terça-feira, julho 31, 2012

1º ANO - REDE ISAAC NEWTON - ATIVIDADES POVOS E NAÇÕES

Leia a reportagem com atenção e responda os questionamentos ao final.
A empresária brasileira pediu ajuda do consulado em susposto caso de xenofobia.

Uma denúncia de agressão a duas crianças brasileiras em uma escola de Madri reacendeu na Espanha a polêmica sobre xenofobia nas instituições de ensino do país. A empresária paulista Mônica Patusca afirmou que seus filhos, Carlos Henrique, de 12 anos, e Ana Karina, de 9, foram alvo de agressões físicas e xingamentos racistas por parte de outros alunos do colégio pelo fato de serem estrangeiros.
O caso ganhou destaque na imprensa espanhola e levou o governo da Espanha a reconhecer que estudantes imigrantes são alvo de xenofobia nas escolas do país.
Mônica, que mora com os filhos na Espanha há quatro meses, disse à BBC Brasil que Carlos Henrique "chegou em casa com as pernas roxas várias vezes", afirmando ter sido agredido por um grupo de garotos da própria turma, da 7ª série do colégio Enrique Tierno Galván, em Madri.
Segundo ela, o filho está fazendo tratamento psicológico para suportar "uma perseguição xenófoba que acontece desde o primeiro dia de aula, com xingamentos e violência física".
Mônica contou ainda que chegou a prestar queixa na polícia com um boletim médico, mostrando que a filha sofreu agressão física durante o recreio. Ela também pediu ajuda ao consulado brasileiro em Madri, que mandou uma carta à escola relatando a reclamação da mãe dos alunos.
Segundo a empresária, que mora em Madri com os filhos desde dezembro de 2008, o colégio não tomou providências. Procurada pela BBC Brasil, a escola Enrique Tierno Galván não respondeu às acusações. A diretora Elena Maria Perex disse que a instituição "não faz declarações à imprensa".
Pesquisa
A denúncia de Mônica trouxe de volta ao país a preocupação com casos de xenofobia nas escolas espanholas. Um relatório de especialistas em educação e sociologia confirmou recentemente a situação vulnerável dos estudantes imigrantes. Segundo o informe do Observatório Estatal de Convivência Escolar - feito pelo Ministério de Educação no segundo semestre de 2008 - há grandes índices de rejeição dos estudantes espanhóis em relação a alunos estrangeiros.
Baseado numa pesquisa feita com 23.100 estudantes e seis mil professores do Ensino Fundamental de 300 colégios, a conclusão é de que os alunos espanhóis são pouco tolerantes para com os imigrantes. Quase a metade dos consultados, 46%, diz que prefere não fazer trabalhos escolares com companheiros latino-americanos.
Dois terços dos alunos afirmaram ainda que optariam por não estudar ao lado de ciganos, judeus ou marroquinos. Dos coletivos de imigrantes, os únicos bem-vistos são americanos e europeus ocidentais.
Segundo o ministério, o estudo tem como objetivo revelar as barreiras existentes a um convívio pacífico entre estudantes imigrantes e espanhóis, e criar "novas bases para resolver o problema".
Mas os autores do relatório admitem que a política de integração está falhando.
"Os coletivos imigrantes estão sob um grande risco de sofrer intolerância em seus âmbitos de atuação e, o que é mais grave, não houve melhora alguma dos últimos anos para cá em nenhum dos métodos de integração e informação", disse à BBC Brasil a diretora do informe, Maria Diaz-Aguado, catedrática de Psicologia da Educação da Universidade Complutense de Madri.
Falhas
A pesquisa revelou ainda que professores e alunos não estão de acordo com a orientação dada nas escolas sobre racismo e xenofobia. Apesar de 90% dos docentes terem respondido que seus colégios estão trabalhando para dar uma boa acolhida aos estudantes estrangeiros, 64% dos alunos acham que isso não é o que acontece. Sete entre dez alunos disseram que não têm boa formação ou informação sobre racismo e xenofobia, nem sabem o bastante sobre tolerância e respeito a outras culturas.
O informe também abordou a violência nas escolas, indicando que 80% dos estudantes são contra agressões racistas e xenófobas e 8% são favoráveis. Uma pequena parte dos alunos inclusive admitiu a participação em atos de violência dentro dos colégios; 3.4% disseram ter sofrido agressões físicas ou verbais e 2.4% disseram já ter agredido alguém.
Entre os agressores, 18% afirmaram que a cor da pele é um fator relevante para cometer um gesto violento e que ciganos e imigrantes são "alvos mais fáceis", principalmente os menores porque "circulam sozinhos e não se defendem".
"A escola é um microcosmos que responde à sociedade ao redor. Que haja casos de agressões físicas e verbais é gravíssimo", disse à BBC Brasil, Mariano Fernandez Enguita, catedrático em Sociologia pela Universidade de Salamanca e co-autor do informe.
Ele afirmou ainda que a Espanha "passa por um momento de ressaca da imigração alentado pelo debate político e a crise econômica" e que a solução está em criar políticas educativas que promovam a convivência.

