No dia 9 de julho de 1932, uma guerra civil estourou em São Paulo. A Revolução Constitucionalista foi uma batalha entre brasileiros que permanece pouco conhecida pela sociedade
“Ouro para o bem de São Paulo”. Com este slogan, a Associação Comercial paulista lançava naquele ano de 1932 a campanha do ouro, que arrecadava fundos para a mobilização do estado contra o governo federal. Objetos e joias feitas do precioso metal, especialmente alianças de casamento, acabaram fundidos em barras. Assim, o levante armado, que fazia da luta pela Constituição uma de suas bandeiras, pôde comprar armas, construir maquinários bélicos, produzir uma série de recursos para apoiar os combatentes.
A imprensa paulista abraçou com entusiasmo a campanha e incentivou as doações. Mas não venham dizer ao aluno da Escola Politécnica – que, na capa desta edição, posa com olhar apavorado, entre seus colegas de turma, para uma foto pouco antes de seguir para o front – que aquilo tudo era “o bem” de São Paulo. Pois, dali para frente ia ser guerra. E uma verdadeira guerra civil, de brasileiro contra brasileiro.
Na Revista de História deste mês, expomos as razões da Revolução Constitucionalista, suas demandas, os desdobramentos, as consequências e os mitos. Uma história que completa 80 anos, mas é ainda bastante esquecida.
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