelo provinciano W nos últimos oito anos se tomará multilateral.
Neste novo contexto, o Reino Unido continuará, como sempre, sendo o eterno aliado dos EUA. Mas com uma diferença: Obama tem maiores afinidades com o chanceler trabalhista Gordon Brown do que W tinha com Tony Blair, este seu braço direito na invasão do Iraque.
Visto que Berlim e Washington não atravessaram um período róseo sob W. (Berlim quer retirar seu contingente do Iraque), a chanceler alemã, Angela Merkel, anseia pela chegada ao poder de Obama. Já Luis Rodriguez Zapatero, o carismático premier socialista da Espanha, retirou o contingente espanhol do Iraque assim que eleito em 2004. Obama pretende, eventualmente, fazer o mesmo. Os dois certamente terão excelentes relações.
O francês Nicolas Sarkozy também se entende bem com W Dado o excesso de guerras e estragos geopolíticos provocados por W no Oriente Médio, o governo de Sarko se mostrou leal ao amigo americano fazendo ameaças contra o Irã. E fez mais: levou o dossiê Irã para a UE, que agora preside.
Eminências pardas do Élysée garantem que Sarko, de 53 anos, e Obama têm tudo para se tomar aliados: são pragmáticos, da mesma geração, ambos filhos de imigrantes ... Contudo Sarko tem um problema em relação a Obama que poderá ser prejudicial à relação dos dois. A obamania está ofuscando a fama de Sarko, ou melhor, o fenômeno bling-bling. Obama é ainda mais popular na França que no seu próprio pais. [ ... ]
A própria reação do editorialista do conservador Figaro, Paul-Henri du Limbert, deixa transparente que Obama superou, na Europa, até as ainda bem demarcadas divisões ideológicas. Escreveu Du Limbert: "No imediato, à direita como à esquerda, estamos encantados com a história do mestiço da classe média que se tomou presidente dos Estados Unidos".
Du Limbert, ao escrever "no imediato", está coberto de razão. Espera-se muito de Obama: paz entre Israel e os territórios palestinos, negociações com grupos insurgentes como Taleban e Hezbollah, e com países como, entre outros, Paquistão, Siria e Rússia, a ratificação do Protocolo de Kyoto, e, até o final de 2009, a conclusão de um acordo do meio ambiente. Isso sem contar o plano para lidar com a crise financeira e econômica global.
Desilusões não são uma impossibilidade. Os europeus terão de lidar com o indelével protecionismo do mercado americano praticado pelos democratas. Poloneses e outros povos do Leste Europeu, ainda traumatizados pela Guerra Fria, se sentem ameaçados por Moscou. De qualquer forma, a obamania na Europa é sinal de que há luz no fim do túnel.

A INDUSTRIALIZAÇÃO CLÁSSICA II: OS ESTADOS UNIDOS III

A pesquisa científica nos EUA
Embora normalmente vinculados ao ensino, os programas de pesquisa universitária destinados a atender as necessidades do setor produtivo local passaram a ter vida própria e se tornaram institucionalizados. A universidade de Oklahoma vem se destacando há muito tempo por suas pesquisas no campo do petróleo, enquanto as universidades de Illinois e Purdue trabalham em tecnologias de ferrovias, abrangendo desde projetos de caldeiras de locomotivas até sua manutenção e reparo. [ ... ]
A tradição das universidades estaduais em fazer pesquisas industriais genéricas tem se mantido até o presente. No começo dos anos de 1980, por exemplo, havia pelo menos 37 universidades norte-americanas fazendo pesquisa para produtos industriais de origem florestal. Em 1982, elas gastaram aproximadamente US$ 12 milhões nesse tipo de pesquisa, basicamente financiadas pelo governo de seus estados.
[ ... ]
No decorrer do século XX, as escolas norte-americanas de engenharia assumiram a liderança nas pesquisas de engenharia e ciências aplicadas, em que as indústrias eletrotécnicas se basearam. Problemas que requeriam pesquisas em áreas com alta voltagem, análise de redes ou propriedades de materiais isolantes eram empreendidas de maneira rotineira por essas escolas. Os equipamentos para a geração de transmissão de eletricidade foram projetados por professores de engenharia elétrica trabalhando em seus laboratórios universitários. A diferença qualitativa entre essas pesquisas e as realizadas anteriormente residia no fato de o crescimento da disciplina de Engenharia Elétrica ter dado origem a uma comunidade de profissionais tecnicamente treinados com conexão entre as universidades, assim como entre estas e as indústrias. Essas relações eram sistemáticas e cumulativas, e não mais ad hoc [externas] e esporádicas.
Embora o estabelecimento de novas empresas por professores universitários, com a intenção de comercializar suas descobertas de pesquisa, seja visto como um desenvolvimento peculiar dos anos posteriores à Segunda Guerra Mundial, a prática teve amplos antecedentes. A Federal Company, de Pala Alto, Califórnia, foi fundada por professores da Universidade de Stanford e tornou-se uma importante fornecedora de equipamentos de rádio, já durante a Primeira Guerra Mundial (Bryson, 1984). O klystron, uma válvula termiônica para geração e amplificação de sinais de micro-ondas em sistemas de comunicação de alta frequência, foi o produto de um acordo, em 1937, entre Hal e Sigurd Varian de um lado e o Departamento de Física de Stanford do outro. A Universidade de Stanford forneceu aos Varians acesso a seus espaços de laboratório bem como a seus docentes, além de uma verba anual de cem dólares por ano para materiais, recebendo em troca uma participação de meio por cento em qualquer patente resultante. Isto acabou sendo um excelente investimento para a universidade de Stanford.
è Qual a importância da relação entre universidades, setor industrial e produção científica nos EUA? Dê exemplos.
è Como a relação universidade-empresa pode afetar a pesquisa em seu âmbito social? Elabore um breve texto expondo sua opinião sobre esse assunto.

Revendo conceitos
1- Caracterize a forma de ocupação dos Estados Unidos nas colônias do sul e do norte.
2- Explique a importância da imigração na formação territorial do país.
3- Explique a importância do Homestead Act.
4- De que forma a agricultura contribuiu para a consolidação dos Estados Unidos como potência mundial?
5- Como são chamadas as regiões especializadas em determinado produto agrícola no país? Ouais são elas? Onde se localizam?
6- O que é maquinismo?
7- Cite três fatores fundamentais para a consolidação industrial dos Estados Unidos.
8- O que significa american way of life?

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