Atualizado em  15 de abril, 2009 - 08:49 (Brasília) 11:49 GMT
Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/04/090414_brasileiragressao_fp.shtml

Atividades:
Como poderíamos conceituar a “xenofobia”?
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Quando  aprofundamos  nossos  estudos  sobre  o  tema,  encontramos  outras expressões com a mesma fundamentação discriminatória. Faça uma pesquisa na sala de leitura ou na sala de informática e conceitue as expressões: “Islamofobia” e “Neonazistas” procurando apontar a sua fundamentação.
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Você  verifica  alguma  forma  de  discriminação  por  parte  dos  seus  colegas? Transcreva nas linhas abaixo suas reflexões sobre o tema. Como combater isso? Debata com sua turma.
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A irracionalidade da razão: a doença da mente

Não estamos longe da verdade se entendermos  a tragédia atual da humanidade como o fracasso de um tipo de razão predominante nos últimos quinhentos anos. Com o arsenal de recursos de que dispõe, não consegue dar conta das contradições, criadas por la mesma. Já analisamos nestas páginas como se operou a partir de então, a ruptura entre a razão objetiva (a lógica das coisas) e a razão subjetiva(os interesses do eu). Esta se sobrepôs àquela a ponto de se instaurar como a exclusiva força de organização histórico-social.
Esta razão subjetiva se entendeu como vontade de poder e poder como dominação sobre pessoas e coisas.  A centralidade agora é ocupada pelo poder do “eu”, exclusivo portador de razão e de projeto. Ele gestará o que lhe é conatural: o individualismo como reafirmação suprema do “eu”. Este ganhará corpo no capitalismo cujo motor é a acumulação privada e individual sem qualquer outra consideração social ou ecológica. Foi uma decisão cultural altamente arriscada a de confiar exclusivamente à razão subjetiva a estruturação de toda a realidade. Isso implicou numa verdadeira ditadura da razão que  recalcou ou destruíu outras formas de exercício da razão como a razão sensível, simbólica e ética, fundamentais para a vida social.
O ideal que o “eu” irá perseguir irrefreavelmente será um progresso ilimitado no pressuposto inquestionável de que os recursos da Terra são também ilimitados. O infinito do progresso e o infinito dos recursos constituirão o a priori ontológico e o parti pri  fundador desta refundação do mundo.
Mas eis que depois de quinhentos anos, nos damos conta  de que ambos os infinitos são ilusórios. A Terra é pequena e finita. O progresso tocou nos limites da Terra. Não há como ultrapassá-los. Agora começou o tempo do mundo finito. Não respeitar esta finitude, implica tolher a capacidade de reprodução da vida na Terra e com isso pôr em risco a sobrevivência da espécie. Cumpriu-se o tempo histórico do capitalismo. Levá-lo avante custará tanto que acabará por destruir a sociabilidade e o futuro. A persistir nesse intento, se evidenciará o caráter destrutivo da irracionalidade da razão.
O mais grave é que o capitalismo/individualismo introduziu duas lógicas que se conflitam: a dos interesses privados dos “eus” e das empresas e a dos interesses coletivos  do “nós” e da sociedade. O capitalismo é, por natureza, antidemocrático. Não é nada cooperativo e é só competitivo.
Teremos alguma saída? Com apenas reformas e regulações, mantendo o sistema, como querem os neokeynesianos à la Stiglitz, Krugman e outros entre nós, não. Temos que mudar se quisermos  nos salvar.
Para tal, antes de mais nada, importa construir um novo acordo entre a razão objetiva a a subjetiva. Isso implica ampliar a razão e assim libertá-la do jugo de ser instrumento do poder-dominação. Ela pode ser razão emancipatória. Para o novo acordo, urge resgatar a razão sensível e cordial para se compor com  a razão instrumental. Aquela se ancora do cérebro límbico, surgido há mais de duzentos milhões de anos, quando, com os mamíferos, irrompeu o afeto, a paixão, o cuidado, o amor e o mundo dos valores. Ela nos permite fazer uma leitura emocional e valorativa dos dados científicos da razão instrumental. Esta emergiu no cérebro neocortex há apenas 5-7 milhões de anos. A razão sensível nos desperta o reencantamento e o cuidado pela vida e pela mãe-Terra.
Em seguida, se  impõe uma nova centralidade: não mais o interesse privado mas o interesse comum, o respeito aos bens comuns da Humanidade e da Terra destinados a todos. Depois a economia precisa voltar a ser aquilo que é de sua natureza:  garantir as condições da vida física, cultural e espiritual de todas as pessoas. Em continuidade, a política deverá se construir sobre uma democracia sem fim, cotidiana e inclusiva de todos seres humanos para que sejam sujeitos da história e não meros assistentes ou beneficiários. Por fim, um novo mundo não terá rosto humano se não se reger por valores ético-espirituais compartidos, na base  da contribuição das muitas culturas, junto com a tradição judaico-cristã.
Todos esses passos possuem muito de utópico. Mas sem a utopia afundaríamos no pântano dos interesses privados e corporativos. Felizmente, por todas as partes repontam ensaios, antecipadores do  novo, como a economia solidária, a sustentabilidade e o cuidado vividos como paradigmas de perpetuação e reprodução de tudo o que existe e vive. Não renunciamos ao ancestral anseio da  comensalidade: todos comendo e bebendo juntos como irmãos e irmãs na Grande Casa Comum.
Leonardo Boff e autor de   Virtudes para um outro mundo possível, 3 vol.Vozes 2009.

www.leonardoboff.com

segunda-feira, julho 30, 2012

Veja o manual do MEC sobre a correção da redação do Enem 2012

O ministro Aloizio Mercadante apresentou o documento nesta segunda (30).
Guia traz detalhes sobre a correção e dá exemplo de redações nota 1.000.

O Ministério da Educação divulgou, na tarde desta segunda-feira (30), o manual "A redação no Enem 2012 - Guia do Participante", um documento destinado aos mais de 5,7 milhões de estudantes que se inscreveram para a edição deste ano do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em 50 páginas, o manual esclarece com detalhes as novas regras de correção da prova de redação do exame, que acontece nos dias 3 e 4 de novembro.
Segundo presidente do Inep, Luiz Claudio Costa, o objetivo do material é detalhar os critérios utilizados na correção e tornar o processo mais transparente. Em 2011, mais de 120 estudantes entraram na Justiça para pedir vistas da prova, por não concordarem com o resultado. Até o fim de janeiro, em 79 casos a Justiça exigiu uma nova correção da redação, e apenas dois casos resultaram em alteração de nota.
"No guia está definido o que se espera de cada uma das competências da redação com exemplos. Queremos dar mais objetividade à correção de um texto que é subjetivo", disse o ministro Aloizio Mercadante nesta segunda, em entrevista coletiva, em Brasília.
A nota final da redação do Enem --que vai de 0 a 1.000-- é calculada pela média aritmética das duas notas atribuídas à prova por dois avaliadores independentes. Cada um deles avaliará cinco competências, que permanecem iguais às das edições passadas do exame (veja tabela abaixo). O candidato pode somar no máximo 200 pontos em cada competência.
VEJA AS COMPETÊNCIAS DA REDAÇÃO DO ENEM
Competência I: Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita
Competência II: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Competência III: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Competência IV: Demonstrar conhecimento dos mecanismos lingüísticos necessários para a construção da argumentação.
Competência V: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Fonte: Inep
A principal mudança instituída pelo MEC neste ano se refere à discrepância entre estas duas notas e vale tanto para a nota final quanto para a nota de qualquer uma das competências. Pelo manual, uma discrepância acontece quando as notas finais dos avaliadores diferirem entre si em mais de 200 pontos --no ano passado, essa divergência era de 300 pontos--, ou quando as notas por competência diferirem em mais de 80 pontos.
Para solucionar a divergência, um terceiro avaliador será convocado para corrigir a redação, e sua nota será considerada final. Esse procedimento também já era praticado nas edições anteriores. Porém, se esta terceira pontuação continuar discrepante em relação às demais, uma banca composta por três examinadores atribuirá a nota final.
Páginas do manual "A redação no Enem 2012 - Guia do Participante", divulgado pelo MEC nesta segunda-feira (30) (Foto: Reprodução)Páginas do manual "A redação no Enem 2012 - Guia do Participante", divulgado nesta segunda-feira (30) (Foto: Reprodução)
Competências explicadasO manual explica ainda quais são os critérios que orientam os avaliadores na hora de pontuar cada competência. São seis os níveis de pontuação: zero, 40, 80, 120, 160 e 200. Cada um se refere à variação do domínio apresentado pelo candidato.
Por exemplo, na competência 1 (demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita), recebe nota zero quem demonstrar "desconhecimento total da norma padrão". O candidato que mostrar "domínio insuficiente da norma padrão, apresentando graves e frequentes desvios gramaticais e de convenções da escrita", receberá 40 pontos. Quem tiver "domínio mediano da norma padrão, apresentando grande quantidade de desvios gramaticais e de convenções da escrita graves ou gravíssimos" somará 80 pontos.
Caso o avaliador julgar que o estudante tem "domínio adequado da norma padrão, apresentando alguns desvios gramaticais graves e de convenções da escrita", a nota atribuída será de 120 pontos na competência 1. Já quem demonstrar "bom domínio da norma padrão, apresentando poucos desvios gramaticais leves" receberá 160 pontos, e quem não apresentar, ou apresentar pouquíssimos desvios gramaticais leves e de convenções da escrita, receberá a pontuação máxima, 200.
Exemplos de redações nota 1.000
O Ministério da Educação selecionou ainda seis exemplos de redações que tiveram nota 1.000 no Enem 2011. Os textos foram acompanhados de uma explicação geral sobre o tema, que no ano passado foi "Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado", e de comentários gerais a respeito da construção dos textos de candidatos do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e de São Paulo.
Para executar o novo sistema, o MEC anunciou o aumento de 40% no quadro de avaliadores, de 3.000 para 4.200 a partir deste ano. O ministro Aloizio Mercadante também afirmou, em maio, que o ministério firmou um termo de ajustamento de conduta com a Justiça no final do ano passado, no qual ficou definido que os estudantes teriam acesso à correção da prova de redação mediante um pedido.

GASLAND 2010 - A TERRA DO GÁS (legendado Português-BR)



Vale a pena Meninos!!!


Chocante documentário sobre a "Terra do Gás", vasta região dos EUA gravemente contaminada com a tecnologia de fragmentação das rochas subterrâneas (desenvolvida pela Halliburton, empresa de Dick Cheney, secretário de Defesa) para obtenção de combustível.

sexta-feira, julho 27, 2012

Impechmant de Fernando Lugo!!!


O presidente derrubado de Honduras Manuel Zelaya, com o então presidente Lula durante encontro em agosto de 2009: Brasil apoiou abertamente o mandatário deposto. Foto: Wilson Dias / ABr
O caso de Honduras em 2009, quando o presidente eleito Manuel Zelaya foi deposto, acendeu um claro sinal de alerta em todo continente latino-americano. A democracia como método de escolha majoritária e forma popular de decisão politica pode ser assolada por mandatários parlamentares e juízes togados que usam de seus poderes como afronta a Constituição, com o fim de destituir lideres eleitos democraticamente.
Em regimes presidencialistas, presidentes podem sofrer impedimento de seu mandato pelo Parlamento, mas isso apenas após a comprovação de condutas caracterizadoras de ilícitos e anteriormente previstas nas respectivas constituições ou em leis aprovadas pelos congressistas, após sua comprovação consistente por métodos processuais que garantam ampla defesa com o consequente contraditório e ampla defesa.
O Parlamento, quando realiza impedimento do mandato do presidente sem observância do devido processo legal e dos direitos do acusado, age com inegável abuso de poder, promovendo o que, no âmbito da ciência política, se alcunha como “golpe de estado” – ou seja, interrupção autoritária e, ao menos institucionalmente, violenta do ciclo democrático regular.
Quando se usa a expressão “julgamento político” para tal forma de juízo, não se quer dizer julgamento segundo a vontade integralmente autônoma e livre do julgador, inclusive com eventual dispensa do devido processo legal.
Em um estado democrático de direito não existem juízos imperiais, que se caracterizam pela formação autônoma da vontade do julgador. Para ser tido como tal, qualquer julgamento, por mais discricionário que seja, é pautado no que Kant e a moderna teoria constitucional chamam de juízo “heterônomo”, qual seja, no sentido jurídico, vontade constituída a partir dos fins e processos estipulados na ordem jurídica e não no juízo absolutamente subjetivo do julgador.
Um presidente de um regime presidencialista, portanto, não se confunde com o primeiro ministro de um regime parlamentarista. Não pode ser afastado da função por mero juízo de conveniência e oportunidade do Parlamento, mas apenas pelo cometimento de delitos previstos anteriormente na ordem jurídicas e demonstrados pelo devido processo legal.
Por óbvio, o devido processo legal não é uma mera pantomima formal. Há que se oferecer prazo razoável de defesa e a devida dilação probatória, os direitos do acusado hão de ser respeitados, a conduta tida como delitiva não deve ser circunscrita a mera decisão subjetiva quanto ao cumprimento de certos valores ideológicos. Ao eleitor cabe o juízo ideológico do governo, não ao parlamento.
No caso de Zelaya, sequer direito de defesa anterior ao afastamento foi oferecido pelo Parlamento e pela jurisdição. No caso de Fernando Lugo no Paraguai, o que houve foi um “julgamento” a jato e de exceção. O prazo de defesa foi exíguo, sem a oferta da devida dilação probatória, as acusações têm caráter preponderantemente ideológico e não de juízo de ilicitude na conduta. A decisão já se encontrava decidida e escrita antes da apresentação da defesa. Ou seja: trata-se de mais um caso de ofensa grave a constituição nacional, perpetrada pelo respectivo Parlamento, que tira do poder um governante democraticamente eleito
O jovem jurista Luis Regules me observou que a quase totalidade de golpes de Estado na América Latina se deram com apoio parlamentar. É uma história de tristes resultados que insiste em se repetir cada vez mais como farsa.
A decisão aprovada nesta sexta-feira 22 pelo Senado do Paraguai, a nosso ver, tem evidente caráter de golpe de Estado e não pode ser aceita pelos organismos internacionais que, segundo tratados multilaterais, velam pela democracia no continente.
O Brasil precisa renovar a coragem democrática demonstrada no episódio do golpe contra o governo de Zelaya e apoiar abertamente o presidente do Paraguai democraticamente eleito e inconstitucionalmente declarado impedido.
Se nos aquietarmos face a tal ofensa praticada no país vizinho, a vítima amanhã pode ser a nossa democracia.

Senado paraguaio destitui Lugo e golpe relâmpago é consolidado


Por ampla maioria, Senado distituiu Fernando Lugo. Foto: Norberto Duarte/AFP
O veloz processo de impeachment contra o presidente paraguaio Fernando Lugo teve o final desejado pelos conservadores do país nesta sexta-feira 22. A maioria absoluta no Senado aprovou a remoção do mandatário do poder por 39 votos favoráveis e quatro contrários. Eram necessários 30 votos dos 45 senadores, uma tarefa fácil em um parlamento dominado pela oposição. Houve duas ausências. O vice-presidente Frederico Franco, do PLRA (Partido Liberal Radical Autêntico), assume o posto um ano após romper a coligação com Lugo.
Em discurso logo após a decisão, Lugo pareceu derrotado e sem capacidade de reagir. “Me submeto à decisão do Congresso e estou disposto a responder sempre por meus atos como presidente”, disse. “Me despeço como presidente, mas não como cidadão”, afirmou. Lugo também pediu que a parte da população favorável a ele não faça protestos violentos. “Faço um profundo chamado para que as manifestações sejam pelas vias pacíficas”, disse. “Que não se derrube mais sangue por motivos mesquinhos em nosso país”.
A Câmara dos Deputados, também dominada pela oposição, aprovou na quinta-feira 21 o processo de impeachment com 73 votos a favor e apenas um contra. O Senado abraçou a ideia rapidamente, sob o pretexto de Lugo mobilizasse suas bases no interior do país e levasse a uma onda de violência. O Senado agiu como juizado político e concedeu apenas duas horas de defesa a Lugo, meramente proforma.
Ação foi vista por muitos países latinos como um golpe de Estado e pela União das Nações Sul-Americanas (Unasul) como uma “violação da ordem democrática”. O processo relâmpago espantou porque faltam apenas nove meses para o fim da administração de Lugo, sem a possibilidade de reeleição.
Mortivos da destituição
Os parlamentares defenderam a remoção do presidente pelo suposto “fraco desempenho de suas funções” após um confronto violento com trabalhadores sem-terra na região leste do país na sexta-feira 15, que culminou em 17 mortes – 11 de trabalhadores rurais sem-terra e 6 de policiais na região de Curuguaty, departamento (estado) de Canindeyú. Haviam também outros quatro motivos. Entre eles uma manifestação de jovens de esquerda no Comando de Engenharia das Forças Armadas, em 2009 – que para a oposição foi financiada com recursos da hidrelétrica de Yaciretá -, o uso de tropas militares em 2012 por sem-terra em Ñacunday para pressionar fazendeiros.
Além disso, há a responsabilização de Lugo pela violência no país, que teria sido tratada de forma incorreta. Essa acusação inclui a “falta de vontade política” para combater os guerrilheiros do EPP (Exército do Povo Paraguaio). A última acusação tem caráter internacional: os parlamentares criticaram a decisão de Lugo em ratificar o Protocolo de Ushuaia II, de dezembro de 2011, que prevê intervenção externa caso uma democracia esteja em perigo.
Apoiado por três advogados e dois auxiliares, Lugo teve duas horas para responder às acusações do processo no Senado. A defesa tentou pressionar para um adiamento dentro do prazo constitucional de 18 dias, mas não obteve sucesso.
Como nos tempos da Guerra Fria
Os advogados do presidente mostraram indignação com a condução do caso. Segundo o jornal paraguaio Ultima Hora, Enrique García definiu o julgamento como viciado e nulo por violar o direito da não condenação prévia. “Este julgamento é igual aos da Guerra Fria”, ressaltou Adolfo Ferreiro. Ele completou que a negativa do Senado em ampliar o prazo da defesa evidencia a clara intenção de condenar o presidente, um ato que pode “trazer consequências políticas e econômicas imprevisíveis”. “Querem cassar um presidente eleito por professar ideias que são contrárias às ideias de seus julgadores”, afirmou.
A defesa negou todas as acusações, alegando que não havia uso das Forças Armadas por movimentos sociais ou negligência de Lugo no combate à violência e ao grupo guerrilheiro Exército do Povo Paraguaio (EPP). Para a defesa, o presidente corre o risco de perder seu mandato por acusações inexistentes, baseadas em perseguição política. “A verdade é que não temos partidos políticos que protejam o presidente Lugo”, lamentou Emilio Camacho, também advogado de Lugo. “É quase uma tragédia grega, porque Lugo decidiu submeter-se a um juízo político, no qual está definida sua sentença.”
Lugo ainda tentou pela manhã uma ação de inconstitucionalidade para a Suprema Corte do Paraguai contra o processo de impeachment. A defesa se baseou, entre outras coisas, no pouco tempo que o presidente teve para preparar sua defesa – cerca de 16 horas. Adolfo Ferreiro, um dos advogados de Lugo, pediu durante o julgamento que o Senado se “adequasse aos tempos correspondentes para a apresentação da defesa, que é de 18 dias”.
Enquanto ocorria o julgamento, a Praça de Armas, em frente ao Congresso, reunia milhares de pessoas em apoio a Lugo. Segundo o Ultima Hora, nos momentos antes de a divulgação dos resultados, mais de 5 mil pessoas estavam no local em vigília, em um número que ia aumentando conforme terminava o horário de trabalho. Naquele momento, já havia incidentes entre a polícia e manifestantes em frente ao prédio da Vice-presidência.
Lugo não quis renunciar e enfrentou o julgamento sob protesto, acompanhando o caso pela televisão na sede do governo. O Parlamento o responsabiliza pelos confrontos, que forçaram a saída do ministro do Interior, Carlos Filizzola, e do comandante da polícia, Paulino Rojas, após pressão do Congresso.
Lugo diz que irá resistir a partir de “instâncias organizacionais”
Pouco antes de ser destituído, Lugo disse à Rádio 10 argentina que acataria o julgamento político votado no Congresso, mas resistiria “a partir de outras instâncias organizacionais”. “É preciso acatá-lo (o julgamento político), é um mecanismo constitucional, mas a partir de outras instâncias organizacionais certamente decidiremos impor uma resistência para que o âmbito democrático e participativo do Paraguai vá se consolidando”. O mandatário chamou de golpe a ação do Parlamento. “Não é mais um golpe de Estado contra o presidente, é um golpe parlamentar disfarçado de julgamento legal, que serve de instrumento para um impeachment sem razões válidas que o justifiquem.”
Lugo afirmou ter recebido ligações de apoio dos presidentes Hugo Chaves (Venezuela) Rafael Correa (Equador), Evo Morales (Bolívia), Dilma Rousseff e Cristina Kirchner (Argentina).
Unasulfala em “ruptura da ordem democrática”
A rápida movimentação para derrubar Lugo repercutiu em toda a América do Sul. Os chanceleres dos países integrantes da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) se reuniram na noite de quinta 21 e nesta sexta-feira 22, em Assunção, com o presidente. Além disso, Nicarágua, Bolívia e Venezuela denunciaram no Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) que o julgamento de Lugo é “um golpe de Estado encoberto”. A secretaria de estado norte-americana Hillary Clinton também manifestou “preocupação” com o processo de impeachment de Lugo.
Em meio à crise, os chanceleres da Unasul deixaram em caráter de emergência a cúpula do desenvolvimento sustentável Rio+20 e embarcaram para o Paraguai. Em Assunção, os membros do bloco puderam acompanhar o processe no Senado nesta sexta-feira. Mas, se reuniram com Lugo, com o vice-presidente Frederico Franco e outros dirigentes políticos e autoridades legislativas para avaliar a situação no país. O grupo, no entanto relatou não ter obtido “respostas favoráveis às garantias processuais e democráticas” do processo contra Lugo. Por isso, informou em comunicado que “as ações em curso poderiam ser compreendidas como uma ameaça de ruptura da ordem democrática, ao não respeitar o devido processo”. Os governos da Unasul avaliarão em que medida será possível continuar a cooperação na integração do continente, além de manter apoio a Lugo.
A delegação, liderada pelo chanceler brasileiro, Antonio Patriota, conta também com representantes de Argentina, Uruguai, Chile, Venezuela, Peru, Equador e Colômbia. A missão se baseia em um protocolo da Unasul que possibilita aos membros do bloco impor sanções a um país em caso haja ruptura ou ameaça da ordem democrática. “A tentativa dos chanceleres é criar um ambiente que habilite uma solução menos traumática para a democracia (…) para todos nós, seria importante uma solução negociada”, afirmou Dilma durante entrevista coletiva na Rio+20, disse a presidenta Dilma Rousseff na tarde de sexta.
O secretario geral da Unasul, Alí Rodríguez, havia adiantado mais cedo que Venezuela, Bolívia e Nicarágua não reconheceriam outro governo que não o de Lugo.
Diante do processo de impeachment sumário, o porta-voz para América Latina do departamento de Estado, William Ostick, advertiu que os EUA acompanham de perto a crise no Paraguai. “Com base nos compromissos com a democracia no continente, é importante que as instituições do governo sirvam aos interesses do povo paraguaio e, para tal, é criticamente importante que estas instituições ajam de maneira transparente, observando escrupulosamente os princípios do devido processo e dos direitos do acusado”.
Durante o dia, manifestantes pró-governo tomaram o local após a saída de partidários do impeachment do presidente, enquanto as forças policiais assumiam posições estratégicas em torno do Congresso, incluindo atiradores de elite. “Estamos aqui para protestar contra esse julgamento do nosso presidente, um representante genuíno do povo”, gritava Manuel Martinez, um manifestante que se dizia ser um dos coordenadores da manifestação.
Mais cedo, os manifestantes “anti-Lugo” expressaram seu apoio aos deputados e senadores paraguaios pela abertura do processo político. Ao menos 4 mil agentes foram mobilizados para proteger a região do Congresso, revelou o porta-voz da Polícia Nacional, comissário Sebastian Talavera. “Foram tomadas todas as medidas de precaução” para evitar incidentes, disse.
Por trás do golpe, o Partido Colorado
Em uma entrevista à tevê estatal venezuelana TeleSUR, Fernando Lugo acusou diretamente o empresário Horacio Cartes de estar por trás da tentativa de golpe. Cortes é o pré-candidato a presidente nas eleições previstas para 2013 pelo conservador Partido Colorado. “Esse processo de impeachment é inconstitucional, (nele) estão unidas as forças mais conservadoras do país”, declarou.
Lugo foi eleito em 2008 com 41% dos votos e interrompeu seis décadas de poder do Partido Colorado, incluindo 35 anos de governo militar. Apesar de nunca ter tido maioria no Congresso, Lugo mantinha-se com poder por meio da aliança com o PLRA (Partido Liberal Radical Autêntico), de Federico Franco, seu vice-presidente. A aliança entre ambos foi rompida em 2011.
Ex-bispo católico ligado a movimentos sociais de esquerda, ele tem histórico atuação com os sem-terra do país. Os conflitos agrários no Paraguai têm crescido nos últimos anos, o que culminou com o conflito de Curuguaty. Seus opositores culpam Lugo por má gestão desta crise, o que se transformou em mote para o impeachment.
Totalmente isolado, Lugo não teve apoio da Igreja Católica. Os bispos do país pediram ontem a renuncia do presidente “pelo bem do país” e para evitar atos de violência. “Falamos com muita sinceridade e franqueza para pedir que renuncie ao cargo e acabe com esta tensão”, disse o bispo Claudio Giménez, secretário-geral da Conferência Episcopal Paraguaia (CEP), após se encontrar com o mandatário. Vale lembrar que Lugo, quando bispo teve diversos filhos.
O Paraguai tem 6,5 milhões de habitantes espalhados em 406,7 mil quilômetros quadrados, tamanho um pouco maior que o estado de Goiás. O país tem uma das rendas per capitas mais baixas da América do Sul, com 3,2 mil dólares por ano. O Brasil soma 12,4 mil dólares.
Com informações Agência Brasil e AFP.
Leia mais em AFP Movel.

quarta-feira, julho 25, 2012

Crônica da Cidade



Em torno do preconceito

Faz tempo que o professor Aldo Paviani, geográfo militante das boas causas brasilienses, me corrige: Entorno é um tratamento depreciativo. Os moradores dos municípios próximos ao Distrito Federal sofrem preconceito ainda maior do que aqueles que moram nas cidades-satélites em relação a quem mora no Plano Piloto. Autor de A conquista da cidade , entre tantos outros livros sobre Brasília, professor emérito da Universidade de Brasília, Aldo Paviani diz que a terminologia correta para designar a região que contorna o quadradinho é área metropolitana.

Embora seja procedente e mais que legítima a reivindicação do professor Paviani, essa será uma luta que vai exigir muita teimosia e paciência. Entorno já é uma palavra consolidada na complicada toponímia do DF. Existe até uma secretaria de governo com esse nome.

O brasiliense centrado no Plano Piloto ainda faz confusão entre cidade-satélite e Entorno. Não custa lembrar: Satélite é o nome popular das regiões administrativas do DF (Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Sobradinho…). Entorno é a região colada no quadradinho ou próxima a ele. Vinte e dois municípios fazem parte da Ride/DF (Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno), criada em 1998.

Em ordem alfabética: Abadiânia, Água Fria, Águas Lindas, Alexânia, Buritis, Cabeceiras, Cabeceira Grante, Cidade Ocidental, Cocalzinho, Corumbá, Cristalina, Formosa, Luziânia, Mimoso, Novo Gama, Padre Bernardo, Pirenópolis, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto, Unaí e Valparaíso. Ao todo, somando-se a população do quadradinho, são 3,7 milhões de habitantes, e um produto interno bruto de R$ 125 bilhões, o que faz da área metropolitana do DF a terceira região mais rica do Brasil, e os brasileiros e brasilienses nem se dão conta disso.

O professor Paviani tem outros argumentos: a Área Metropolitana Integrada de Brasília (Amib) se apresenta "funcionalmente, como uma cidade só, a despeito dos limites políticos-administrativos". Trata-se, ensina, de um "conjunto urbano solidário", expressão consagrada pelo geógrafo Milton Santos.

É o que tem nos faltado, aos brasilienses: o sentimento de solidariedade. Brasília não é apenas o território tombado, os palácios, os poderes. Brasília também não é apenas as cidades que compõem o Distrito Federal. Brasília é todo o Brasil que foi se juntando em torno de uma ideia, de um movimento, de uma convulsão social e econômica que revolucionou o antes desconhecido e desprezado interior do país.

Pouco importa, nesse caso, o que diz a norma legal. Brasília é a denominação simbólica de uma ideia, de um projeto urbanístico e arquitetônico e de todos os satélites que giram em torno dela. O professor Aldo Paviani está pleno de razão. Seguirei suas orientações à risca.  
 
Fonte: Blogs da Conceição!!!

segunda-feira, julho 23, 2012

ITA vai mudar cursos de graduação para humanizar estudantes!!!

Reitor da universidade diz que ideia é aliar técnica com habilidades sociais
ITA vai mudar cursos de graduação para humanizar estudantes
ITA vai mudar cursos de graduação para humanizar estudantes
Uma das melhores e mais tradicionais universidades do país, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP), irá reestruturar os cursos de graduação no próximo ano para tentar “humanizar” seus alunos.

O objetivo da reformulação, segundo o reitor, Carlos Américo Pacheco, é aliar o aprendizado técnico com habilidades sociais para aumentar a capacidade dos alunos de trabalhar em grupo e lidar com desafios. Para isso, serão ministrados cursos extracurriculares. A grade também deverá sofrer alterações. Uma comissão formada por 18 especialistas de dentro e fora da instituição, como do Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT), estuda como implantar as mudanças.

Segundo Pacheco, a proposta de alterar o aprendizado da universidade tem gerado polêmica entre os educadores e professores do instituto. Mas a mudança deve começar já no segundo semestre de 2013.

“Queremos dar outras dimensões para os currículos para ir além da base técnica. Nossos alunos são muito bons em ‘hard skills’, como chamamos no meio acadêmico. Mas acho que faltam os ‘soft skills’ (competências pessoais). Trabalhamos pouco isso hoje”, diz Pacheco. Segundo ele, as mudanças não vão diminuir a qualidade dos cursos.

São duas as principais propostas em estudo para viabilizar a mudança: a criação de um Centro de Inovação, um laboratório que visa aproximar os alunos à dinâmica das principais empresas do país, e a implantação de cursos mais abrangentes, como engenharia de sistemas.

A mudança dará fim a uma tradição de 62 anos da instituição, considerada o berço da elite da engenharia brasileira, com seis cursos consolidados – aeronáutica, aeroespacial, computação, civil aeronáutica, mecânica aeronáutica e eletrônica.

'Outro patamar'
Dono do grupo Poliedro, o engenheiro aeronáutico Nicolau Arbex Sarkis, formado no ITA na turma de 1992, elogia a mudança proposta. "O engenheiro precisa ter uma formação ampla. Além dos números, é preciso sensibilidade para administrar pessoas", diz.

"A capacidade de trabalhar em grupo, de liderança e de relacionamento são os aspectos mais importantes da vida profissional. E justamente estes aspectos são, há tempos, os mais criticados nos engenheiros formados no ITA. O novo projeto vai proporcionar uma bem-vinda mudança no perfil do profissional e elevar os engenheiros formados pelo ITA a outro patamar", afirma.

Segundo Sarkis, "aliar a formação técnica já existente no ITA com a formação humana é o que todo profissional deseja e toda empresa necessita".

Concorrência acirrada
O vestibular do ITA atraiu no ano passado 9.337 candidatos interessados nas 120 vagas abertas dos cursos de graduação (uma concorrência de mais de 77 pessoas por vaga). A meta é dobrar para 240 as vagas abertas nos cursos a partir de 2014.

O ITA irá assinar em agosto um convênio de R$ 300 milhões com o Ministério da Educação para ampliar as instalações da universidade. As obras devem começar em outubro e serão executadas ao longo de quatro anos.

O projeto prevê a construção de um novo alojamento para os estudantes, novas bibliotecas, laboratórios e salas de aula. Fundado em 1950, o ITA é a única universidade do Brasil em que os formandos obtiveram o conceito ‘A’ em todos os cursos e em todas as edições do Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes), o antigo Provão.
Fonte: Globo.com

sexta-feira, julho 20, 2012

Senai ainda tem vagas para cursos gratuitos. Confira!



CursosGratuitosSenaiO presidente da Fibra, Antônio Rocha, integra a missão do GDF a importantes destinos - Oriente Médio, Ásia e Europa. Uma das propostas da viagem é buscar investidores para a implantação de Áreas de Desenvolvimento Econômico no DF (ADE's). Uma vez prospectadas essas parcerias, pode-se vislumbrar, num futuro próximo, a instalação de mais empresas no âmbito do DF e Entorno, o que fomentará a economia da Capital Federal.
E mais empresas trazem consigo a geração de emprego, nas mais diversas áreas de conhecimento. A implantação de novas indústrias no DF abrirá um gargalo já conhecido, o da falta de mão de obra qualificada. Pensando nesse viés recorrente no setor produtivo local, o Senai-DF abriu, nesta semana, mais de mil oportunidades de forma totalmente gratuita para pessoas que buscam aperfeiçoamento profissional.
As turmas ofertadas estão dividias nas seguintes áreas: Design; Eletroeletrônica; Automobilística; Tecnologia da Informação; Alimentos; Vestuário; Construção Civil; Marcenaria; Refrigeração; Telecomunicações; Gestão; e Segurança do Trabalho. As capacitações têm carga horária distintas, de até 200h, em cursos de Aperfeiçoamento e Qualificação Profissional.
A proposta da entidade é oportunizar a formação profissional a todos os públicos, atendendo a demanda industrial, por meio da necessidade apresentada pelos sindicatos patronais filiados à Federação das Indústrias do DF (Fibra).
As inscrições permanecem abertas e serão encerradas quando todas as turmas estiverem completas. Há opções para os três turnos, sendo que as aulas serão ministradas no Senai Taguatinga.
Para se candidatar a uma vaga, o interessado tem que ter, no mínimo, o 4º ano do Ensino Fundamental. Além disso, o candidato deverá ter idade mínima de 16 anos. Para alguns cursos da construção civil, a faixa-etária limite sobe para 18 anos. No ato da inscrição, deverá portar os seguintes documentos: RG, CPF, comprovante de residência e comprovante de escolaridade. Os menores de 18 anos deverão estar acompanhados do responsável, que também deverá apresentar cópia de RG e CPF.
As matrículas podem ser feitas na unidade do Senai Taguatinga, que fica no Área Especial nº 2 - Setor "C" Norte - Taguatinga/DF. Mais informações podem ser obtidas na central de atendimento da unidade, por meio dos números: 3353-8718 ou 3353-8719.
Veja, abaixo, as turmas que ainda têm vagas em aberto.
CursoC/HInicioTérminoTurnoDias da Semana
Básico em Instalação de Acessórios Automotivos2030/07/1203/08/2012V2º a 6º
Básico em Instalação de Acessórios Automotivos2023/7/1227/7/12M2º a 6º
Básico em Lanternagem Automotiva406/8/1217/8/12V2º a 6º
Básico em Lanternagem Automotiva406/8/1217/8/12M2º a 6º
Básico em Lanternagem Automotiva406/8/1217/8/12M2º a 6º
Básico em Lanternagem Automotiva406/8/1217/8/12V2º a 6º
Costura em malha2023/7/1227/7/12V2º a 6º
Desenvolvimento de sites (HTML/Dreamweaver)-Básico2023/7/1227/7/12V2º a 6º
Dimensionamento de Sistemas Fotovoltaicos2023/7/1231/7/12N2º a 6º
Inst. e Rep. Linhas e Apar. de Telecomunicações1606/8/121/10/12V2º a 6º
Introdução a Cabeamento Estruturado206/8/1210/8/12V2º a 6º
Introdução Básica em Armador de Ferragens206/8/1210/8/12M2º a 6º
Introdução Básica em Carpintaria de Formas2013/8/1217/8/12M2º a 6º
Introdução Básica em Hidráulica Predial 406/8/1217/8/12V2º a 6º
Introdução Básica em Hidráulica Predial 4013/8/1224/8/12M2º a 6º
Introdução Básica em Revestimento Cerâmico2023/7/1227/7/12M2º a 6º
Introdução Básica em Revestimento Cerâmico206/8/1210/8/12M2º a 6º
Leitura de Projetos Arquitetônicos4023/7/129/8/12V2º a 6º
Metrologia Aplicada a Motores à Combustão Interna206/8/1210/8/12V2º a 6º
Modelagem Industrial1606/8/121/10/12M2º a 6º
Modelagem Industrial1606/8/121/10/12V2º a 6º
Modelagem Tridimensional2030/7/123/8/12V2º a 6º
Modelagem Tridimensional2030/7/123/8/12M2º a 6º
Montagem e Configuração de Microcomputadores16013/8/128/10/12V2º a 6º
Noções Básicas de Eletricidade2023/7/1227/7/12M2º a 6º
Noções Básicas de Manutenção em Eletrônica2023/7/1227/7/12M2º a 6º
Noções Básicas de Manutenção em Eletrônica2023/7/1227/7/12V2º a 6º
Noções Básicas em Excel2023/7/1227/7/12M2º a 6º
Noções Básicas em Excel2023/7/1227/7/12V2º a 6º
Noções de Higiene e Segurança do Trabalho2023/7/1227/7/12M2º a 6º
Noções de Higiene e Segurança do Trabalho2023/7/1227/7/12M2º a 6º
Photoshop - Noções2023/7/1227/7/12M2º a 6º
Photoshop Básico5630/7/1216/8/12M2º a 6º
Pintura Básica de Móveis206/8/1210/8/12N2º a 6º
Repar. de Apar. de Climatização e Refrigeração16023/7/1217/09/2012V2º a 6º
Reparador de Aparelhos Eletroeletrônicos1606/8/121/10/12V2º a 6º
Reparador de Aparelhos Eletroeletrônicos1606/8/121/10/12M2º a 6º

Suzana Leite
Assessoria de Imprensa
Unidade de Comunicação e Marketing
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial